Esporte News Mundo
·3. Juli 2025
Fluminense e Al-Hilal apostam em variações táticas em duelo por vaga na semifinal

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·3. Juli 2025
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O confronto entre Fluminense e Al-Hilal, pelas quartas de final do Mundial de Clubes, vai além da disparidade financeira entre os clubes. Em campo, o duelo promete ser marcado por estratégias flexíveis e variações táticas que os dois times já apresentaram nas fases anteriores do torneio.
Na vitória sobre a Inter de Milão, o Fluminense surpreendeu ao adotar um esquema com três zagueiros pela primeira vez na temporada. Com um 3-5-2 bem executado, a equipe de Renato Gaúcho espelhou o sistema dos italianos e neutralizou as principais forças do rival. A decisão foi tomada com base em análises da comissão técnica, que identificou a necessidade de “levantar a altura” do time para enfrentar um adversário forte fisicamente e perigoso na bola aérea.
O plano funcionou. Mesmo com menos posse de bola e finalizações, o Tricolor foi sólido defensivamente e eficiente no ataque. Jhon Arias foi destaque nas transições rápidas, e o time ainda criou duas chances claras além dos dois gols marcados. Thiago Silva e Ignácio, escalados como parte do trio de zaga, foram incluídos na seleção da fase.
O Al-Hilal também usou o 3-5-2 na vitória contra o Manchester City, outro adversário considerado tecnicamente superior. O técnico Simone Inzaghi, que havia utilizado linha de quatro defensores durante toda a fase de grupos, mudou a estrutura para surpreender os ingleses. Com apenas Koulibaly como zagueiro de origem, ele posicionou o volante Rúben Neves como líbero e deslocou o lateral Renan Lodi para compor o trio defensivo. João Cancelo e Al-Harbi atuaram como alas, enquanto Marcos Leonardo foi o único centroavante, com Malcom e Nasser Al-Dawsari abrindo pelos lados.
Apesar do sucesso, o uso do 3-5-2 por ambos os lados parece ter sido uma resposta pontual a adversários específicos, e não uma mudança definitiva. Nas quatro partidas anteriores, tanto Fluminense quanto Al-Hilal haviam mantido formações mais tradicionais. A expectativa é de que cada equipe volte a ajustar seu modelo para este confronto, o que pode transformar o duelo em um verdadeiro jogo de xadrez tático.
Com um elenco mais físico e veloz, o Al-Hilal pode repetir a postura contra o City: jogar sem a bola e explorar os contra-ataques. Essa estratégia, se repetida, pode dificultar a vida do Fluminense caso a equipe precise se lançar ao ataque e ceda espaços atrás. Ainda assim, há também a possibilidade de o clube saudita tentar controlar a posse, algo mais compatível com seu padrão em partidas de menor risco.
Independentemente da abordagem escolhida, o que se espera é um confronto técnico, imprevisível e estratégico — com dois times dispostos a se adaptar para buscar a vaga na semifinal.