Heidenheim busca um 2025 diferente, em sua segunda temporada na Bundesliga | OneFootball

Por Guilherme Costa

2024 foi um ano histórico e agridoce para o Heidenheim. Se na primeira metade o pequeno e simpático time de Baden-Württemberg conseguiu concluir muito bem a estreia na elite alemã, com direito a vitória contra o gigante Bayern de Munique e uma classificação para a Conference League (a sua primeira competição internacional), na parte final do ano - início da atual temporada - o Heidenheim não conseguiu repetir o sucesso na Bundes, concluindo o ano na décima sexta posição, com 10 pontos (3 vitórias, 1 empate e 11 derrotas).

Um dos motivos para a queda significativa queda de rendimento é a saída de duas peças importantes (talvez as mais importantes, fora o seu técnico) da temporada passada: Jan-Niklas Beste e Tim Kleindienst. Para 24/25  Leo Scienza e Paul Wanner tiveram um começo promissor, porém o bom desempenho ficou no início da temporada; o companheiro do Kleindienst na temporada passada, Marvin Pieringer, mostrou que não pode ser o principal goleador da equipe (mesmo sendo o artilheiro, com 4 gols); Mikkel Kaufmann e Maximilian Breunig (este, apenas se destacou na estreia da Copa da Alemanha) são praticamente nulos. A solução para o quinto pior ataque da Bundesliga foi buscar o atacante Budu Zivzivadze, destaque da 2. Bundesliga atuando pelo Karlsruher, nesta janela de janeiro.

Outro motivo para o fraco desempenho na atual temporada da Bundesliga, até poderia ser direcionada para um calendário mais robusto (o sucesso e os seus efeitos colaterais) do Blau-Rot. Entretanto o técnico Frank Schmidt fez questão de negar que a Conference League fosse um problema, em entrevista à Sky Sports:

“Estávamos muito felizes na temporada passada. Todo mundo quer jogar internacionalmente. Agora não podemos dizer que preferimos jogar na Bundesliga. Temos que manter a cabeça erguida, então encontraremos uma saída”

E nesse deserto que está sendo a segunda temporada do Heidenheim na Bundesliga, a Conference League de certa forma é um oásis. Com 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, a equipe alemã não conseguiu a classificação direta para as oitavas de finais e enfrentará o Copenhagen nos playoffs; e isso não pode ser encarada de maneira pessimista - sobretudo para um estreante em competições internacionais.

A temporada 23/24 marcou o fim de dois comandos de longa data: Urs Fischer (Union Berlin) e Christian Streich (Freiburg). Há 18 anos à frente do Heidenheim, não será uma crise que afastará o longevo treinador do comando da equipe. Então, o que resta é trabalhar duro e "voltar a base": “Queremos voltar ao nosso DNA FCH. Isso tem a ver, por exemplo, com o comportamento de duelo e a vontade de ir ao máximo”, enfatizou.

No próximo sábado (11) o Heidenheim recebe o Union Berlin, que está com Steffen Baumgart em seu comando, na Voith Arena, buscando iniciar 2025 de uma forma diferente e seguir com o sonho da Bundesliga.