Fala Galo
·26. Juli 2025
Cronologia da queda: Galinho sub-20 já apresentava problemas de competitividade

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·26. Juli 2025
Por Jonatas Berto
O Fala Galo dá sequência à série de matérias que tenta explicar, em ordem cronológica, o triste rebaixamento da categoria sub-20 do Atlético para segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Além da queda competitiva e de visibilidade, o descenso é um duro golpe para um clube que vê as camadas jovens como a “salvação” para as finanças.
No último episódio, explicamos o início do choque de gestão promovido pelo presidente Sérgio Coelho, com a demissão do então diretor de base, Júnior Chávare, e mudanças na filosofia de captação de jogadores.
Com a missão de consolidar uma base forte, e com total confiança de Rodrigo Caetano, Erasmo Damiani começa seu trabalho no Atlético. Além dos objetivos esportivos, a meta era consolidar a filosofia de captar atletas em idades mais prematuras, abrindo mão de contratar jogadores, em prol de formá-los em casa.
Embora sem grandes conquistas, o ano de 2021 mostrou um Atlético competitivo. Chegou à semifinal do Brasileirão sub-20, e conquistou o Campeonato Mineiro sub-17, em cima do Cruzeiro. No estadual, eliminação na semifinais, após dois confrontos parelhos contra o rival azul. Nomes como Júlio César (atacante), Felipe Felício (atacante) e Gabriel Santos (meia), além de Rubens, Rômulo, Savinho e Gabriel Delfim, representavam a esperança de novas revelações.
O empolgante final de temporada em 2021 deixou boas expectativas para 2022. O problema é que o início de temporada para o sub-20 foi desastroso, com participação muito ruim na Copa São Paulo de Futebol Jr. O time mineiro foi eliminado na segunda fase, perdendo por 3 a 1 para o Mirassol. Antes, na fase de grupos, foi apenas segundo colocado num grupo composto por Linense, Andirá-AC e Desportivo Aliança.
A péssima largada de temporada rendeu o emprego de Marcos Valadares. O treinador, campeão brasileiro em 2021, foi demitido devido a um “processo de renovação nas categorias de base”. Chegou, para seu lugar, o jovem Bernardo Franco, vindo do Athletico.
Bernardo Franco ficou apenas três meses em Vespasiano, e pediu desligamento do Atlético após receber proposta para integrar a comissão profissional do Cuiabá. Não é possível avaliar se o trabalho de Franco foi bom ou não, pois ele comandou o Galinho em apenas quatro partidas oficiais – venceu duas e empatou outras duas.
O Atlético agiu rápido, e anunciou a chegada do técnico Eduardo Oliveira. O carioca, que acumulava experiências como preparador, coordenador e treinador, declarou o gosto por um modelo de jogo de posse de bola, com bom futebol e competitividade.
O segundo semestre de 2022 não foi bom para o Galinho. Pela primeira vez desde o título em 2020/21, a equipe foi eliminada na fase de grupos do Campeonato Brasileiro. No estadual, nova eliminação nas semifinais, mas agora para o América. O time Alvinegro teve dificuldades para impor um bom futebol, e não demonstrou a esperada competitividade para superar os desafios. Dos poucos destaques na reta final de temporada, podemos citar os até então desconhecidos, Alisson Santana e Rômulo.
Eduardo Oliveira, ex-treinador do Galinho (Foto: Bruno Sousa / Atlético)
Escalação do Galinho contra o América, em 29/10/2022: Diego Fernandes, Kauan Sales (João Henrique), Rômulo, Vitor Hugo (Daniel Borges) e Emanuel; Caio Ribas (Pablo Ruan), Vitinho e Yan Philipe; Alexandre Lopes, Will (Alisson Santana) e Cadu (Caio Maia). Técnico: Eduardo Oliveira
No segundo episódio da série “Cronologia da Queda”, explicamos o início da queda competitiva do time sub-20 do Atlético. Na próxima parte, vamos aprofundar a crise competitiva do time nos anos de 2023 e 2024, e o fim da era Erasmo Damiani.
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