Calciopédia
·20. Dezember 2025
Donos dos títulos nacionais em 2025, Napoli e Bologna farão final da Supercopa Italiana

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Como deveria ter sido desde o início, o campeão da Serie A e o vencedor da Coppa Italia decidirão a Supercopa Italiana. As semifinais, disputadas em Riade, capital da Arábia Saudita, ofereceram dois jogos de alto nível e roteiros opostos: de um lado, o Napoli foi eficiente, controlou o Milan e venceu com autoridade, resolvendo o duelo no tempo normal; do outro, Bologna e Inter protagonizaram um confronto tenso e equilibrado, definido apenas nos pênaltis – disputa na qual os nerazzurri falharam de forma eloquente, como se não a tivessem preparado. Assim, napolitanos e bolonheses avançam para a final marcada para segunda-feira, reunindo, enfim, os dois detentores de títulos de 2025, o que realmente dá sentido esportivo à competição. Confira, a seguir, as análises das partidas.
Na quinta, o jogo entre o campeão da Serie A e o vice da Coppa Italia começou em ritmo intenso, com os dois times buscando acelerar as ações desde os primeiros minutos. Logo de cara, Elmas obrigou Maignan a trabalhar após finalização firme, enquanto o Milan respondeu ao Napoli rapidamente: Milinkovic-Savic fez boa defesa em chance clara que sobrou para Loftus-Cheek, após passe preciso de Pavlovic.
O Milan tentou impor velocidade, explorando bem os corredores, especialmente com Saelemaekers, que incomodou os azzurri em diferentes momentos. O belga finalizou para fora após erro defensivo do Napoli e também participou de jogadas que terminaram com Nkunku e Rabiot levando perigo ao gol adversário. Do outro lado, o Napoli respondeu com David Neres, que teve chute desviado para escanteio, e aproveitou a instabilidade de Maignan, que vacilou em saída equivocada.
A pressão napolitana cresceu na reta final do primeiro tempo. McTominay e Højlund levaram perigo, até que, aos 39 minutos, o gol saiu: o dinamarquês cruzou rasteiro, Maignan não conseguiu segurar, e David Neres apareceu livre para empurrar para o fundo das redes. Ainda antes do intervalo, o centroavante nórdico quase ampliou, mas parou em grande defesa do goleiro francês.
No segundo tempo, o Napoli manteve o controle emocional e territorial da partida. Maignan voltou a aparecer bem, salvando chute forte de primeira de Rrahmani de fora da área, mas não conseguiu evitar o segundo gol. Aos 64 minutos, Højlund fez belo pivô, livrou-se da marcação e finalizou com força, no canto, para ampliar a vantagem.
O Milan tentou reagir com bolas alçadas e finalizações de média distância, mas sem grande efetividade. O Napoli ainda desperdiçou chance clara com McTominay e levou perigo em escanteio nos minutos finais, confirmando uma vitória sólida e a merecida classificação para a final da Supercopa Italiana.
Immobile converteu o pênalti decisivo e levou o Bologna à decisão (Getty)
O duelo de sexta, entre o campeão da Coppa Italia e a vice da Serie A, começou da melhor forma possível para a Inter – que, assim como o Milan, não conquistou os troféus das competições elegíveis para a Supercopa e só participou do torneio por conta de sua discutível ampliação. Com pouco mais de um minuto de bola rolando, Bastoni antecipou a marcação na zaga, avançou e cruzou na medida para Thuram, que finalizou no contrapé de Ravaglia e abriu o placar. O gol precoce deu a impressão de que os nerazzurri teriam controle da partida, aproveitando os espaços deixados pela defesa do Bologna.
No entanto, os rossoblù cresceram ao longo do primeiro tempo. Passaram a pressionar, dificultaram a saída de bola da Inter e começaram a ocupar o campo ofensivo. Martínez precisou trabalhar em finalização de Bernardeschi, enquanto a Inter respondeu com boa chance de Zielinski, parando em Ravaglia.
A melhora do Bologna foi recompensada aos 35 minutos, quando Bisseck tocou na bola com a mão dentro da área. Após revisão no VAR, Daniele Chiffi confirmou a infração. Orsolini cobrou o pênalti no meio do gol e deixou tudo igual, produzindo um empate que refletia o bom momento do time da Emília-Romanha na partida.
No segundo tempo, a Inter voltou melhor, empurrando o Bologna para trás e criando uma sequência de oportunidades. Dimarco foi o principal nome ofensivo, com dois chutes perigosos defendidos por Ravaglia, enquanto Lautaro – que saiu do banco, substituindo Thuram – e De Vrij desperdiçaram boas chances em bolas aéreas. Bonny chegou a cavar um pênalti que foi revogado após revisão. O Bologna, por sua vez, seguia apostando em transições rápidas e levou perigo em finalizações de Holm e Fabbian, sempre parando em Pepo Martínez, escalado para dar um descanso a Sommer.
Com o empate persistindo até o fim do tempo regulamentar, a decisão foi para os pênaltis. A disputa foi marcada por erros dos dois lados – mas muito mais pela Inter, que viu Bastoni, Barella e Bonny baterem muito mal; Zielinski, melhor cobrador em campo, na ausência do lesionado Çalhanoglu, teve que ser substituído no finalzinho, por cãibras. Por outro lado, tivemos atuações decisivas dos goleiros. Ravaglia brilhou ao defender os arremates do zagueiro italiano e o do atacante francês, enquanto Martínez também manteve a Inter viva ao rebater o chute de Moro. No fim, Immobile converteu a cobrança decisiva e confirmou o Bologna na final da Supercopa Italiana. Uma classificação histórica, já que nunca havia disputado o torneio.









































