Jogada10
·3. Februar 2025
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A política interna do Corinthians não vive seus melhores momentos e ganhou mais uma polêmica nos últimos dias. O ex-presidente Mário Gobbi Filho, que comandou o clube entre os anos de 2012 e 2015, atacou a atual gestão e fez críticas preconceituosas com relação aos associados que frequentam o Parque São Jorge.
No dia 13 de janeiro, Gobbi participou de uma reunião com membros do CORI, Conselho de Orientação. Em uma das falas divulgadas, o ex-presidente protestava contra as mensalidades do clube social, realizadas por Augusto Melo, e afirmava que o Corinthians vive uma ditadura.
“Vocês vão acordar ou não vão? Tem gente que tem dúvida em quem vai votar. Homem de m**, é homem de m**! Desculpem falar assim. Nós estamos vivendo uma ditadura! Cinquenta capangas aqui que não deixam a gente fazer nada. Você está em uma roda, tem um bobinho para dizer o que você vai fazer. O que você pensa que o Corinthians é? Nós vivíamos em paz aqui. Ele (Augusto Melo) pegou a mensalidade, jogou em uma merreca, está cheio de bandido frequentando o clube. Escuta aqui que estou falando: está cheio de bandido frequentando o clube. Presta atenção no que eu estou falando. Vem aqui de final de semana, é chinelo havaianas, um baixo nível. Se você fizer alguma coisa, eles te peitam”, afirmou.
As falas não aparecem nas atas do conselho. Entretanto, o ex-presidente reconhece suas declarações e alega que os seus adversários políticos tiraram elas de contexto.
“Reconheço que as palavras escolhidas por mim não foram adequadas, pois transmitem a ideia de que o problema estaria no fato de pessoas de baixa renda frequentarem o clube. A diversidade sempre será uma de nossas virtudes. A todo momento recebemos mensagens de sócios e conselheiros indignados com a degradação do ambiente de nosso clube. As principais reclamações são a retirada da obrigatoriedade de apresentação dos antecedentes criminais para entrada de novos sócios (qual o sentido dessa decisão?), aumento das ocorrências de furtos, brigas, depredação do patrimônio e acesso frequente de não-sócios autorizados pela diretoria a usarem todos os equipamentos do Parque São Jorge. Isso sem falar nas agressões sofridas por conselheiros nas últimas reuniões do Conselho Deliberativo”, declarou em sua defesa.