Renato Paiva ataca John Textor: «É um <i>showman</i>» | OneFootball

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·9. November 2025

Renato Paiva ataca John Textor: «É um <i>showman</i>»

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Renato Paiva não esquece a passagem pelo Botafogo. Em entrevista à RMC Sport, o treinador abordou a relação conturbada com John Textor, acionista maioritário do clube brasileiro.

«Durante quatro meses, conversei com esse senhor no dia da minha entrevista para assinar o contrato, quando jogámos o primeiro jogo contra o Palmeiras no campeonato. Ligou-me antes do jogo. Depois, encontramo-nos no Mundial de Clubes em Seattle. Depois, no dia do jogo contra o PSG e no dia do jogo contra o Palmeiras. Conversei com esse senhor cinco vezes. Toda a comunicação, todas as mensagens sobre como jogar, como escolher a equipa, colocar fulano nessa posição ou sicrano naquela posição ou sobre o meu sistema tático, tudo isso foi através de mensagens dos meus dirigentes», começou por declarar.


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«Era uma relação fria com John Textor. Para mim, é muito estranho que um dono do clube fale com o seu treinador apenas cinco vezes em quatro meses. Mas é assim que as coisas são e era assim que era meu relacionamento com ele. Fui despedido porque não estava a fazer certas coisas que ele queria que eu fizesse. Ele é o dono, tudo bem, mas contratou um treinador com as suas próprias ideias. Tem o direito de fazer o que fez, mas não da maneira que fez. Tenho as minhas ideias. Se tiver de morrer, morrerei com as minhas ideias. O que é diferente de não ouvir. Eu ouvia os meus dirigentes. Mas não ia fazer coisas malucas», afirmou o técnico português.

O treinador de 55 anos não poupou nas críticas ao dirigente americano, apesar de considerar que esteve teve algum mérito nas conquistas do Botafogo.

«Para mim, é um showman. Claro que tem os seus méritos, ganhou um campeonato brasileiro e a Libertadores. Mas, na minha opinião, essas conquistas não estão relacionadas com a compreensão do futebol, mas sim com a escolha das pessoas. As pessoas dizem que ele não ouve muito os outros e eu sou o exemplo perfeito disso. Ele não sabe ouvir. Isso é um problema. Mas, obviamente, ele tem muita influência no Brasil e no Rio de Janeiro, graças ao que trouxe para o clube, algo que o Botafogo não via há muito tempo: títulos importantes», considerou.

«Faz coisas como aparecer em público a usar um chapéu de cowboy, a provocar as pessoas, a dizer antes do Mundial de Clubes que íamos jogar contra o PSG e que era uma equipa pequena. Quando fui entrevistado após a vitória contra o PSG, veio na minha direção e beijou-me. Poderia tê-lo feito no balneário. Estava a fazer um show. Pôde beijar-me ao vivo e, sete dias depois, demitir-me. Isso diz mais sobre ele do que sobre o meu trabalho», concluiu.

Atualmente, Renato Paiva está sem clube, depois de ter deixado o comando técnico do Fortaleza no passado mês de setembro.

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