Alemanha FC
·21. August 2025
Algum candidato a destronar o Bayern de Munique?

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·21. August 2025
Por Guilherme Costa
A história recente da Bundesliga mostra que houve pouca competição pelo topo da principal competição alemã, com o gigante Bayern de Munique vencendo doze das últimas treze Bundesligas. Em alguns momentos o título poderia escapar, como foi indicado com o péssimo início dos Bávaros na temporada 19/20 (no qual o Borussia Monchengladbach encerrou o primeiro turno na liderança) ou quando o Borussia Dortmund deixou o título escapar em casa, na última rodada, mas o final da história foi o mesmo: Bayern campeão!
Apenas a perfeição era o suficiente para colocar um fim no domínio estabelecido na Alemanha; e foi o que o Bayer Leverkusen fez na conquista invicta do seu título inédito em 23/24. Passado o grande furacão de Leverkusen, a rotina voltou ao normal e o Bayern conquistou a Bundesliga passada sem muitos problemas.
Para esta temporada, os desafiantes não mudaram de nome, mas também não indicam que poderão impedir uma nova conquista do maior campeão alemão.
Em algum momento na temporada retrasada, eu comentei que um dos fatores do sucesso do Bayer era contratações de jogadores experientes que jogaram em alto nível em outras ligas (Grimaldo e Xhaka), jogadores experientes da "liga doméstica" (Hoffman), além de jovens jogadores de ligas inferiores (aqui, o padrão de contratação de equipes da Bundesliga, à exceção do Bayern). Pois bem, para esta temporada, o Leverkusen não fez uma contratação que chamasse a atenção de alguém desavisado, com os maiores destaques indo para as aquisições do meia Tillman e do zagueiro Quansah.
Para além da falta de uma "contratação de impacto", o Leverkusen sofreu um desmanche significativo que atingiu a equipe toda, do comando técnico ao ataque: Xabi Alonso, Hradecky, Tah, Kossounou, Xhaka, Frimpong, Wirtz e, recentemente, Adli; há ainda os rumores da saída do centroavante Boniface.
Para deixar o ambiente ainda mais incerto, o comandante Erik Ten Hagen — outrora uma joia da nova geração dos técnicos europeus — já não goza do mesmo prestigio e precisará superar a desconfiança que impera sob o seu trabalho à frente do time. Uma situação bem diferente para quem estava sorrindo com a glória há duas temporadas.
As Águias tem sorrido bastante nos últimos anos. A equipe de Frankfurt conquistou a Copa da Alemanha na temporada 17/18, chegou à semifinal da Europa League em 18/19 e a conquistou na temporada 21/22, e conseguiu se classificar para a Champions League — via campeonato alemão — pela primeira vez na temporada passada.
Mas eles podem (e provavelmente querem) mais. Na temporada passada, comandado pelo atacante egípcio Omar Marmoush, o Frankfurt chegou a competir pela ponta da tabela da Bundes com o Bayern; mas o segundo turno veio, o Marmoush se mudou para Manchester, e o desempenho do time caiu drasticamente. Para 25/26, o time ainda perdeu outros destaques: Ekitiké, Tuta e Kevin Trapp.
Ao menos, diferentemente do Bayer, o Eintracht Frankfurt olhou para a Alemanha e fez contratações impactantes, até, como a do goleiro Zetterer (destaque do Werder Bremen), e dos atacantes Burkadt (destaque do Mainz) e Doan (destaque do Freiburg). As novas contratações, somados aos destaques que continuam (Skhiri, Uzun, Gotze e Knauff), podem resultar numa temporada notável. Mas será o suficiente para conquistar a Bundesliga?
Sem muitas novidades para esta temporada, tendo apenas as contratações de Jobe Bellingham (irmão de Jude Bellingham) , Yan Couto (contratação em definitivo), e do jovem dinamarquês, que estreou na Copa do Mundo de Clubes e seguiu como titular na Copa da Alemanha, Svensson — talvez a contratação do goleira Drewes possa ser um destaque —, o Dortmund chega com a expectativa de que o treinador Niko Kovac finalmente transforme os seus comandados num time estável.
O time não é ruim e também não sofreu muitas baixas (embora a saída do meia/ponta Jamie Gittens seja tão grande quanta a sua qualidade) e, embora há jogadores que precisam retornar a boa forma (Sabitzer e Bensebaini), o grande ponto — novamente — é colocar todo potencial do time no campo.
Se a temporada do Borussia Dortmund foi aquém do esperado, pelo menos Niko Kovac e companhia conseguiram reagir a tempo e garantir uma vaga na Champions League. O RB Leipzig, que havia garantido a permanência do seu grande destaque Xavi Simons, não conseguiu nem ir para a Conference League.
Para esta temporada, embora com as saídas do atacante Sesko e do meia Moriba, o saldo é mais positivo (novamente). O ataque foi reforçado com as chegadas de Johan Bakayoko (vindo do PSV), o meio conta com a permanência do belga Vermeeren, além da chegada dos jovens Ezechiel Banzuzi e Andrija Maksimovic.
Sob o comando do treinador Ole Werner, que estava no Werder Bremen, o Leipzig terá apenas a Bundesliga e a Copa da Alemanha para justificar as altas expectativas em torno do seu plantel, algo que tem falhado nos últimos tempos.
A princípio, é difícil imaginar que alguma dessas equipes consigam tirar o título do Bayern de Munique. Com a história recente mostrando que a Copa da Alemanha é a alternativa para que uma torcida comemore uma conquista, como aconteceu com o Stuttgart, o cenário para 25/26 deverá seguir o mesmo roteiro.
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