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·18. Juli 2025

Associados, coletivos e grupos políticos acionam Ética contra Andrés Sanchez por gastos no cartão corporativo

Artikelbild:Associados, coletivos e grupos políticos acionam Ética contra Andrés Sanchez por gastos no cartão corporativo
  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

A controvérsia envolvendo os gastos no cartão corporativo do Corinthians na gestão Andrés Sanchez segue movimentando o Parque São Jorge. Desde a última terça-feira, 15, o Conselho Deliberativo (CD) tem recebido diversas demandas da coletividade alvinegra, tanto de grupos políticos quanto de coletivos independentes e associados, para que sejam investigados as despesas promovidas pelo ex-presidente.

A Central do Timão recebeu cópias de alguns destes pedidos, que foram protocolados na secretaria do CD para que Romeu Tuma Júnior, presidente do órgão, encaminhe à Comissão de Ética e Disciplina (CED), responsável por apurar irregularidades cometidas por conselheiros e dirigentes alvinegros.


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Foto: Divulgação/Corinthians

Um dos pedidos foi protocolado pelo coletivo de associados Família Corinthians, e é subscrito por 148 associados ao todo. O texto, com quatro páginas mais anexos, se fundamenta no estatuto corinthiano e na Lei Geral do Esporte (14.597/2023) para requerer a abertura de um processo disciplinar contra Andrés, visando sua expulsão do quadro associativo.

O texto cita a admissão do ex-presidente de que fez despesas pessoais no cartão corporativo do Corinthians e afirma que o episódio comprometeu a credibilidade institucional do clube, gerando danos à imagem e indignando torcedores e associados. Prossegue, ainda, descrevendo o ato de Andrés como doloso, descrevendo-o como “abuso de poder e traição à confiança institucional”.

Além de requerer a abertura de procedimento na CED com o objetivo de expulsar Andrés do Corinthians, o documento pede que os autos deste procedimentos sejam encaminhados ao Ministério Público para apuração do possível cometimento de crimes como apropriação indébita, improbidade esportiva e enriquecimentoilícito.

Outro pedido protocolado na terça-feira foi individual, assinado pelo associado Rodrigo Lança Hernandez. O texto também pede a abertura do procedimento contra Andrés no CED, mas inclui em sua fundamentação legal a Lei Pelé (9.615/98), que é a legislação que estava de fato em vigor durante seu mandato no clube.

No pedido, o associado exibe uma série de prints e links de publicações e reportagens sobre o caso, demonstrando a grande repercussão que o escândalo atingiu na mídia. Cita, ainda, a alegação do ex-presidente de que teria usado o cartão do clube de boa fé, pois teria confundido o mesmo com seu cartão pessoal: “não se sustenta, visto que foram realizadas compras em dias, locais e até cidades diferentes”, argumenta no texto.

A demanda se utiliza dos artigos 24, 28, 30, 36 e 99 do estatuto do Corinthians, além de normas da Lei Pelé e da LGE que versam sobre responsabilidade penal e civil de dirigentes por gestão temerária e também artigos do Código Civil que descrevem os princípios gerais da responsabilidade civil por atos ilícitos. Pede, por fim, que todos os gastos no cartão entre 2018 e 2020 sejam analisados e que também sejam apuradas eventuais omissões de outros dirigentes no caso.

Outro grupo que protocolou um pedido foi o Coletivo Voz Corinthiana, que foi criado recentemente por associados e torcedores do Corinthians para criar uma proposta popular de reforma do estatuto, com ideias vindas da torcida. O texto apela ao artigo 22 do estatuto para fundamentar o direito dos associados de interpelarem Andrés junto à Comissão de Ética.

O documento lembra que as faturas do cartão corporativo nunca foram analisadas nas demonstrações financeiras da gestão Andrés, motivo pelo qual o pedido de investigação poderia ser feito neste momento. Além disso, diz que os fatos representam uma afronta à moral social desportiva do Corinthians, além de desabonar a imagem do clube perante a opinião pública.

Com isso, e baseados apenas no estatuto alvinegro, o coletivo solicita que o procedimento na CED recomende a expulsão de Andrés do Corinthians, e por consequência declare também a sua perda do mandato de conselheiro vitalício. Por fim, pede ainda que o órgão apure, em outro procedimento, os gastos no cartão corporativo dos últimos dez anos, ou seja, de 2015 a 2025.

O grupo Valores 83, que disputa eleições no Corinthians através da chapa de mesmo número, também se dirigiu ao CD. Em seu pedido, solicita expressamente a expulsão de Andrés do quadro de associados do Parque São Jorge, lembrando um histórico do caso e reiterando que o uso pessoal do cartão corporativo foi confessado pelo ex-presidente.

Embora não cite nenhum artigo específico, o grupo se apoia no estatuto do Corinthians e afirma que a conduta do ex-dirigente representa uma “ofensa aos princípios da moralidade, legalidade, lealdade institucional e respeito ao interesse coletivo”, exigindo que a Ética recomende sua expulsão do clube após a tramitação do procedimento disciplinar.

A Arquibancada 85, que também disputa eleições no Corinthians, também protocolou seu pedido nesta quinta-feira, 17. O texto possui nove páginas e é endereçado a Roberson de Medeiros, presidente da CED do Conselho Deliberativo, Luis Alberto Bussab, presidente da CED dos Associados, e Romeu Tuma Júnior, presidente do CD.

O pedido relembra o histórico do caso e cita, também, gastos de Andrés em Fernando de Noronha-PE para refutar as alegações do ex-presidente de que os gastos pessoais foram fruto de confusão. Afirma, ainda, que a conduta do ex-presidente gerou “profundo impacto negativo” ao Corinthians e que os gastos pessoais feriram a integridade do clube e a confiança de seus associados.

A fundamentação do grupo para pedir a abertura do procedimento é baseada, também, na Lei Pelé e na LGE, além dos artigos 24 e 28 do estatuto do Corinthians. Lembra, ainda, que conforme as normas do clube, o ressarcimento dos valores por parte de Andrés não afasta a possibilidade de sanções serem aplicadas. Com isso, solicita a apuração do caso pelo CED, incluindo a verificação de possíveis omissões de outros dirigentes e também de membros dos órgãos de fiscalização, que não identificaram os gastos na época devida.

Além de pedir que a Ética recomende a punição máxima a Andrés, o grupo inclui uma punição alternativa para caso o órgão não entenda que o ato motiva uma expulsão do ex-presidente, no caso, sua saída do Conselho de Orientação (CORI) e também a perda de seu mandato de conselheiro vitalício. Por fim, também pede que seja declarada a incompatibilidade de Andrés para ocupar futuros cargos no clube e que os autos do procedimento sejam enviados ao Ministério Público para apuração.

Em declaração recente à Central do Timão, Romeu Tuma Júnior afirmou que aguardará mais pedidos serem protocolados e, no final desta semana, emitirá um comunicado a respeito dos próximos passos a serem adotados. Espera-se que os documentos sejam enviados à CED para que o procedimento disciplinar contra Andrés seja aberto em conjunto com a recomendação similar feita pelo CORI na última segunda-feira, 14.

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