Portal dos Dragões
·12. November 2025
Dominik Prpic destaca rivalidade com o Benfica e paixão dos adeptos do FC Porto

In partnership with
Yahoo sportsPortal dos Dragões
·12. November 2025

Em declarações ao 24sata, o jornal croata com maior tiragem no país, o defesa-central Dominik Prpic falou sobre o FC Porto, a sua integração na cidade e a exigência de representar um clube europeu de topo.
Prpic abordou a responsabilidade de envergar as cores azul e branca, traçando um paralelo com a camisola do Hajduk Split, onde começou a carreira. Perguntado sobre a maior rivalidade em Portugal, respondeu sem hesitar: «É com o Benfica.»
«Costuma-se dizer que a camisola do Hajduk é pesada, e eu diria que a do FC Porto é muito semelhante. Apesar de ainda não ter sentido grande pressão, já que não tivemos nenhuma derrota no campeonato, só na Liga Europa, sei que a exigência aqui é altíssima. Pelo que ouvi dos jogadores mais experientes, em temporadas passadas, quando os resultados não apareciam, a pressão era enorme. Mas, até agora, tudo tem sido excelente», afirmou o croata, destacando a mentalidade apaixonada dos adeptos portistas.
Prpic reconheceu a rivalidade com o Benfica como um dos grandes capítulos do futebol em Portugal, estabelecendo uma comparação com a disputa entre o Hajduk e o Dínamo: «Sim, o Benfica é o nosso maior rival, tal como o Dínamo [Zagreb] é o do Hajduk. Na Croácia, os nossos adeptos são muito numerosos e barulhentos, mesmo fora de casa. Aqui, no FC Porto, sinto que a paixão é igualmente intensa e isso faz toda a diferença no nosso desempenho.» Com o FC Porto no topo da classificação, Prpic enalteceu o arranque da equipa: «Tivemos um arranque excelente, com dez vitórias e um empate frente ao Benfica. Somos uma equipa jovem, mas com muita personalidade e qualidade individual. O nosso treinador, Francesco Farioli, exige que joguemos como uma verdadeira equipa, criando um espírito de união. Ele está sempre atento e, quando percebe que baixamos o ritmo, faz questão de nos motivar de imediato.» Sobre o treinador italiano, Prpic foi claro na apreciação: «Só tenho elogios para o treinador. Ele deu-me uma oportunidade, vejo que me valoriza muito e acredita em mim, e estou muito grato por isso. Tenho de continuar a trabalhar e esperar pela minha oportunidade… Foi assim que me foi apresentado quando assinei o meu contrato. O primeiro ano é um ano de adaptação ao clube, à liga, à mentalidade… Eu estava ciente de que seria utilizado gradualmente e teria oportunidades; cabe-me a mim treinar e aproveitar ao máximo os minutos que tiver.»
O jogador descreveu igualmente como se desenrolou a transferência: «Estava com o Hajduk, num estágio na Eslovénia, quando os responsáveis do FC Porto me apresentaram um plano que me agradou muito. Aceitei a proposta imediatamente. Tudo aconteceu muito rápido e estou muito feliz por jogar num gigante europeu. Aproveito cada momento.»
Prpic salientou também o apreço do clube pela sua história e identidade: «O nosso treinador organizou uma visita ao museu do clube para que nós, os que não crescemos na academia, conhecêssemos a rica história do FC Porto. Foi aí que me perguntaram sobre Tomislav Ivic. Claro que sabia quem ele era e da marca profunda que deixou tanto no Hajduk como aqui no Porto», revelou, entusiasmado.
Quanto à adaptação a Portugal, o defesa contou que se matriculou num curso de português logo após chegar: «Ninguém me obrigou, mas achei importante aprender a língua. Já consigo comunicar no campo, pedir comida num restaurante e orientar-me na rua. Acho que aprender a língua é uma forma de demonstrar respeito pelo lugar onde estamos.»
Num contrato de cinco anos com uma cláusula de rescisão fixada em 60 milhões de euros, Prpic confessou-se surpreendido, mas valorizou a aposta do clube: «Fiquei surpreendido quando soube da cláusula, mas isso reflete o plano que o FC Porto tem para mim. Até agora, tudo corre bem e tenho uma relação muito boa com o treinador», afirmou.
Relativamente à concorrência na posição de defesa-central, mostrou-se optimista: «Temos jogadores com muita experiência, como Jakub Kiwior e Jan Bednarek, mas ambos têm sido muito justos comigo. Acredito que, com trabalho, poderei conquistar o meu espaço.»









































