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·4. Dezember 2025
Defesa de Bruno Henrique se pronuncia após atacante virar réu por estelionato

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A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, se manifestou oficialmente após a decisão da Terceira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que nesta quinta-feira (4) tornou o jogador réu pelo crime de estelionato.
Em nota enviada à imprensa, os advogados do ídolo rubro-negro classificaram a decisão como um "equívoco" e afirmaram receber a notícia com "indignação", ressaltando que a medida contraria o entendimento da primeira instância.
A defesa do atleta reforçou a confiança no Poder Judiciário, mas garantiu que apresentará recurso para reverter o quadro. Confira o posicionamento na íntegra:
"A defesa do atleta Bruno Henrique recebeu com indignação a notícia do julgamento que acatou recurso do MPDFT para abrir ação penal quanto a um suposto crime de estelionato, fato que contraria decisão fundamentada do juiz de primeira instância. Com confiança no Poder Judiciário, será apresentado recurso pela defesa aos órgãos competentes, que demonstrará, mais uma vez, o claro equívoco da denúncia", diz a nota.
A mudança no cenário jurídico ocorreu após o Tribunal acolher, por unanimidade, um recurso do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Anteriormente, a Justiça já havia tornado Bruno Henrique réu por fraude esportiva, mas o juiz Fernando Brandini Barbagalo havia negado a denúncia por estelionato.
O magistrado de primeira instância argumentava que, para configurar estelionato, as vítimas (casas de apostas) precisariam ter feito uma representação formal contra os apostadores, o que não havia ocorrido diretamente.
No entanto, o relator do caso no TJDFT, desembargador Demétrius Gomes, teve um entendimento diferente. Para ele, a comunicação feita pela IBIA (associação internacional de integridade de apostas) já serve como representação válida.
"As empresas vítimas demonstraram interesse na punição dos investigados. Essa colaboração ativa e tempestiva afasta qualquer argumento de inércia da representação", afirmou o desembargador.
Além de Bruno Henrique, seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e outras seis pessoas também viraram réus. A pena prevista para estelionato varia de um a cinco anos de prisão.
Apesar da derrota na questão do estelionato, a defesa teve uma vitória parcial no julgamento desta quinta-feira. A Turma Criminal negou o pedido do MPDFT para fixar fiança de R$ 2 milhões. Os desembargadores entenderam que Bruno Henrique não apresenta risco de fuga, descartando a necessidade de medidas cautelares financeiras neste momento.
É importante ressaltar para o torcedor que a esfera criminal corre separada da esfera esportiva. No Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o caso já está encerrado.
No início de novembro, o tribunal decidiu apenas multar o jogador em R$ 100 mil, sem aplicar suspensão. Portanto, Bruno Henrique segue liberado para atuar pelo Flamengo nas competições oficiais.









































