Apesar dessa lista de pessoas, o Inter vai ficar na primeira divisão!
Atuação de quem vai cair. Vitória de quem vai conseguir se segurar. Esse é o cenário atual do Inter, o futebol passou longe da camisa vermelha e o que se tem a comemorar são os três pontos que praticamente garantem o Inter na primeira divisão.
Ramón Diáz (leia-se Emíliano porque é ele quem faz tudo) começa com Tabata sendo a grande novidade no time. Abriu Vitinho de um lado e Tabata do outro, com Borré no comando de ataque. Inexplicavelmente, o Carbonero foi pro banco de reservas.
A sorte colorada foi que o Ceará começou pilhado. Com menos de um minuto, o Dieguinho já poderia ser expulso. Com poucos minutos, o Vina deu com a sola da chuteira na canela do Luis Otávio e foi expulso.
O primeiro tempo foi de um Inter com muita posse de bola (quase 80%), mas que não serviu de absolutamente nada. O primeiro chute foi aos 35 minutos, com o Bernabei tentando de fora da área. Nada demais.
Tava na cara que precisava mudar. No intervalo, Ramón (leia-se Emíliano porque é ele quem faz tudo), viu o óbvio e meteu o Carbonero em campo. Na vaga do Tabata, que não conseguiu colaborar. Tabata tem o desconto de estar jogando fora da posição, ele é melhor pelo meio. Agora, tá impossível defendê-lo. O cara não agrega em basicamente nada dentro de campo.
Com um minuto do segundo tempo, Carbonero mostrou que era melhor e entregou um gol pro Vitinho. Em um lance, fez mais que qualquer um em campo. A melhor jogada até então.
Mas parece que Ramón (leia-se Emíliano porque é ele quem faz tudo) quer viver com emoção. Com 10 minutos, sacou Alan Rodríguez e meteu Ricardo Mathias. Resultado? Perdeu o meio-campo. Com um a mais, o Ceará dominava o meio. Inacreditável.
Eu entendo a ideia dos caras, colocaram Mathias no ataque, puxaram Borré mais para trás e o Alan Patrick virou um volante para tentar articular. Péssima ideia. Entendo a ideia, não a execução.
Tanto é verdade que menos de 10 minutos depois tiveram que fazer toda uma engenharia para meter o Aguirre na lateral e passar o Bruno Henrique pro meio para tentar salvar o domínio das ações.
Resumindo, Ramón (leia-se Emíliano porque é ele quem faz tudo), fez tudo meio errado. A vitória foi apesar dele.
Até os 30 do segundo tempo, a melhor chance do Inter foi quando o goleiro do Ceará deu uma manchete pro lado e quase meteu contra.
O gol do Vitinho acontece meio do nada. Aliás, os dois gols foram assim. No primeiro, Carbonero começa a jogada e a bola vai passando por todo mundo até chegar no Vitinho do outro lado. Uma bobeira monstra do Ceará.
Quando tudo parecia encaminhado, o Inter consegue se sabotar. Mais uma vez em bola alta, mais uma de bola parada. Ricardo Mathias meteu contra.
Do mais sobrenatural de almeida, aconteceu um segundo gol. Muito pelo talento do Ricardo Mathias. Todo mundo sabe que ele tem bola no corpo. Falta é o comportamento profissional pra ele ser diferente. Essa maturidade lhe falta. Gol com choro do guri que sabe que seria execrado se o empate acontecesse por sua culpa.
Como desgraça pouca é bobagem, Carbonero consegue agredir um cara do Ceará depois do gol e ser expulso. Coisa sem menor explicação. Agora, o Inter vai para uma batalha contra o Santos sem seu melhor (zinho) jogador. Sem um dos poucos que fazem algo diferente. Comportamento que explica muito da sua carreira, diga-se.
A vitória deverá afastar o rebaixamento do Inter. Só não vai esconder que o trabalho foi para um time rebaixado. Jogadores como Borré e Alan Patrick não assumiram nunca a responsabilidade. Em momento algum jogaram o futebol do tamanho das suas obrigações. Essa reflexão precisa ficar para 2026.
Traduzindo, apesar do Ramón/Emíliano, apesar da diretoria e apesar dos seus principais jogadores, o Inter vai ficar na primeira divisão.