A emocionante entrevista de Alan Rodríguez após permanência do Inter na Série A | OneFootball

O volante Alan Rodríguez fez um relato forte e revelador sobre os bastidores do Internacional na reta final da temporada 2025. Em entrevista à rádio uruguaia El Espectador Deportes, o meio-campista descreveu um ambiente de extrema pressão, tensão emocional e desgaste mental dentro do vestiário colorado, especialmente no período decisivo da luta contra o rebaixamento no Brasileirão.

Segundo o jogador, o elenco vivia dias difíceis, com sentimentos distintos convivendo em um mesmo grupo. “Você tem 30 jogadores, e cada um tem sentimentos diferentes, pensamentos diferentes. Havia muita tensão, então qualquer coisa virava uma discussão”, afirmou. O uruguaio destacou que, apesar das divergências, suas manifestações sempre tiveram como objetivo o bem coletivo e a tentativa de ajudar o time a sair da situação delicada.

Rodríguez revelou que, em determinados momentos, até mesmo conversas internas precisaram ser contidas. Um companheiro chegou a aconselhá-lo a se acalmar e evitar debates naquele instante, pois o elenco estava emocionalmente fragilizado. “Todo mundo estava dormindo mal”, disse o volante, evidenciando o impacto psicológico vivido pelo grupo naquele período crítico da temporada.

A virada de chave, de acordo com o atleta, aconteceu antes do último jogo do campeonato. O elenco realizou uma reunião decisiva, tratada como um verdadeiro pacto coletivo. A mensagem foi clara: era a última oportunidade de mudar o desfecho de um ano extremamente desgastante. “Depois de um ano longo, não podemos ir de férias tristes. Temos que terminar de uma forma que sirva de aprendizagem”, relatou.

Nesse encontro, os jogadores colocaram tudo o que precisava ser dito, deixaram de lado o estresse acumulado e assumiram um compromisso conjunto. O foco passou a ser não apenas o resultado imediato, mas também a construção de uma mentalidade diferente para o futuro. “No ano que vem temos que ganhar coisas importantes”, completou.

Para Alan Rodríguez, essa união final se refletiu diretamente dentro de campo. O desempenho da equipe no último jogo foi consequência direta da conversa franca, do alinhamento emocional e da responsabilidade coletiva assumida pelos atletas.

O depoimento escancara um Inter pressionado, emocionalmente abalado, mas que encontrou forças internas para reagir no momento decisivo. Mais do que um desabafo, a fala do volante serve como retrato fiel de uma temporada marcada por sofrimento, aprendizado e pela necessidade urgente de mudanças estruturais e esportivas para 2026.