Coluna do Fla
·25. Dezember 2024
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Antes das eleições do Flamengo, gerou polêmica uma fala do então candidato de situação à presidência, Rodrigo Dunshee, sobre a venda de cadeiras cativas do estádio rubro-negro. O assunto voltou à tona nesta terça-feira (24), em carta publicada pelo atual mandatário Rodolfo Landim. O dirigente, que deixará a função no próximo dia 31, mostrou surpresa com a decisão do grupo de Luiz Eduardo Baptista, eleito em votação na Gávea, ao suspender ações sobre o assunto.
“Dando continuidade às providências para a implantação do projeto e cumprindo a promessa de não onerar as finanças do Clube com a construção do estádio, encaminhamos uma proposta ao Conselho de Administração dividindo o orçamento em duas partes, de forma que nenhum recurso da operação normal do Flamengo fosse destinado ao estádio. A ideia era tê-lo como um projeto totalmente autossustentável e independente”, iniciou Landim, em trecho do documento.
“E com base neste conceito, foi proposta a venda de mil cadeiras cativas, de forma antecipada e imediata, com desconto para sócios do clube que se interessassem, de forma a repor ao caixa do Flamengo todo o valor gasto até o momento. No entanto, fomos surpreendidos com a informação de que a referida proposta orçamentária, ao contrário do que determina o Estatuto do Flamengo, não será analisada pelo Conselho de Administração (CA)”, acrescentou o presidente. “E mais: ao cobrarmos a evolução das providências necessárias à realização da venda das cadeiras cativas à instituição encarregada de preparar todo o processo administrativo desta venda, recebemos a informação de que ela foi orientada, por integrantes do grupo que irá gerir o Flamengo a partir de 2025, a suspender toda e qualquer ação em relação ao projeto do estádio”, concluiu Landim.
No início de dezembro, às vésperas da eleição presidencial do Flamengo, Rodrigo Dunshee deu uma declaração que surpreendeu parte dos torcedores. O candidato apoiado por Rodolfo Landim disse que já possuía reservas para a venda de cadeiras cativas. No entanto, alguns rubro-negros se surpreenderam, pois não havia orientações de como dar entrada no processo de compra dos espaços.
— A gente já tem mais de 380 reservas de pessoas querendo comprar as cadeiras cativas. A gente só não vendeu ainda, porque existem candidatos que não querem o estádio. Sem estar eleito eu não tenho coragem de colocar as cadeiras à venda. Mas, assim que for, farei. São mil cadeiras, que serão vendidas facilmente — comentou Dunshee, em debate promovido pelo ‘O Globo’.
Além da carta desta terça-feira (24), o Rodolfo Landim já fez fortes acusações contra Luiz Eduardo Baptista sobre o estádio. Em entrevistas em podcasts, o atual presidente afirmou que “todo mundo sabe que o Bap trabalhou o tempo todo contra esse projeto”. Contudo, na própria campanha e após a vitória, Luiz Eduardo Baptista garantiu que a arena sairá do papel.