
Calciopédia
·15 April 2025
32ª rodada: após ajustes, a Juve passou a depender só de si para ir à Champions League

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·15 April 2025
Já na sua reta final, a Serie A reservou quase que exclusivamente o óbvio nos resultados da 32ª rodada nas e disputas correntes. Duas equipes, porém, terminaram o fim de semana como grandes vitoriosas: Juventus e Atalanta, que ganharam terreno na briga por vagas nas Champions League.
Parte disso se deve ao resultado do Derby della Capitale, entre Lazio e Roma. As duas equipes, próximas na tabela e com produção parelha em campo, não chegaram a um resultado além do empate, apesar do jogo extremamente aberto, digno da grandeza do confronto. Bom para a Juventus, que deixou o fantasma do primeiro turno para trás e, apesar do susto no fim, assegurou os três pontos que a recolocaram no G4 e permitiram que, a partir de agora, dependa só de si para se classificar à Champions League. Afinal, o Bologna perdeu para a Atalanta, que finalmente reencontrou o caminho das vitórias – uma trajetória simples quando se tem a melhor versão de Retegui.
A briga na liderança não teve alterações, já que Inter e Napoli colocaram em campo tudo aquilo que as faz brigar até o fim pelo scudetto — Cagliari e Empoli foram as vítimas, respectivamente. Quem também venceu bem foi o Milan, indicando uma sobrevida para Sérgio Conceição, ainda que seu time se veja bastante encrencado na corrida por uma vaga europeia. Apesar disso, o técnico português viu Rafael Leão, seu compatriota, voltar ao protagonismo e liderar os rossoneri.
Na briga lá embaixo, o Venezia conquistou três pontos importantíssimos contra o Monza, enquanto Verona e Genoa ficaram no empate sem gols — a essa altura, um bom resultado para ambos os times. Quem também se deu bem foi o Como, que praticamente se garantiu na Serie A da próxima temporada ao vencer o Torino.
Ainda isolada na liderança, mas sentindo o incômodo reflexo do segundo colocado, está a Inter, com 71 pontos, seguida pelo Napoli (68). Na sequência vem a Atalanta, com 61. A Juventus retorna e fecha o G4, com 59. Logo depois, com dois pontinhos a menos, vem o Bologna, seguido por Lazio (56) e Roma (54). Mais atrás estão a Fiorentina, com 53, e o Milan, com 51.
Na zona de rebaixamento, o Venezia respirou e está a apenas dois pontos do Lecce (26), primeiro time fora do Z3. Já o Empoli segue ameaçado, e o Monza, lanterna da competição, estacionou nos 15 e está virtualmente rebaixado. Confira tudo isso no resumo da rodada.
Gols e assistências: Koopmeiners (Vlahovic) e Yildiz (Vlahovic); Baschirotto (Helgason) Tops: Vlahovic e Yildiz (Juventus) Flops: Pierotti e Rebic (Lecce)
A Juventus venceu o Lecce por 2 a 1 e voltou de vez para o G4 da Serie A, retomando o fôlego numa temporada de altos e baixos. A equipe de Igor Tudor abriu o placar logo aos 3 minutos, com Koopmeiners, após bela jogada de Vlahovic, e ampliou aos 34 com um golaço de Yildiz, que finalizou com classe, depois de uma troca de passes envolvendo Thuram e, novamente, o camisa 9. Com mais posse e organização, a Juve parecia ter a partida sob controle até os instantes finais.
Apesar da desvantagem, o Lecce não se entregou. Krstovic assustou ainda no primeiro tempo, com arremate na trave e finalização forte defendida por Di Gregorio. No segundo, mesmo com o domínio juventino, os visitantes seguiram buscando o gol, apostando em mudanças ofensivas e nas bolas paradas. A Juve, por sua vez, administrava bem a vantagem, mostrando uma tranquilidade incomum em relação aos jogos anteriores.
Foi só aos 87 minutos que o fantasma de rodadas passadas voltou a rondar Turim. Helgason cobrou falta na área, Baschirotto cabeceou e descontou com precisão. A lembrança do empate no jogo do primeiro turno, com gol de Rebic nos acréscimos, tornou a assombrar a torcida bianconera por alguns minutos. Mas dessa vez, com mais sangue frio, a equipe segurou o resultado até o apito final.
A vitória, apesar do susto, foi importante para firmar a Juventus na briga pela Champions League e aumentar a confiança num momento decisivo da temporada. Com boas atuações de Vlahovic – que deu duas assistências –, de Koopmeiners e de Yildiz, o time de Tudor dá sinais de evolução e volta a mirar o alto da tabela. O Lecce, por outro lado, segue flertando com a zona de rebaixamento, dois pontos acima do perigo.
Gols e assistências: Arnautovic (Carlos Augusto), Lautaro (Arnautovic) e Bisseck (Dimarco); Piccoli (Augello) Tops: Arnautovic e De Vrij (Inter) Flops: Palomino e Mina (Cagliari)
Com autoridade, a Inter deu mais um passo rumo ao scudetto ao vencer o Cagliari por 3 a 1 no San Siro, num domingo de festa para os nerazzurri. Arnautovic, Lautaro e Bisseck marcaram os gols da vitória que mantiveram a equipe de Simone Inzaghi com vantagem sobre o Napoli. O susto veio logo no início da segunda etapa, com o tento de Piccoli que reacendeu velhos fantasmas, mas desta vez não houve colapso: a Beneamata respondeu com firmeza e garantiu os três pontos.
Vestindo um uniforme especial inspirado no lendário piloto de motociclismo Valentino Rossi, fervoroso torcedor nerazzurro, a equipe de Milão acelerou como o ídolo das pistas. O primeiro tempo foi um monólogo. Aos 13 minutos, Arnautovic abriu o placar, aproveitando assistência de peito de Carlos Augusto. Pouco depois, foi o próprio austríaco quem, com um passe de pura genialidade, deixou Lautaro na cara do gol para ampliar com um toque sutil. Antes do intervalo, o argentino ainda teve outra chance clara, mas parou em Caprile. O domínio era total.
Na volta do intervalo, porém, o roteiro ganhou alguma tensão. O Cagliari surpreendeu aos 48 minutos: cruzamento preciso de Augello e cabeçada firme de Piccoli, que aproveitou a liberdade entre Dimarco e Carlos Augusto. O San Siro ficou em silêncio por um instante, lembrando dos sustos recentes contra Parma e Udinese. Desta vez, entretanto, a Inter não perdeu o rumo. Após grande defesa de Caprile em chute de Dimarco, veio a redenção de Bisseck. O zagueiro, que tem falhado em momentos cruciais da temporada, subiu mais que Mina e testou firme para fazer o terceiro da Inter, dissipando de vez o nervosismo.
O Cagliari ainda tentou reagir e teve nova chance com Piccoli, mas De Vrij salvou em cima da linha. A reta final do jogo foi de administração para os donos da casa, que já pensam no duelo decisivo contra o Bayern de Munique, pelas quartas da Liga dos Campeões. A Inter não apenas venceu – venceu com maturidade. E mostra, a cada rodada, que está mais próxima do título.
Arnautovic passou um bom tempo sumido, mas vem sendo importante para a Inter em 2025 e repetiu a dose contra o Cagliari (Getty)
Gols e assistências: McTominay (Lukaku), Lukaku (Olivera) e McTominay (Lukaku) Tops: Lukaku e McTominay (Napoli) Flops: Goglichidze e Viti (Empoli)
O Napoli venceu o Empoli com autoridade e mostrou que ainda está vivo na briga pelo scudetto. Em uma atuação dominante de McTominay e Lukaku, o time de Antonio Conte voltou a convencer e manteve em três pontos a desvantagem em relação à líder Inter. O escocês marcou dois gols – um em cada tempo – e ainda acertou a trave, enquanto o belga brilhou com um tento e duas assistências, colocando fim à sua recente seca ofensiva e chegando a um “duplo-duplo” na temporada.
Apesar de um início equilibrado, com boas chances do Empoli, como a cabeçada de Fazzini e uma linda defesa de Meret em voleio de Esposito, o Napoli foi letal quando teve espaço. Aos 18, Lukaku arrancou em contra-ataque e serviu McTominay, que bateu firme por baixo de Vásquez para abrir o placar. Três minutos depois, Politano quase ampliou, obrigando o arqueiro a rebater um chute de fora da área. O Empoli até tentou reagir, mas sofreu com os desfalques e com a intensidade napolitana.
Na volta do intervalo, o Napoli matou o jogo em cinco minutos. Aos 51, Lukaku finalizou com categoria após jogada bem trabalhada pela direita, e chegou a seu 12º gol na Serie A. Pouco depois, o camisa 90 retribuiu e cruzou na medida para McTominay subir mais que a defesa e marcar o terceiro – foi a 10ª assistência do belga. A partir daí, ainda que tenha acertado a trave com o artilheiro da noite, o time de Conte apenas controlou o ritmo e administrou o resultado, sob os aplausos dos mais de 50 mil torcedores que cantavam em uníssono a crença no título. Sem Di Lorenzo, Anguissa e Buongiorno, o Napoli superou também os próprios fantasmas recentes – e com um maestro escocês em atuação inspirada, reacendeu de vez a chama do sonho.
Gols e assistências: Retegui (Bellanova) e Pasalic (Retegui) Tops: Retegui e Pasalic (Atalanta) Flops: Beukema e Lucumí (Bologna)
A Atalanta voltou a sorrir no Campeonato Italiano – e com razão. Depois de três derrotas seguidas, a equipe de Gian Piero Gasperini reencontrou seu jogo e venceu o Bologna por 2 a 0, retomando o terceiro lugar na tabela e, o mais importante, a confiança. Com apoio maciço da torcida em sua casa, a Dea venceu a primeira no Gewiss Stadium em 2025 e resolveu a partida em pouco mais de 20 minutos: primeiro com Retegui, aproveitando cruzamento rasteiro de Bellanova, depois com Pasalic, que só empurrou para a rede após jogada de pura insistência e talento do camisa 32. No banco, até Rafael Toloi e Kossounou reapareceram, sinal de que a fase ruim começa a ficar para trás.
O Bologna demorou a reagir, mas tentou. Vincenzo Italiano mexeu no time logo no intervalo, apostando em Domínguez e Cambiaghi para mudar o panorama. E por alguns minutos, parecia que os visitantes iam encostar. O argentino parou em Carnesecchi duas vezes, Miranda arriscou com perigo, e Casale até teve chance em bola viva dentro da área. Mas nada que passasse pela muralha da Atalanta.
Aos poucos, o ritmo caiu, o jogo esfriou e a Dea apenas controlou. Gasperini ainda precisou intervir pessoalmente para evitar a troca errada de Zappacosta – cena que lembrou o erro contra a Lazio, quando Lookman foi sacado, e não Éderson – e rodou o elenco com Cuadrado, Maldini e Brescianini. Do outro lado, o Bologna se desfez em lesões e cansaço, sem força para buscar algo mais.
No fim, foi uma vitória com peso emocional e técnico. Ainda terceira colocada, Atalanta voltou ao seu melhor com moral e mostrou que ainda tem lenha pra queimar na reta final do certame. O Bologna, que vinha surpreendendo, amargou o segundo jogo sem vitória e viu a Juventus tomar o quarto lugar na classificação. A briga por Champions League continua aberta.
A frutífera parceria entre Lukaku e McTominay fez o Napoli bater o Empoli com facilidade e seguir na cola da Inter (Getty)
Gols e assistências: Romagnoli (Lu. Pellegrini); Soulé (Saelemaekers) Tops: Romagnoli (Lazio) e Svilar (Roma) Flops: Dele-Bashiru (Lazio) e Paredes (Roma)
No Derby della Capitale, Lazio e Roma empataram por 1 a 1 em um clássico tenso, equilibrado e recheado de oportunidades. O resultado, apesar do bom espetáculo no segundo tempo, pouco ajuda ambas na corrida por uma vaga na próxima Champions League. A equipe biancoceleste abriu o placar logo no início da etapa complementar com Romagnoli, cria giallorossa, mas a loba reagiu com um golaço de Soulé, garantindo a igualdade em um duelo em que os goleiros, especialmente Svilar, tiveram papel de destaque.
O primeiro tempo foi de poucas chances claras, mas com a Lazio mais ativa. Romagnoli quase abriu o placar aos 7 minutos, obrigando Svilar a grande defesa em cabeceio após cruzamento de Isaksen, que foi o destaque da etapa inicial, com jogadas incisivas pelo lado direito. A Roma tentava controlar mais a posse e atacar pelas laterais, mas enfrentava dificuldades diante de uma rival bem postada. E que obrigou o goleiro romanista a ser novamente decisivo em finalizações perigosas de Isaksen e Romagnoli, mantendo o empate até o intervalo.
Logo no início do segundo tempo, a Lazio finalmente quebrou o equilíbrio, e contando com dois pratas da casa da rival. Luca Pellegrini cruzou com precisão e Romagnoli – que, apesar de formado em Trigoria, é torcedor laziale – apareceu como elemento surpresa para marcar de cabeça. A vantagem acendeu o clássico, e a Roma partiu para o ataque com intensidade. Mandas salvou os mandantes em cabeçada venenosa de Mancini, mas não conseguiu impedir o empate aos 69 minutos, quando Soulé acertou um lindo chute de canhota, que beijou o travessão antes de entrar.
A Lazio ainda tentou responder com Pedro e Dia, ambos parados por um Svilar em noite inspirada. Nos minutos finais, Noslin teve a última chance, mas a defesa romanista segurou o resultado. O 1 a 1 mantém o equilíbrio entre os rivais, mas ambos saem com sabor amargo, diante dos pontos somados pelas adversárias na rodada. A Lazio agora volta suas atenções para o duelo dificílimo contra o Bodø/Glimt pela Liga Europa, no meio da semana.
Gols e assistências: Rafael Leão (Fofana), Pavlovic (Pulisic), Hernandez (Abraham) e Reijnders (Rafael Leão) Tops: Rafael Leão e Hernandez (Milan) Flops: Kristensen e Bijol (Udinese)
O Milan finalmente mostrou o que se esperava desde o início da temporada. Com uma atuação dominante do primeiro ao último minuto, os comandados de Sérgio Conceição golearam a Udinese fora de casa por 4 a 0 e mostraram sinais de vida na briga por uma improvável vaga em alguma competição europeia. O destaque da noite foi Rafael Leão, que abriu o placar com um golaço e ainda teve a generosidade de servir Reijnders no quarto. A mudança tática para a linha de três defensores também foi um diferencial, oferecendo mais equilíbrio e liberdade para Hernandez voar pela ala esquerda, como nos seus melhores dias.
O placar foi construído com maturidade, sem sustos reais – a não ser por conta de seu goleiro. Pavlovic, antes contestado, marcou de cabeça ainda no primeiro tempo e passou segurança no setor defensivo. O segundo teve a assinatura de Rafael Leão e o terceiro saiu dos pés de Hernandez. A noite, no entanto, teve um momento de apreensão: Maignan, ovacionado por parte da torcida da Udinese mesmo após ter confrontado os ultras bianconeri por conta de injúrias raciais, em janeiro de 2024, precisou deixar o campo após uma forte colisão com Jiménez. Por sorte, nada grave foi constatado após o traumatismo craniano.
Para a Udinese, o jogo foi uma tempestade sem fim. A equipe somou a quarta derrota consecutiva e pouco ameaçou, mesmo jogando em casa. Com erros defensivos em sequência, falta de intensidade no meio e Lucca mal posicionado, o time de Kosta Runjaic segue em declínio. A tabela ainda oferece segurança, mas a impressão é de que os bianconeri já entraram em ritmo de férias. Já o Milan, mesmo talvez acordando tarde, mostrou que ainda tem lenha pra queimar.
Contando com o brilho do artilheiro Retegui, a Atalanta reagiu em momento crítico e bateu o Bologna em confronto direto pelo terceiro lugar (Getty)
Tops: Dodô (Fiorentina) e Suzuki (Parma) Flops: Fagioli (Fiorentina) e Pellegrino (Parma)
A Fiorentina tropeçou mais uma vez contra um adversário da parte de baixo da tabela e viu a vaga europeia se distanciar. Diante do Parma, em casa, o time de Raffaele Palladino – ausente por suspensão e substituído por Stefano Citterio – não passou de um empate sem gols e repetiu o 0 a 0 do primeiro turno. O resultado serviu muito mais aos visitantes, que chegam a quatro pontos de vantagem sobre a zona de rebaixamento e comemoram mais um bom desempenho defensivo sob o comando de Cristian Chivu. Em sete jogos na gestão do romeno, somou somente uma derrota e cinco paridades consecutivas.
A equipe emiliana começou com personalidade e quase abriu o placar logo aos 3 minutos, quando Bernabé apareceu sozinho na área e exigiu ótima defesa de De Gea. Firme nos duelos físicos e com uma postura intensa, o Parma dificultou as ações da Fiorentina, que teve como principal válvula de escape o lateral Dodô. Mandragora tentou comandar o meio-campo, mas parou na forte marcação adversária. O time da casa abusou dos cruzamentos e pouco ameaçou a meta de Suzuki, salvo em raros lampejos – como num chute de Kean no início do segundo tempo e na finalização de Richardson em posição irregular.
Mesmo com as entradas de jogadores mais ofensivos na segunda etapa, como Folorunsho e Beltrán, a Fiorentina não conseguiu romper a muralha armada por Chivu. O Parma, por sua vez, teve chances esporádicas para surpreender, mas priorizou a solidez defensiva e saiu de Florença com um ponto valioso. Para os donos da casa, fica a sensação de que o objetivo da temporada pode escapar diante de rivais mais modestos; para os visitantes, a esperança da permanência ganha novo fôlego.
Gol e assistência: Douvikas (Vojvoda) Tops: Douvikas e Vojvoda (Como) Flops: Sanabria e Walukiewicz (Torino)
O Como venceu o Torino por 1 a 0 em uma partida decidida por detalhes e marcada por um lance inusitado nos acréscimos. Com um gol de Douvikas ainda no primeiro tempo, a equipe comandada por Cesc Fàbregas conquistou uma vitória fundamental, que praticamente garante sua permanência na elite do futebol italiano: os lariani alcançaram 36 pontos, 12 acima da zona de rebaixamento a seis rodadas do fim. O Toro, por sua vez, teve postura mais agressiva nos minutos iniciais, mas desperdiçou chances importantes e teve o empate anulado nos acréscimos, devido a um erro técnico na cobrança de escanteio.
A partida começou movimentada, com o Torino pressionando desde os primeiros minutos. Elmas foi o motor da equipe, criando perigo e exigindo boas intervenções da defesa do Como. Linetty também teve boa oportunidade, mas não conseguiu converter. Após suportar a pressão inicial, o time da Lombardia equilibrou o jogo e começou a ameaçar o gol de Milinkovic-Savic. Aos 38, em jogada iniciada por Diao e bem finalizada por Douvikas após cruzamento de Vojvoda, ex-grená, os donos da casa abriram o placar e foram para o intervalo em vantagem.
Na segunda etapa, o Torino tentou reagir e teve boas oportunidades, especialmente com Adams e Gineitis – este último perdendo a chance mais clara do jogo ao finalizar em cima de Butez, em lance cara a cara. O Como, no entanto, respondeu com organização defensiva e quase ampliou com Goldaniga, que teve cabeceio parado por um Milinkovic-Savic inspirado. No fim, o empate de Ilic foi anulado após revisão do VAR, que identificou toque duplo de Biraghi na cobrança de escanteio, encerrando assim qualquer esperança de reação dos visitantes. Vitória madura do Como, que consolida sua campanha surpreendente na Serie A.
Num dérbi brigado, Lazio e Roma empataram e ficaram um pouco mais distantes do G4 (Getty)
Gol e assistência: Fila (Ellertsson) Tops: Nicolussi Caviglia e Ellertsson (Venezia) Flops: Birindelli e Caldirola (Monza)
Em um jogo truncado, com mais interrupções do que chances reais, o Venezia aproveitou uma das raras brechas para conquistar três pontos que valem ouro. Com um gol solitário de Fila na metade final do segundo tempo, os donos da casa venceram o Monza por 1 a 0 e mantiveram viva a chama da permanência na elite. Foi a primeira vitória do time de Eusebio Di Francesco após 14 rodadas e o desencantar do atacante checo na Serie A — um lampejo que pode reacender a esperança dos arancioneroverdi na reta decisiva da temporada.
Apesar de ter começado mais organizado, o Monza pecou demais na hora de finalizar. O Venezia, por sua vez, teve dificuldades na criação, mas apostou em bolas paradas para incomodar. Turati salvou os visitantes em dois lances seguidos ainda no primeiro tempo, enquanto Radu respondeu bem quando foi exigido. O equilíbrio técnico foi quebrado apenas aos 72 minutos, quando Ellertsson acreditou numa jogada perdida, superou Birindelli e cruzou para Fila completar de primeira, no coração da área.
Mesmo em desvantagem, o time de Alessandro Nesta não conseguiu reagir com contundência. Faltou força, sobrou afobação. Até o fim, o Venezia segurou a pressão, mesmo com um a menos após a expulsão de Fila, já nos acréscimos. A torcida presente no estádio Pier Luigi Penzo prendeu a respiração até o último lance, mas o chute de Caldirola foi para fora e decretou a derrota dos brianzoli. Os lagunari vinham mostrando evolução, mas faltava transformar a sequência de empates em um triunfo. Não falta mais, e os leões alados, ao se aproximarem do Lecce, ganham novo fôlego na briga contra o rebaixamento. Para o Monza, a permanência vira um milagre cada vez mais improvável.
Tops: Coppola (Verona) e Leali (Genoa) Flops: Livramento (Verona) e Vitinha (Genoa)
O empate em 0 a 0 entre Verona e Genoa, no estádio Marcantonio Bentegodi, serviu para consolidar o momento positivo do time comandado por Paolo Zanetti, que somou seu quarto jogo consecutivo sem derrotas e manteve a defesa firme, com apenas dois gols sofridos nas últimas quatro rodadas. Apesar do resultado, foi o Hellas que mais buscou a vitória, especialmente no segundo tempo, com destaque para a atuação intensa de Mosquera e para o crescimento coletivo diante de um adversário que, por sua posição confortável na tabela, optou por controlar o jogo e resistir às investidas.
A primeira etapa teve poucas emoções, com leve vantagem territorial para o Genoa, que tentou progredir com passes curtos, mas sem efetividade. O Verona respondeu com velocidade e bolas longas para Mosquera e Sarr, protagonistas dos duelos mais físicos da partida. A melhor chance dos 45 minutos iniciais veio justamente dos pés do colombiano, que obrigou Leali a efetuar boa defesa com os pés após chute de voleio. Na volta do intervalo, com a entrada de Livramento no lugar de Sarr, o time da casa cresceu: Mosquera quase marcou de fora da área, Livramento cruzou com perigo, Kastanos cabeceou travado, e Tchatchoua, ativo pela direita, criou boas chances para o ativo centroavante gialloblù.
Nos minutos finais, o Verona pressionou com insistência e chegou muito perto do gol, como na bola na trave de Livramento e no chute para o alto de Kastanos, no último lance. Apesar de não ter saído com os três pontos, a equipe mostrou um jogo mais agressivo e consistente, sustentando a esperança de se afastar ainda mais da zona de rebaixamento. Já o Genoa, administrando a partida com um estilo pragmático sob o comando de Patrick Vieira, segue sua campanha tranquila na Serie A.
Svilar (Roma); Pavlovic (Milan), De Vrij (Inter), Hernandez (Milan); Vojvoda (Como), McTominay (Napoli), Reijnders (Milan), Rafael Leão (Milan); Lukaku (Napoli), Arnautovic (Inter); Retegui (Atalanta). Técnico: Sérgio Conceição (Milan).