Central do Timão
·16. November 2024
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O Corinthians recebeu o Palmeiras na tarde da última sexta-feira, 15, na Neo Química Arena, em confronto de ida da decisão do Campeonato Paulista Feminino e venceu por 1 x 0. O único gol do jogo foi marcado pela meia Gabi Zanotti.
Em entrevista coletiva aos jornalistas após o Derby, o auxiliar técnico do Alvinegro Brenno Basso fez uma análise do jogo, falou sobre a questão física das atletas, alem de possíveis saídas para 2025. Confira abaixo como foi a entrevista pós-jogo:
Foto: Agência Corinthians
Análise do clássico
“O primeiro tempo foi uma imposição muito boa da nossa parte, o comportamento delas desde o início do jogo. E aí envolve concentração, o desejo de criar as oportunidades, de ter coragem de se associar como elas fizeram, se aproximaram muito para jogar e fizeram um bom uso do fator casa. Quando joga aqui dentro de casa junto com a torcida, elas usam muito essa força do torcedor para se impor dentro de campo“, iniciou o auxiliar.
“Isso aconteceu muito no primeiro tempo, acho que concordo que a gente teve algumas oportunidades de fazer valer essa superioridade do início e tirar mais proveito com o placar. No segundo tempo, a gente já esperava porque a gente vem numa final, duas equipes que por competência chegaram à final do campeonato. A grandeza de um Derby, então a equipe, quando ela sofre no primeiro tempo como o adversário sofreu, a gente espera que realmente venha no segundo tempo com uma postura diferente, na intenção de não passar por aquilo que passou na primeira etapa.”
“E aí, quando o adversário também tem qualidade, tem valores individuais e coletivos também que se sobressaem, é normal que numa partida dessa grandeza de uma final, um Derby, que oscilem os momentos de superioridade. Mas a gente ficou feliz de a equipe saber se portar nos momentos em que o adversário se propôs para jogar mais, entrou mais no nosso campo e a gente conseguiu ser sólido e manter o macro, que nos dá uma pequena vantagem, mas uma vantagem para o segundo jogo.”
Balanço do trabalho da nova comissão técnica
“Eu acho que é dever da comissão da equipe e é um ponto que precisa ser tocado que é o que faz o Corinthians ser essa equipe com uma cultura vencedora tão grande. O trabalho que é feito nos bastidores é uma equipe de profissionais extremamente competentes, cada um em sua área colaborando para um processo rico sob o comando do professor Lucas, que conduz com muita clareza esse processo.”
“Durante o ano, a gente vai avaliando e medindo realmente qual é a nossa evolução durante o ano e nesse aspecto acho que a gente está muito contente com que a gente como equipe conseguiu extrair dessas meninas, com todos os altos e baixos de estar em muitas competições e chegar em todas as competições nas finais, que é o objetivo do clube, e isso coloca as atletas, principalmente, numa situação de desgaste intenso, porque você joga todos os jogos de todas as competições e está sempre com aquela pressão que é estar no Corinthians.”
“É a pressão de ganhar, de vencer, de conquistar para manter a evolução do projeto, então o professor lucas consegue no dia a dia tanto engajando a equipe do staff, a multidisciplinar e também as atletas com muita clareza no que propõe no que ele espera da equipe. E clareza, simplicidade naquilo que as atletas precisam executar, mas não empobrecendo.”
“É um processo rico de conteúdo, de conceito, de estratégias, mas sob o comando dele com muita clareza e simplicidade para assimilação de todos, seja atletas ou staff que está trabalhando por trás. Então a gente chega no final da competição, sim, muito satisfeito com o decorrer, não só pelas conquistas, mas também pelo que a gente viu que a equipe iniciou na temporada e o que ela está entregando agora na reta final.”
Possíveis perdas para o ano que vem
“O clima, o ambiente e a cabeça das atletas nos jogos não afeta no que possa vir a acontecer no final da temporada. Eu acho que é um fator comum no futebol. Chega no final da temporada é inevitável algumas perdas, algumas transferências, isso é do futebol, é normal e a condução disso mais uma vez eu trago a forma a maneira com que o Lucas lida com isso. É muito tranquilo porque ele é uma pessoa que procura privilegiar bastante e premiar os esforços diários, aquelas pessoas que trabalham diariamente, que se dedicam e complementando a forma dele de condução tem o perfil das atletas.”
“São atletas que no dia a dia mostram um profissionalismo muito grande e eu acho que esse é um fator que também coloca elas no patamar onde elas estão. Então elas são boas tecnicamente, elas são atletas competentes na parte técnica de entendimento do jogo, mas principalmente são da própria história dentro de um clube, de uma maneira muito saudável e ética.”
“Então, isso minimiza praticamente todos os problemas. Existem meninas que vão sair, vão deixar o elenco, isso é normal, mas o mais importante é a gente chegar num penúltimo jogo da temporada com todas, com a doação, com a entrega, com o profissionalismo diário, da mesma forma como iniciaram a temporada. Isso é muito importante e acaba tornando o processo mais fluído e mais natural.”
Desgaste físico das jogadoras
“É, ter atletas do nível da prateleira que a gente tem, que faz do Corinthians esse projeto tão forte, tão vencedor, traz esses ônus também, que é atletas constantemente convocadas, um desgaste físico, mental principalmente, sempre no seu limite, mas aí eu volto a frisar a equipe de trabalho que tem por trás, o Corinthians é o que é porque entende que é necessário ter uma equipe para respaldo, para essas atletas passarem por esses contusões sem nenhum prejuízo.”
“É uma equipe muito grande, uma equipe onde todo mundo dentro da sua área é muito competente e consegue minimizar esses prejuízos de ter atletas com uma minutagem na temporada muito alta, na sequência de jogos que desgasta de todos os sentidos, são viagens e convocações, é a quantidade de jogos, mas no fundo é o que a gente espera, a gente entra na temporada com o objetivo de fazer o máximo de jogos possível, a gente entra na temporada para fazer um trabalho que o coletivo evidencie o indivíduo e essas atletas possam ser reconhecidas e possam nos representar na Seleção, então acho que a gente está da certa maneira, com toda certeza, atendendo os objetivos tanto do clube como os nossos como equipe.”
Ausência de Piccinato no banco
“Foi uma situação, ela não é rotineira, o Lucas não é um treinador com perfil de estar fora das partidas com frequência, mas o calor da emoção no momento da partida, nós que somos competitivos pra caramba, em algum momento a gente também se comporta como ser humano, como qualquer outro.”
“Estar à beira do campo, para mim, foi muito natural por me sentir, dentro do processo, pertencente. E é dessa maneira que o professor Lucas me faz, me inclui no processo diariamente, nos treinos, com autonomia pra intervir com as atletas em qualquer momento, para trazer minhas proposições, para trazer os contrapontos. Então, por isso eu cito tanto a forma dele conduzir o processo, como isso tem mérito.”
“Eu me sinto pertencente, eu me sinto atuante. E aí, quando acontece uma situação dessas que você precisa estar numa condição um pouco diferente, sentado ou em pé, é muito mais sobre você conseguir transmitir para as atletas a mesma clareza, as mesmas intenções, a estratégia que foi treinada na semana, que essas informações cheguem para as atletas da maneira como vinha chegando.”
“E esse foi o desafio, eu acho que fluiu muito bem. Elas entenderam e conseguiram colocar em campo uma equipe com a mesma cara, com os mesmos comportamentos, com tudo aquilo que a gente combinou no decorrer da preparação, da mesma forma que seria com ele ali à beira do gramado. Então, acho que a gente acerta mais uma vez e é preciso dar os parabéns pela forma como ele conduz tudo isso.”
Jogo de volta em Campinas
“Vai ser um pouco diferente, mas eu volto a frisar o nosso elenco, o nosso grupo de trabalho, o perfil dessas atletas. Eu vejo que dentro da diversidade de atletas em qualquer que seja o ramo, seja no futebol ou qualquer outro esporte de rendimento, a parte mental é muito importante e eu acho que essa parte mental, ela te coloca em categorias diferentes.”
“As nossas atletas elas têm o costume de em momentos decisivos, em momentos onde outras pessoas costumam sentir a pressão, sentir o peso daquele momento, elas, ao contrário, elas se sentem muito confortáveis. Então isso traz para a gente uma tranquilidade. De um otimismo muito grande, de saber que sempre que, como foi no segundo tempo, como foram outras conquistas ou outros confrontos, em momentos que o adversário nos coloca um problema, nos coloca uma certa pressão, elas sabem se comportar muito bem nesse momento.”
“É continuar sendo a equipe que não muda sua forma de jogar, independentemente da grandeza do confronto, independentemente do local onde está jogando ou do contexto situacional do momento da partida, elas têm a clareza, elas têm a personalidade de manter o perfil, manter a característica delas como indivíduo, como atleta e como equipe, então isso eu acho que é o segredo. E é assim que a gente vai trabalhar para a gente continuar sendo o Corinthians, independentemente se estamos na Neo Química, se estamos em algum outro estádio para decidir um torneio como este.“
Queda de rendimento da equipe no segundo tempo
“Bom, eu acho que o placar é muito da forma como você aproveita as nuances do jogo. A gente inicia, já tiveram momentos em que a gente, em algumas partidas, iniciou com um rendimento um pouco mais baixo, uma rotação mais baixa, sofrendo até em alguns momentos e depois a gente se encontra na partida e consegue sobrepor.”
“Hoje foi o contrário, mas seria muito sobre aproveitar aquele momento que a gente conseguiu se impor na partida e concluir, converter em gols, mas isso não tira de maneira nenhuma os méritos porque a gente, quando pensa o que a gente poderia fazer de melhor, a gente tem que também levar em consideração o nível de oposição, o adversário que você tem à frente. E quando é um adversário tão capacitado tanto quanto você, isso valoriza muito mais a nossa conquista desse gol, a nossa conquista dessa vitória, a nossa conquista da vantagem.”
Campo neutro
“Do nosso mando e com relação ao estádio do segundo jogo, eu creio que fica uma situação acho que até mais benéfica para nós, porque acaba se tornando um campo neutro, que também o adversário não conhece. Se a gente falar sobre condição de gramado, a informação é que o gramado está em ótimas condições e o tipo de grama ou qualquer outra coisa que nós precisaríamos nos adaptar eu acho que tudo se trata de pontos sensíveis e que não vejo problema porque nós treinamos em ambientes e em solos muito parecidos com o que a gente vai encontrar lá.”
“Então eu acho que é mais olhar para a gente mesmo como equipe, reforçar como a gente faz rotineiramente que é olhar para a partida anterior, tirar os aprendizados, reforçar tudo que foi feito de bom, transferir isso, esse diagnóstico de transferir para o campo nos poucos momentos que a gente vai ter de treino. Duas sessões de treino, otimizar o processo para, no momento que a gente entrar em campo na última partida, a gente minimizar a chance do adversário ter qualquer tipo de comportamento que ameaça nossa conquista“, concluiu Brenno Basso.
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