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·7. August 2025

Dragão despediu-se de Jorge Costa: «Não existirá outro»

Artikelbild:Dragão despediu-se de Jorge Costa: «Não existirá outro»

O silêncio é ensurdecedor.

A euforia e alegria de milhares de adeptos do FC Porto é trocada pela tristeza, pelas lágrimas e pelas homenagens. Multiplicam-se bandeiras, camisolas, lembranças ou cachecóis dos dragões. Relembram-se as conquistas internacionais e nacionais que tiveram o seu cunho. Afinal, estamos a falar do «Bicho», como era carinhosamente conhecido.


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Os cânticos de apoio são trocados por conversas em baixo tom, onde se lamenta a morte do eterno capitão da Invicta. Desde miúdos a graúdos, ninguém se esquece de uma lenda do clube, de um jogador que marcou uma era numa das maiores equipas de Portugal.

«Aconteça o que acontecer, faço parte da história do meu clube do coração.» O último adeus da massa adepta portista.

«Era uma pessoa única»

Acompanhámos desde cedo o dia marcante na história do FC Porto. Percebemos, de forma natural, que ninguém ficou indiferente à morte de Jorge Costa. Frederico Varandas, representantes de SC Braga ou Benfica: ninguém quis faltar à homenagem realizada pelos azuis e brancos, que contou com milhares de pessoas vindas de todos os pontos do país.

As filas começam cedo, bem antes das 15h00, horário da abertura das portas para os adeptos. Não conseguimos perceber onde termina o cordão humano. Vemos camisolas com o número dois, vemos camisolas de outros clubes. Afinal, o antigo central defendeu as cores da seleção nacional em 50 ocasiões distintas.

Entre os adeptos de diferentes faixas etárias, realçam-se as presenças notórias de Ricardo Costa, Bruno Alves, Derlei, Pauleta, Rui Barros ou João Vieira Pinto. Enfim, a lista é interminável, tendo em conta o impacto que Jorge Costa deixou em diferentes companheiros de equipa.

«Gostávamos todos dele, não só na seleção nacional, mas todos os jogadores de equipas rivais. Era uma pessoa única. Ainda tinha muito para dar ao futebol português. Todos os portugueses devem estar orgulhosos do percurso dele, ganhou tudo o que havia para ganhar no clube e ganhou títulos na seleção nacional também», disse Pedro Pauleta, em declarações aos jornalistas presentes no Estádio do Dragão.

O rosto cabisbaixo é comum a todos. Completa o cenário de tristeza juntamente com o silêncio. Um silêncio ensurdecedor uma vez mais.

Diferentes gerações prestaram homenagem

A tarde passa a um ritmo lento. Os minutos são demorados, as horas intermináveis. André Villas-Boas permanece no mesmo sítio do primeiro até ao último minuto. Junto do caixão, junto das camisolas que Jorge Costa utilizou durante a sua carreira no FC Porto.

Milhares de pessoas passam pelo local escolhido para a homenagem. «Nunca existirá outro Jorge Costa no nosso clube», dizem atrás de nós, enquanto limpam as lágrimas do rosto.

Pouco tempo depois, um filho pergunta aos pais quem era o antigo defesa. Findada a sucinta explicação, demonstra surpresa e admiração por alguém que nunca viu jogar.

«Raça», «exemplo», «ser FC Porto», «companheirismo» e «mentalidade» são as expressões que mais ouvimos durante este dia de emoções fortes.

A última homenagem do universo azul e branco ao «Bicho», um dos atletas mais marcantes da história do clube.

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