Fala Galo
·18. November 2024
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Foto: Frederico Teixeira / O Tempo Por: Thiago Florêncio
O torcedor do Flamengo, Richard Bastani, de 50 anos, se recupera em casa após ser agredido por torcedores do Atlético. O incidente ocorreu no dia 10 de novembro, justamente na data em que o clube carioca conquistou a Copa do Brasil.
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Em entrevista exclusiva ao O TEMPO Sports, Bastani compartilhou sua experiência traumática. Ele foi atacado por um grupo de atleticanos ao chegar em um bar para assistir à final. Três suspeitos do crime foram presos.
“O melhor sentimento foi quando cheguei aqui em casa e falei, ufa, passou”, contou o psicólogo e representante comercial. “Os traumas vêm e é preciso lidar com eles. Confesso que não estou dormindo bem, não estou emocionalmente bem, já procurei uma psicóloga e vamos trabalhar para que esses traumas sejam resolvidos ao longo do tempo. Tenho pouco sono, perturbação e pesadelo”, afirmou.
O torcedor sofreu múltiplas fraturas no braço e na face, além de sangramento craniano, o que o levou a ser internado no CTI. Agora, em recuperação, Richard reflete sobre o ocorrido e destaca que a violência que ele sofreu não é exclusiva do futebol, mas um reflexo de um problema maior na sociedade.
“O futebol não tem responsabilidade sobre o que aconteceu, nem o Clube Atlético Mineiro. A grande maioria da torcida do Atlético, menos ainda. Infelizmente, algumas pessoas querem descontar suas frustrações no outro. Temos que parar para pensar nisso. Lamento o que aconteceu comigo, o que aconteceu com o cruzeirense (morto pela Mancha Alviverde) e o fotógrafo (que teve pé fraturado)“, disse.
Ainda segundo Richard, as imagens do ataque continuam rondando sua mente, mas ele acredita que o tempo ajudará a superar. Quanto às prisões dos agressores e aos recursos jurídicos que tentam recorrer das penas, ele comenta com tranquilidade: “estão no direito deles”.
No entanto, deixa claro o seu recado de que não vai mais vestir a camisa do seu time do coração na rua, e ainda deixa um conselho.
“Estou me sentindo ‘roubado’ sobre o direito de andar com a camisa do Flamengo na rua. Confesso que não vou mais andar. Vai ser onde moro, na casa de parentes, mas, na rua, não vou mais. Temos que refletir porque não está legal a situação. Cuidado com o que vão fazer no estádio de futebol: lembrem que futebol é entretenimento. Temos que olhar para o outro e entender que a vida é muito mais que isso”, disse Bastani.
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