Esporte News Mundo
·15. August 2025
Corinthians irá recorrer à Fifa por irregularidade na transferência de joia da base ao Bahia

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·15. August 2025
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O Corinthians está determinado a explorar todos os recursos possíveis junto à FIFA para tentar impedir a transferência de Kauê Furquim para o Bahia. O clube do Nordeste desembolsou R$ 14 milhões referentes à multa rescisória para contratar o jovem talento de 16 anos, considerado uma das grandes promessas das categorias de base do clube paulista.
Kauê assinou seu primeiro contrato profissional com o Corinthians em abril deste ano. A cláusula de rescisão para transferências internacionais estava estipulada em 50 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões na cotação atual). No entanto, conforme a legislação vigente, para negociações nacionais, o valor corresponde a duas mil vezes o salário do jogador, o que resultou no pagamento de R$ 14 milhões por parte do Bahia.
O Bahia integra o City Football Group (CFG), consórcio fundado pela Abu Dhabi United Group, sob liderança de Mansour bin Zayed Al Nahyan e presidência de Khaldoon Al Mubarak. O grupo controla 14 clubes de futebol em diferentes países, sendo o Manchester City, da Inglaterra, o principal deles.
Dentro do Corinthians, dirigentes acreditam que a aquisição de Kauê pelo Bahia teve como objetivo final levá-lo ao Manchester City, utilizando o clube baiano como uma espécie de ponte para reduzir custos. Por esse motivo, o clube paulista pretende acionar a FIFA.
Tanto o Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol (RNRTAF), da CBF, quanto o Regulamento sobre o Estatuto e a Transferência de Jogadores (RSTP), da FIFA, contêm cláusulas que proíbem as chamadas “transferências-ponte”.
Esse tipo de transação ocorre quando um atleta é transferido para um clube intermediário com a intenção de posteriormente ser encaminhado ao destino final, com o objetivo de burlar normas, como o pagamento de mecanismos de solidariedade ou compensações por formação, ou ainda enganar terceiros. O Corinthians argumenta que o caso de Kauê se encaixa nesse cenário e, se conseguir comprovar a irregularidade, poderá ser ressarcido financeiramente.
De acordo com o Artigo 34 do RNRTAF, quando um jogador é registrado por um clube e, em menos de 16 semanas, é transferido para outro sem ter participado de competições oficiais ou sem justificativa esportiva relevante, isso configura indício de transferência-ponte. O regulamento da FIFA também aborda essa prática no Artigo 5 do RSTP, em vigor desde 2020, e prevê punições em tais casos.