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·16. Oktober 2025
Presidente do Grêmio ataca Flamengo e faz acusações sobre liminar

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Presidente do Grêmio, Alberto Guerra resolveu se manifestar após declarações de Luiz Eduardo Baptista, mandatário do Flamengo, e atacou o clube devido ao imbróglio com a Libra. Incomodado pelo dirigente ter acusado o bloco de ser "verde", em alusão à influência do Palmeiras, o gaúcho acusou o Mais Querido de tentar "asfixiar" outras equipes.
Essa asfixia seria por conta da liminar concedida pela Justiça após pedido do Flamengo, bloqueando os R$ 77 milhões que seriam pagos pela Globo à Libra — incluindo o próprio Rubro-Negro. E o motivo é simples: não houve um acordo unânime sobre como esse dinheiro, referente aos 30% de audiência no contrato de TV, seria distribuído.
A narrativa da Libra, porém, é outra. O bloco afirma que Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, aceitou o acordo — mas não mostrou até agora um documento assinado pelo clube com essas informações. Mesmo assim, o presidente do Grêmio acusou o Rubro-Negro de tentar asfixiar outros clubes e o chamou de "egoísta".
"Acho que sim [é egoísta]. Para alguns clubes, a receita do Brasileirão representa 50% da receita anual. No caso do Grêmio, chega perto dos 30%. Para alguns clubes, é asfixia. Temos clubes menores que dependem muito dessa receita. Então, por isso também, que essa é uma medida, sim, egoísta", acusou Alberto Guerra ao "UOL".
Em outro momento, Alberto Guerra acusou Bap de tentar mandar um recado político dentro do Flamengo. Afinal, já que costumava criticar o negócio feito por Landim, o atual presidente precisaria manter o discurso e combater as decisões da antiga gestão.
"Mas eu também acho que ele [Bap] está dando uma resposta para seus eleitores, porque durante toda a campanha ele disse que era um contrato mal negociado. Talvez esteja dando uma satisfação para o seu eleitorado. Mas, para isso, [está] fazendo com o dinheiro de todos nós, né? Estamos pagando essa conta também", disse.
Uma questão importante sobre o assunto, mas que pouco é citada, diz respeito a outros aspectos da liga. Afinal de contas, o discurso fica sempre concentrado na distribuição do dinheiro de TV, já que todos — e não apenas o Flamengo — estão pensando no próprio futuro. Mas há outros tópicos importantes a serem abordados.
Por exemplo, para a criação de uma liga, é necessário acertar temas como gramado, arbitragem, calendário, fair play financeiro e tantos outros temas que permeiam uma temporada de futebol. Ao falar sobre o tema, porém, o presidente do Grêmio saiu pela tangente e novamente deu a entender que a discussão atual é mais importante. E ainda jogou a responsabilidade no colo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
"Com a liga formada, podemos discutir todas essas questões. Hoje, o campeonato ainda é organizado pela CBF. Está aqui quem tem mais falado sobre arbitragem, infelizmente. Questões de gramado também, paralelamente se discute bastante, fair play está sendo debatido também, mas dentro da CBF. O que a gente quer é discutir isso no âmbito da liga. O primeiro passo é a criação da liga dos 40 clubes, ou que seja de 39, 38 clubes. Mas, enquanto a liga não sai, a gente tem que discutir isso na organizadora do campeonato", completou o presidente do Grêmio.
Enquanto segue no imbróglio com a Libra, o Flamengo tem confronto direto marcado contra o Palmeiras, neste domingo (19), pela 29ª rodada do Brasileirão. O Rubro-Negro é o segundo colocado na tabela de classificação, com 58 pontos, enquanto o time paulista lidera, com 61. A bola rola a partir de 16h (horário de Brasília).