Coluna do Fla
·19. März 2025
Presidente do Peñarol critica tratamento a torcedores estrangeiros no Brasil e pede ação da Conmebol

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·19. März 2025
O presidente do Peñarol, Ignacio Ruglio, criticou a maneira como torcedores estrangeiros são recebidos no Brasil durante competições organizadas pela Conmebol. Em entrevista ao programa ‘Minuto 1’, o dirigente uruguaio afirmou que os clubes do Paraguai, Uruguai e Argentina pretendem se unir para cobrar da entidade ‘melhores condições de segurança’ em partidas contra equipes brasileiras.
— O que acontece é que eles (os brasileiros) te matam, fazem o que querem com você, liberam áreas para você, e aí acontece isso, fazem um gesto e já é um drama. Enfim, um mínimo gesto, que não deveria ser feito, mas um pequeno gesto feito no Brasil vira um drama. Mas eles liberam áreas para você, te espancam, te deixam preso por quatro meses, as pessoas são detidas lá e nada acontece —, declarou Ruglio.
O mandatário do Peñarol afirmou que clubes estrangeiros enfrentam dificuldades ao atuar no Brasil e defendeu a aplicação de medidas mais rigorosas para garantir a segurança das delegações visitantes. Sendo assim, o presidente também minimizou casos de racismo, classificando-os como exageradamente problematizados.
— E depois, se um torcedor está lá e faz um gesto racial, o que é errado, é um drama total. Então, eles podem fazer qualquer coisa com você no Brasil, é uma zona liberada. Enfim, em algum momento vamos começar a reclamar em massa na Conmebol—, acrescentou o presidente do Peñarol.
Deste modo, Em meio a esse debate, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, apoiou o discurso do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, sobre racismo no futebol. Durante entrevista ao SporTV, o mandatário rubro-negro considerou o pronunciamento como “adequado” e “ponderado”.
— Achei o discurso adequado e ponderado. É sempre importante lembrar que, em que pese o racismo ser algo odioso e que no Brasil é crime, nos outros 10 países da Conmebol não é. No entanto, eu entendo o desafio da Conmebol de lidar com 10 governos que não têm a visão que o brasileiro teve. Ele colocou muito bem que é um aspecto cultural. Para nós no Brasil é crime e para eles não —, afirmou Bap.