Portal dos Dragões
·12. September 2025
“Quando se soube que o FC Porto queria William Gomes por tantos milhões…”

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Seis meses após a sua transferência do São Paulo – por cerca de nove milhões de euros por 80% dos direitos económicos – William Gomes começa finalmente a afirmar-se no plantel principal do FC Porto.
Com apenas 19 anos, o avançado iniciou a época no papel de suplente, mas aproveitou a lesão do compatriota Pepê para provar o seu valor: marcou dois golos em dois encontros, contribuiu para a goleada frente ao Casa Pia (4-0) e foi decisivo na vitória sobre o Sporting (1-2).
Em declarações à edição desta sexta-feira do jornal O Jogo, Luis Zubeldía – que orientou William no emblema tricolor – recordou que, quando “estava a entrar e já falavam imenso dele, pela sua velocidade e personalidade para encarar disputas individuais, mas o que era mais destacado era o seu vínculo com o golo”.
“Penso que é um jogador que tem potencial alto com ele e que, pouco a pouco, vai aumentando cada vez mais essa agressividade ofensiva. Mas aquilo que o define será sempre essa capacidade goleadora, que pode vir de um remate ao ângulo ou através de ações individuais, com centros para golo”, afirmou Zubeldía.
“É muito difícil controlar o mercado, é algo que controlam os clubes. No meio está o jogador e, quando se começa a falar de uma possível venda, é muito complicado gerir o atleta, porque ele não entende que possa existir a possibilidade de ser suplente”, prosseguiu, referindo-se ao processo de saída, em janeiro de 2025.
“Quando se soube que o FC Porto o queria contratar por tantos milhões, imagina como seria deixá-lo no banco. Aí, surgem questões de como responderia a sua cabeça, a sua família e os próprios adeptos. Sei que ele sai a querer mais minutos, mas também sei que ele iria ter cada vez mais…”, acrescentou.
“Sabia que esses seis meses seriam muito duros”
Na mesma entrevista, o treinador argentino recordou a jovem promessa como alguém que “perguntava muito como devia pressionar e como devia posicionar-se com a bola em determinado lugar no relvado, e apontou como “maior virtude” o facto de ter “a visão da baliza entre os olhos”.
Para concluir, Zubeldía explicou as dificuldades de afirmação na segunda metade da época anterior, sob o comando de Martín Anselmi: “Sabia que esses seis meses seriam muito duros para ele, por vários motivos. O treinador também era novo e teria a tentação de procurar jogadores com maior experiência. Depois, o William não é muito expressivo e, se não o acompanhares no dia a dia, pode cair mentalmente. O que acontece a todos os que querem jogar e estão fora do seu país”.
“Por fim, havia que ter em conta a adaptação, conhecer a posição onde seria colocado por Anselmi, para ver que desdobramentos teria de fazer, o que podia gerar, a velocidade da própria Liga, a sua colisão com os rivais. Havia todo um contexto por assimilar de um momento para o outro. Não tinha qualquer possibilidade de encontrar o verdadeiro nível, que encontrou esta temporada, com [Francesco] Farioli”, completou.
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