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·19. Juni 2025
Abel projeta reencontro com Al Ahly e comenta duelo com europeus: 'diferença está no nosso pensamento'

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Abel Ferreira falou nesta quarta-feira sobre seu reencontro com o Al-Ahly Os africanos já estiveram no caminho do Palmeiras duas vezes em Mundiais, e em ambas Abel comandava a equipe brasileira. O treinador elogiou o rival e reconheceu alguns antigos adversários.
"Quis o destino mais uma vez quis que nós nos defrontássemos mais uma vez. Somos velhos conhecidos. O goleiro e o lateral de vocês são os mesmos. Tenho o máximo de respeito, é uma equipe bem treinada, bem organizada. Tem bons timings de contra-ataque, tem um centroavante alto, rápido, que ataca bem a profundidade. Mas estamos preparados, amanhã é uma história nova, em um grupo equilibrado, onde tudo pode acontecer. Estamos à espera de um grande jogo", comentou o técnico palmeirense, ao responder a pergunta de um jornalista egípcio.
Bicampeão da Libertadores com o Palmeiras, Abel enfrentou o Al Ahly no Mundial de Clubes em 2021 (pelo Mundial de 2020) e 2022. No primeiro encontro, caiu nos pênaltis e ficou de fora na final. Na segunda vez diante dos egípcios, venceu por 2 a 0 e definiu o título com o Chelsea que venceu na prorrogação.
Para o duelo desta quinta-feira, Abel escondeu o time titular, e só deu uma certeza: que Paulinho só pode estar em campo por no máximo 30 minutos. "Não posso usar mais de 30 minutos e ponto", encerrou o assunto.
Aproveitando a estreia diante do FC Porto empate sem gols, Abel Ferreira foi questionado sobre se o futebol brasileiro pode competir com o europeu neste mundial, com o gancho do empate também do Fluminense contra o Borussia Dortmund. O português refletiu sobre o tema.
"As equipes brasileiras aqui conseguem competir. Ninguém fica com sensação na Europa que o futebol brasileiro é lento, que é o que acontece no Campeonato Brasileiro. Porque não damos tempo de recuperação aos jogadores, porque os gramados não são tão bons, porque viajamos de noite. Então quando nós oferecemos todas as condições, conseguimos ver as equipes brasileiras competitivas. Como já disse, o Campeonato Brasileiro, se não é o mais competitivo, é um dos mais do mundo", começou por dizer.
Abel demonstrou "orgulho de estar no Brasil", apesar das propostas que recebeu para sair nos últimos anos, e vê o futebol brasileiro com "pequenos detalhes" para melhorar.
"Cada vez mais, há treinadores qualificados, equipes qualificadas, com capacidade de buscar jogadores com mais recursos técnicos. A diferença está no nosso pensamento, no que acredito. Se acreditar que sou inferior aos outros, vou ser mesmo. Se acredito que com trabalho posso organizar, não tem nada a ver com a nacionalidade", definiu.
O fato de os europeus estarem em final de temporada, para Abel, não passa de desculpa. "Estamos com 36 jogos, o Porto com 50. Antes, chegávamos ao Mundial com 70 jogos. São desculpas", opinou.
Se o Verdão encara o Al Ahly, pelo mesmo grupo o Porto enfrenta o Inter Miami, em uma quinta-feira que promete ser decisiva no grupo A do Mundial.