Los Angeles FC empata com o Flamengo, encerra participação no Mundial com 1 ponto e incertezas | OneFootball

O Los Angeles FC fechou sua participação no Grupo D da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 com um empate por 1 a 1 diante do CR Flamengo, na noite desta terça-feira (24), em Orlando. Foi um jogo disputado, com cinco bolas na trave no total e chances de ambos os lados, mas que selou uma campanha decepcionante para o time de Los Angeles: um ponto em três jogos e a lanterna do grupo.

Denis Bouanga chegou a abrir o placar aos 39 minutos do segundo tempo, em bela jogada iniciada por Tim Tillman. Numa cobrança de falta rápida desde o meio de campo, o meia encontrou Bouanga em profundidade; o atacante invadiu a área e finalizou com categoria por baixo do goleiro flamenguista. Era o que parecia ser a vitória de honra da equipe, após a derrota para o Espérance da Tunísia — jogo no qual o time da MLS era amplamente favorito.

A vitória do Los Angeles FC parecia certa, mas o Flamengo deu um jeito de mudar a história.

Dois minutos depois, o Flamengo respondeu com Wallace Yan, que aproveitou falha de marcação, entrou sozinho na área e finalizou no canto esquerdo de Lloris para igualar o placar — e, assim, encerrar a partida.

Velhos erros, velhos fantasmas

Mais uma vez, o Los Angeles FC teve a vitória nas mãos… e deixou escapar. O roteiro se repete: vantagem construída, empate ou derrota no fim. Foi assim contra o Inter Miami no início do ano, no jogo de volta da Concachampions, que resultou na eliminação precoce do time. Foi assim também na Leagues Cup de 2023, quando o Monterrey virou, apagando uma vantagem de dois gols em cerca de meia hora de futebol. E foi assim agora, no jogo de despedida do Mundial de Clubes da FIFA.

Bouanga durante a derrota do LAFC para o Monterrey na Leagues Cup / Celso Oliveira

O lance do gol de empate escancarou uma fragilidade recorrente: a inconsistência no meio-campo. Mark Delgado, ex-Galaxy, caiu após dividida e não se levantou, deixando o corredor livre para o ataque flamenguista — um símbolo da falta de profundidade no elenco e da dificuldade de manter intensidade nos minutos finais. A inconsistência do Los Angeles FC é algo que desperta preocupação entre os devotos torcedores, alguns que saíram de Los Angeles para assistir à partida.

Fim de ciclo?

O técnico Steve Cherundolo, que já anunciou planos de deixar o clube no fim da temporada para retornar à Alemanha com a família, vê sua permanência até o final do ano agora sob dúvida. Internamente, já se comenta que o jogo contra o Flamengo pode ter sido seu último à frente do Black & Gold. Ainda assim, o time tem compromisso pela liga já neste fim de semana, em casa.

Steve Cherundolo fala com a mídia durante jogo do LAFC contra o Club América (Celso Oliveira / Territorio MLS)

O gerente geral John Thorrington também enfrenta questionamentos. Assim como no fim da era Bob Bradley, tudo aponta para um “acordo mútuo” em caso de saída precoce do treinador. Mas a sensação de estagnação é clara — e seu eventual substituto mudaria dificilmente a plataforma de jogo, apenas daria continuidade ao trabalho feito até aqui.

Com diversos jogadores em fim de contrato em 2025 e decisões estruturais pela frente, o Los Angeles FC entra em um limbo: precisa urgentemente repensar seu modelo de jogo, reforçar o setor de criação e definir seu futuro técnico.

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Há ainda o fator das vagas para Jogadores Designados, ocupadas atualmente por Olivier Giroud, o gabonês e artilheiro da equipe Denis Bouanga, e o recém-adquirido Javairô Dilrosun, surinamês vindo do Club América (com contrato apenas até o fim de julho de 2025). Com Giroud provavelmente de saída, diante de sua passagem discreta até agora pela MLS, e o forte interesse da Liga MX por Bouanga, o elenco Black & Gold pode se transformar para a segunda metade da temporada — que nos Estados Unidos segue o calendário do Hemisfério Sul, com os playoffs sendo disputados em novembro.

Resta saber como a equipe terminará 2025. Ainda há dois torneios pela frente para o Los Angeles FC tentar salvar um ano que começou com expectativas globais e vai se encerrando sob o peso da reconstrução — e de muitas perguntas.