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·17. November 2025

Palmeiras promove palestra sobre combate à violência contra mulher para jogadores da base

Artikelbild:Palmeiras promove palestra sobre combate à violência contra mulher para jogadores da base

O Núcleo Psicossocial da base do Palmeiras promoveu, nesta semana, uma palestra sobre combate à violência contra a mulher e cultura do estupro, direcionada a jogadores da base. Participaram do evento que acontece na sede social do clube, atletas e membros da comissão técnica das equipes sub-15, sub-16 e sub-17.

A ação faz parte do compromisso do Verdão com o Pacto Ninguém se Cala, projeto do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), do qual o clube é signatário desde novembro de 2024. Por conta disso, o clube se compromete a realizar iniciativas para o enfrentamento da cultura do estupro, da violência e do assédio.


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Como foi a palestra?

As palestrantes mostraram aos atletas e membros da comissão um “panorama completo dos casos de violência contra mulheres no país, destacando elementos que culminam no silenciamento e culpabilização das vítimas”. Outra questão debatida foi a importância do consentimento, com o intuito de reforçar a obrigatoriedade de acordos entre as partes envolvidas para uma relação respeitosa e saudável.

Também foram mostrados aos jogadores dados que indicam um sensível aumento dos episódios de agressões durante a realização de partidas de futebol, despertando uma reflexão acerca de gatilhos nocivos presentes no universo do esporte.

“Conversar com jovens é muito relevante, em especial para que internalizem a ideia de enfrentamento, entendam como funciona a cultura do estupro e reconheçam traços abusivos em seus relacionamentos e nas ações de amigos e familiares. É importante que saibam como oferecer a mão para as vítimas, conversar com elas, porque a gente sabe que a maioria não procura a polícia ou o Ministério Público, e sim conhecidos em seu círculo social. Todos têm potencial muito grande de serem agentes de transformação para toda a sociedade”, disse Vanessa Therezinha, coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

“Quero parabenizar o Palmeiras por essa iniciativa, pela oportunidade que tivemos de conversar com esses meninos, que estão começando a ter relacionamentos afetivos e amorosos, sobre esse tema tão importante que é o consentimento. É uma ferramenta fundamental para entender a diferença entre interações sexuais e eróticas saudáveis daquelas que não são. Pudemos abordar os requisitos para que esse consentimento seja considerado válido, a expressão de manifestações claras para que isso aconteça, além de definir a partir de que idade que esse jovem pode se engajar nessas relações”, ressaltou Silvia Chakian, diretora de Mulheres da Associação Paulista do Ministério Público (APMP)

“Foi uma oportunidade de falar sobre a falta de consentimento quando há manipulação, coação psicológica e impossibilidade de resistência, temas fundamentais para que possamos trabalhar a mudança de cultura e prevenção da violência contra a mulher”, finalizou a diretora.

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