Zerozero
·12. Dezember 2025
<i>Segundas linhas</i> dão garantias: as soluções de Farioli para o meio-campo do FC Porto

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·12. Dezember 2025

O FC Porto recebeu e venceu, esta quinta-feira, o Malmo, em jogo a contar para a sexta jornada da Liga Europa. Além de Samu - que bisou no encontro -, Rodrigo Mora e Pablo Rosario foram dois dos elementos mais esclarecidos dos portistas no embate, rubricando exibições merecedores de destaque.
Ora, o camisola '13' rendeu Alan Varela na posição '6' - ou seja, como médio defensivo - e esteve bastante seguro. Não nos leve a mal, caro leitor: o argentino também tem brilhado e sido umas das principais referências dos dragões, mas a simplicidade e a tranquilidade conferida pelo soldado Rosario foram uma lufada de ar fresco.
O menino Rodrigo Mora, por sua vez, somou mais uma titularidade, face à ausência de Gabri Veiga, e protagonizou umas das atuações mais completas desta temporada. Astuto e bastante comprometido com o que o duelo foi pedindo, o '86' dos azuis e brancos teve espaço e tempo para atuar como quis.
Assim sendo, o zerozero propôs-se a ir mais longe. Analisando o duelo europeu, que garantias deram estas 'segundas linhas' do FC Porto?
Comecemos, então, por falar sobre Pablo Rosario. O ex-Nice pode ser considerado, por vezes, o patinho feio do conjunto portuense - aliás, foi bastante criticado no jogo frente ao Vitória SC, onde atuou enquanto central e protagonizou vários erros individuais.
Ainda assim, o soldado continuou a merecer a confiança de Farioli e demonstrou toda a sua qualidade frente ao Malmo, esta quinta-feira, com uma exibição soberba.
Detentor de um toque refinado, Rosario sabe temporizar como poucos no esquadrão azul e branco. Aliás, várias jogadas de construção lusa tiveram o '13' como ponto de referência e o médio nunca desiludiu.
Quer com passes curtos para fugir à pressão, quer com passes longos para virar o jogo, o médio defensivo é mais completo do que Alan Varela em certos aspetos e revela ser, partida após partida, uma alternativa de luxo para os dragões.
No final do encontro, Farioli teceu rasgados elogios ao 'joker' Rosario, destacando o seu compromisso com a equipa, bem como a sua qualidade quando atua enquanto um '6' puro.
Perdoe-nos por utilizar 'Rodrigo Mora' e 'segundas linhas' na mesma frase, caro leitor, mas a verdade é que o criativo da Invicta foi utilizado - mais no início da temporada - como uma arma secreta saída do banco, capaz de desestabilizar e resolver.
Mais recentemente, uma conjugação de fatores - tais como a lesão de Gabri Veiga e a necessidade de rodar para evitar fadiga desnecessária - colocaram Mora com um papel que o jovem sempre quis: o de titular.
Ao lado de Froholdt no miolo portista, o virtuoso '86' atua de forma distinta esta temporada. Este já não é o FC Porto de Anselmi, em que o jovem Mora conseguia - tinha de, refira-se - resolver, jogo após jogo, com rasgos de criatividade. Vivem-se outros tempos e respiram-se outros ares na cidade Invicta.
Este é um Rodrigo Mora mais maduro, comprometido com as tarefas e missões pretendidas por Francesco Farioli. Mora baixa, vem buscar aos centrais e ajuda frequentemente nas tarefas defensivas. É cada vez mais um médio vagabundo e a exibição desta noite assim o confirmou.
Isto porque o jovem luso estava, nas últimas partidas, um pouco preso, com dificuldades em soltar-se das amarras impostas por uma pressão alta e sufocante. Frente ao Malmo - e com bastante espaço para brilhar -, Rodrigo aproveitou cada pedaço de relva para deambular, espalhar magia, perfume e encantar os milhares de adeptos que se levantaram no momento da sua saída - tornou a abandonar o relvado antes da meia hora de jogo.
Certo é que o FC Porto está mais do que bem servido no meio-campo e esta competição aguerrida pelos três lugares vagos será uma (saudável) dor de cabeça para Farioli.
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