
Central do Timão
·21. Mai 2025
Presidente do CORI justifica análise do contrato entre Corinthians e Adidas apenas após impeachment

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·21. Mai 2025
Nos últimos dias, a diretoria do Corinthians intensificou as negociações para a troca de fornecedor de material esportivo. Conforme noticiado pela Central do Timão na última segunda-feira, 19, o clube avançou nas conversas com a Adidas para que a empresa alemã substitua a Nike a partir de 2026, em um contrato de dez anos cujo valor total, incluindo bônus e gatilhos, pode chegar à casa de R$ 1 bilhão.
No entanto, o acordo ainda precisa ser submetido à aprovação do Conselho de Orientação (CORI), conforme determina o estatuto do Corinthians, devido ao seu alto valor. Embora a atual gestão tenha pressa em fechar o contrato, a reunião do CORI para analisar a documentação e emitir seu parecer deverá ocorrer apenas após o dia 26, quando o Conselho Deliberativo (CD) votará o mérito do processo de impeachment contra o presidente Augusto Melo.
Foto: Divulgação/Corinthians
Oficialmente, a gestão não confirma que o contrato em questão foi negociado com a Adidas, ou mesmo que se trata de um acordo envolvendo fornecimento de material esportivo. Em suas declarações públicas, o presidente Augusto Melo tem se referido ao acordo como “contrato de R$ 1 bilhão”. No entanto, a gigante alemã foi citada em apurações diversas sobre o tema, não apenas na Central do Timão como em inúmeros outros veículos da imprensa.
Em conversa com a Central do Timão, o presidente do CORI Miguel Marques e Silva afirmou ter conversado com Augusto Melo para esclarecer a situação. O conselheiro, que também não confirmou o nome da Adidas, sustentou que se trata de uma análise complexa, pois envolve não apenas o contrato com a nova fornecedora, mas também a rescisão com a Nike, cujos custos e riscos precisam ser cuidadosamente mensurados.
“Talvez dia 2 de junho, (o dia que) sugerimos. Para analisarmos eventual proposta da Adidas, necessitamos ver os documentos relativos ao contrato com a Nike, eventual multa em face de rescisão, etc. Temos que ter tempo razoável para analisarmos os documentos e as questões.”
Ainda segundo o presidente do CORI, a reunião não pôde ocorrer nesta última segunda-feira pois, por norma, as reuniões do órgão precisam ser marcadas e publicadas com pelo menos três dias de antecedência. A ideia de ouvir a gestão e analisar o contrato após a votação do impeachment, segundo apurado pela Central do Timão, é apoiada pela maioria dos membros do colegiado, com a data citada anteriormente (2 de junho) não sendo definitiva, mas apenas uma sugestão.
Vale lembrar que o CORI é um órgão de fiscalização do Corinthians, cujo escopo de trabalho inclui analisar as ações da diretoria, incluindo orçamentos e balancetes da gestão, além de autorizar a assinatura de contratos e apurar responsabilidades por irregularidades cometidas. Ele é composto por dez membros vitalícios e dez membros trienais eleitos, dos quais nove foram indicados pela atual gestão.
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