CBF pede calma com fair play financeiro, mas avisa: 'De 40, tivemos 37 clubes' | OneFootball

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·14. August 2025

CBF pede calma com fair play financeiro, mas avisa: 'De 40, tivemos 37 clubes'

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A ideia de implementação do fair play financeiro no Brasil tem movimentado de clubes a dirigentes, passando por federações de todo o país e a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No entanto, o presidente da entidade, Samir Xaud, pediu calma sobre o tema.

O dirigente destacou que a introdução de algo tão revolucionário em um país como o Brasil demanda tempo, até por uma questão de adaptação dos clubes. Assim, acredita que o sistema ainda pode demorar a entrar em vigor, ainda que esteja sendo debatido desde já.


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"É uma construção, não é tão simples. Há um período de transição, alguns países demoraram anos nisso. Temos que dar tempo aos clubes se adaptarem ao novo modelo. Acredito que o pontapé inicial, o que precisava, a gente começou. O tempo determinado a gente não tem, mas queremos que seja o mais breve possível", disse Xaud ao "Lance".

Preocupação com gastos excessivos

No entanto, o presidente da CBF reconheceu que há uma preocupação com a falta de responsabilidade financeira de alguns clubes do futebol brasileiro. Naturalmente, não citou nomes.

Ainda assim, Xaud ressaltou que algumas equipes gastam até três vezes mais do que arrecadam, o que não só torna a saúde financeira inviável como prejudica agremiações que pagam em dia.

"O que nos preocupa bastante são os gastos demasiados de alguns clubes. Você tem uma arrecadação X; o clube está gastando 3X. E o que a gente quer é dar uma lisura maior para os nossos campeonatos, deixar o campeonato mais disputável e tornar o futebol brasileiro autossustentável financeiramente", explicou.

Assim, clubes de estrutura menor — mas que honram a própria palavra e cumprem os compromissos — acabam ficando para trás em relação a times maiores que acumulam contratações sem pagar.

"Então, além de prejudicar o campeonato, de ser uma atitude antidesportiva com os outros clubes — os clubes menores que pagam em dia suas receitas, seus jogadores —, acaba tendo aquele, entre aspas, 'doping financeiro'", afirmou.

Fair play financeiro tem recebido apoio no Brasil

Ainda que leve algum tempo, Samir Xaud está confiante de que o projeto do fair play financeiro será implementado no Brasil. Para isso, destacou o grande número de personagens envolvidos nas conversas.

O comandante da CBF ressaltou que apenas três dos 40 clubes das séries A e B não participaram da conversa, o que representa um interesse muito abrangente no assunto. Ou seja, até pode demorar, mas a tendência é de que o sistema ganhe força com o passar do tempo e o desenrolar das negociações.

"Entre os times das séries A e B, dos 40, tivemos ali 37 clubes. Não só clubes, mas federações, a CBF como um todo. Está todo mundo antenado nesse tema, um tema muito importante para todo o futebol brasileiro. E eu acredito que nós vamos construir um melhor modelo aqui no Brasil", finalizou o presidente da CBF.

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