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·9. Oktober 2025
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Após um período afastado dos holofotes, o ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, se manifestou para esclarecer seu papel na assinatura do estatuto da Libra, tema que tem gerado intensa polêmica. Em entrevista ao "Globo", Landim defendeu sua decisão, tomada em setembro de 2024, e afirmou categoricamente que, naquele momento, não havia qualquer negociação de direitos de transmissão em andamento.
Segundo o ex-mandatário, a principal intenção era estabelecer as bases para uma futura liga unificada, que ainda contava com a expectativa de adesão dos clubes da LFU (Liga Forte União).
"Quando o estatuto foi assinado, não havia nenhuma negociação de direitos iniciada e ainda era esperada a possível transformação daquele grupo numa verdadeira liga, com a adesão de todos os demais clubes", explicou Landim.
Um dos pontos centrais da argumentação do ex-presidente é que o estatuto social não era o fórum para detalhar contratos comerciais. O intuito era garantir princípios fundamentais de proteção ao clube.
Ele destacou a inclusão do poder de veto do Flamengo como uma conquista estratégica, assegurando que nenhuma mudança futura pudesse ser implementada sem a concordância rubro-negra; para qualquer alteração no estatuto, é necessária a unanimidade dos membros.
"Não é em um estatuto que se esperava que fossem discutidos todos os detalhes de futuros contratos. Ali era importante constar princípios básicos, como, por exemplo, o direito de veto a futuras decisões que o Flamengo obteve. O resto viria depois", complementou.
A versão de Landim surge em um momento delicado. A Libra alega que tanto ele quanto o atual presidente, Luiz Eduardo Baptista (Bap), que ratificou o documento em fevereiro de 2025, aprovaram os critérios de divisão de receitas.
O Flamengo, por sua vez, nega veementemente, afirmando não existir nenhum documento assinado que valide essa aprovação, especialmente no que tange aos 30% da receita atrelada à audiência, ponto central da discórdia.
Nos bastidores políticos do clube, há um pacto de união. Fontes da Gávea, segundo o "Globo", indicam que, tanto a gestão atual quanto figuras da administração anterior, entendem que um confronto público com Bap neste momento poderia enfraquecer a posição do Flamengo na disputa judicial e institucional em curso.
Prova disso é a nota emitida pelos presidentes de poder do clube, que elogiaram a apresentação técnica feita no Conselho Deliberativo e reforçaram o consenso de que o Flamengo tem razão em seus questionamentos.