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·12. Dezember 2025
Corinthians comemora 43 anos de Título da Democracia

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Em 1982, o Corinthians da Democracia, com Sócrates, Casagrande e companhia, enfrentava o São Paulo bicampeão estadual, de Oscar, Dario Pereyra e Serginho Chulapa, pela final do Campeonato Paulista. No dia 12 de dezembro, o Timão venceu a batalha por 3 a 1 e tirou o possível tricampeonato das mãos do Tricolor.
Em 1982, o Timão iniciava um movimento que ficou marcado na história. A Democracia Corintiana foi simbólica não só na história do clube, mas também na do futebol brasileiro. Para tornar aquele momento ainda mais importante, um título dentro de campo era necessário. A tarefa, entretanto, não era fácil.
Depois de ser campeão no primeiro turno do Campeonato Paulista, com o Tricolor em segundo lugar, o Corinthians viu as posições serem trocadas no returno, quando o São Paulo ficou em primeiro e o Alvinegro foi o vice. Como previa o regulamento, nesta ocasião, as equipes se enfrentaram em jogos de ida e volta na finalíssima do Estadual.
O São Paulo vinha de um bicampeonato paulista, conquistado em 1980 e 1981. Não era possível cravar um favoritismo, mas o time do Morumbi tinha com um elenco mais “cascudo”, por conta dos títulos passados. Depois de bater na trave em 1947, 1950 e 1972, era a oportunidade do Tricolor conquistar o tão desejado terceiro troféu consecutivo de Campeonato Paulista.
Na primeira partida da final, no Morumbi, o Tricolor começou mais agressivo, mas não conseguiu ser eficiente para abrir o placar. Na segunda etapa, quem controlou o jogo foi o Corinthians, que balançou as redes com Sócrates, após cobrança de escanteio de Zenon, aos 15 minutos.
No jogo decisivo da finalíssima, também no Morumbi, o São Paulo precisava tomar a iniciativa para tirar a vantagem do adversário. O Timão, com o time talentoso que tinha, não caiu nas tentativas de intimidação dos rivais e soube se portar bem. O placar não foi alterado no primeiro tempo, e o resultado dava o título para o Corinthians. Na volta do intervalo, foi o clube de Parque São Jorge que tomou as ações, e Biro-Biro abriu o placar depois de tabelar com Sócrates, aos 26 minutos. O Tricolor até chegou ao empate aos 32, com Dario Pereyra, mas o Timão confirmou a vitória com mais um de Biro-Biro aos 37, e com Casagrande aos 41.
Além de ser o 18º título paulista corintiano, a conquista ficou marcada como “a vitória da Democracia”. A Gazeta Esportiva, na época, destacou o senso de conjunto e solidariedade do clube. Segundo o jornal, era um trabalho fincado em três pilares: o diretor de futebol Adilson Monteiro Alves, Mario Travaglini, treinador da equipe, e o meia Sócrates, um dos principais líderes do elenco.
Pelo lado são-paulino, os atletas lamentaram a chance perdida de conquistar o tricampeonato. Muitos foram remanescentes dos títulos de 1980 e 1981 e queriam mais uma conquista. Éverton, meia titular do Tricolor na época, mostrava-se confiante antes da partida. “É muito grande a nossa confiança. Vamos encarar o jogo como uma partida usual e temos certeza que, assim, estaremos caminhando para o tricampeonato”, declarou o jogador à Gazeta Esportiva. Depois do jogo, porém, o zagueiro Oscar lamentou a falta de união do elenco tricolor, que teria atrapalhado na decisão.









































