Oscar pode perder toda a primeira fase da Libertadores: meia aceitou risco de jogar no 'sacrifício' contra o Talleres | OneFootball

Oscar é atendido pelo médico tricolor na Argentina (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

A sexta-feira (4) foi de reuniões e avaliações no São Paulo após a confirmação do departamento médico de que o meia-atacante Oscar voltou a ser desfalque por ter uma lesão detectada na coxa esquerda.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, comissão técnica e diretoria estavam interessados em duas informações primordiais: qual a gravidade da contusão e qual será o tempo total de recuperação de Oscar.

Duas projeções foram feitas. Na mais otimista, Oscar ficaria cerca de dez dias apenas ausente se tratando, para aí sim, iniciar a transição. Entretanto, existe a possibilidade do meia-atacante ficar de molho por até um mês.

Ou seja, caso a progressão da recuperação de Oscar aponte para o lado mais pessimista, existe uma chance do camisa 8 desfalcar o São Paulo por toda a fase de grupos da Copa Libertadores, contando o tempo de transição ao gramado e readequação física.

Certamente um preço caro a se pagar pela ousadia de escalar Oscar na vitória sobre o Talleres, quarta-feira passada (2), na Argentina, na estreia tricolor na Copa Libertadores. Mas que, justiça seja feita, não tem culpa ou responsabilidade de ninguém em específico.

O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que Oscar, comissão técnica e médicos decidiram em conjunto pela sua participação no duelo em Córdoba, onde saiu contundido no decorrer do segundo tempo.

Poucos dias depois de sofrer uma pequena lesão muscular na coxa esquerda e desfalcar o time no empate sem gols contra o Sport, sábado passado (29), na estreia no Campeonato Brasileiro, Oscar foi a campo no CT da Barra Funda, apresentou uma melhora clínica e não teve mais a lesão diagnosticada em exames.

O técnico Luis Zubeldía, com a autorização dos médicos e conveniência do jogador, decidiu então traçar um plano de jogo onde Oscar ficaria pouco mais de 70 minutos em campo. Seria o suficiente. Explica também a decisão de escalá-lo mais recuado que o habitual, como um segundo volante mesmo, evitando o desgaste que a atuação mais avançado, aberto pelo lado, poderia ocasionar.

O problema é que mesmo com esses cuidados, Oscar não aguentou: foi substituído aos 20 do segundo tempo, dando lugar a Luciano, totalizando 65 minutos.

"Eu senti um pouquinho ali. Acho que é normal. Eu não estava 100% recuperado, mas vim aqui para ajudar a equipe, porque sabia que o jogo era muito importante. Agora, vamos ver como eu vou estar nesta semana", disse o meia-atacante, nos vestiários na Argentina.

"Tive pouco tempo de recuperação da minha lesão. Lógico que eu estava treinando e dei o meu melhor. Nós já tínhamos programado os minutos de jogo. Está tudo certo. Consegui jogar, jogar bem e ajudar com a vitória", completou.

Sem Oscar, problemas para Zubeldía. Como substitutos imediatos para sua posição, Zubeldía conta com as revelações da base Rodriguinho e Matheus Alves. Entretanto, como já é conhecida a falta de aptidão do treinador para escalar jovens, pode ser caminho aberto para improvisações, como o uso maior de volantes para compor o setor.