AVANTE MEU TRICOLOR
·23. März 2025
Antes de desistir, Ronaldo pediu apoio do São Paulo a Casares para se tornar presidente da CBF

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·23. März 2025
Ex-atacante nos tempos em que era dono do Cruzeiro (Miguel Schincariol/Getty Images)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
Postulante ao cargo de presidente da CBF, o ex-atacante Ronaldo tentou, em vão, obter publicamente o apoio de Julio Casares (e do São Paulo) para conseguir se lançar no pleito como oposição à sucessão de Ednaldo Rodrigues.
A informação foi divulgada inicialmente pela 'ESPN' e confirmada ao AVANTE MEU TRICOLOR por fontes da cúpula do clube do Morumbi.
Ronaldo, que inicialmente ensaiava uma candidatura, mas que acabou desistindo justamente pela falta de apoio, enviou um ofício ao São Paulo solicitando apoio pouco antes de desistir da disputa. Até por isso, Casares manteve uma postura mais neutra em um primeiro momento, aguardando a evolução do cenário político.
Nos últimos dias, no entanto, Casares passou a estreitar ainda mais seu contato com Ednaldo Rodrigues. O movimento foi influenciado não apenas pela disputa eleitoral, mas também pelo papel de Casares como representante da Libra e um dos membros da CNC (Conselho Nacional de Clubes), que congrega times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Outro fator determinante foi a sinalização de Ednaldo Rodrigues de que estará à disposição para apoiar as ações da Libra, do Forte Futebol (outra entidade que representa clubes) e do próprio CNC. Esse compromisso pesou na decisão de Casares, que viu na continuidade de Ednaldo na CBF uma oportunidade de avanço nas pautas defendidas pelos clubes.
Em maior e menor escala, as relações entre Casares e Ronaldo e Ednaldo já sofreram momentos de alta e queda.
Com o ex-atacante, nos tempos em que era dono da SAF do Cruzeiro, o mandatário tricolor no início tinha nele um aliado de primeira hora às ações da Libra, principalmente.
Entretanto, negociações do Tricolor fizeram Ronaldo reclamar pessoalmente (por telefone) com Casares e estremecer as coisas.
A primeira foi no início do ano passado, quando o clube do Morumbi tentou contratar o lateral-esquerdo Marlon, que então negociava a renovação de contrato com os mineiros.
Meses depois, quando da demissão de Thiago Carpini, o São Paulo fez proposta oficial a Paulo Pezzolano, técnico uruguaio que treinava justamente o Valladolid, outro clube do ex-atacante, então na segunda divisão espanhola.
Essa última motivou Ronaldo a ligar para Casares e usar frases fortes de repúdio ao assédio sobre seu treinador. A solução no Morumbi foi contratar Luis Zubeldía.
Com o mandatário da CBF, Casares ficou insatisfeito com a decisão de tirar o técnico Dorival Júnior para a Seleção Brasileira também no início do ano passado.
Depois CBF e São Paulo tiveram problemas para o pagamento da multa rescisória do treinador.
Mas a coisa acabou se acertando. Ednaldo convidou Casares para ser o chefe da delegação da Seleção na última Copa América. E vê no dirigente um grande aliado da entidade máxima do futebol.
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