Portal dos Dragões
·9 September 2025
A rutura entre Sérgio Conceição e André Villas-Boas: bastidores de um divórcio inevitável

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A polémica saída de Sérgio Conceição dos dragões, após sete anos e 11 troféus – entre eles três campeonatos e quatro Taças de Portugal -, é também tema do livro. “O primeiro tête-a-tête entre Villas-Boas e Sérgio Conceição aconteceu a 30 de abril de 2024, no Olival, dois dias após a receção ao Sporting para o campeonato. Logo aí ficou claro que clube e treinador teriam de seguir caminhos diferentes, mas que voltariam a conversar no final da temporada para decidirem como consumariam o divórcio”.
O encontro realizou-se a 30 de maio, na morada de Villas-Boas, e Sérgio Conceição “já iria pronto para a rutura, mas ainda quis testar o líder do clube acerca dos rumores dos potenciais sucessores no banco de suplentes”. Villas-Boas apresentou vários cenários e não descartou que Vítor Bruno, adjunto de Conceição, pudesse ser uma hipótese. Aí, “Sérgio Conceição ficou em polvorosa”, sobretudo porque Vítor Bruno já teria comunicado a intenção de seguir carreira como treinador principal e até dispor de uma proposta do Qatar.
Indignado com o que considerou uma traição, Conceição partilhou a situação com o círculo mais próximo e o episódio acabou por chegar à comunicação social. A desvinculação a custo zero, que ele pretendia, ficou em risco, pois “Sérgio considerava que lhe estava a ser cravada uma adaga nas costas” e poderia exigir o pagamento dos quatro anos de contrato que ainda lhe restavam (prolongado com Pinto da Costa na véspera das eleições).
O livro recorda ainda que não era a primeira vez que Vítor BrunoPinto da Costa quando Sérgio Conceição, danado com a saída de Luis Diaz para o Liverpool, ameaçou embalar a trouxa e zarpar. Pior: o antigo presidente chegou a verbalizá-lo a um conjunto não muito reduzido de pessoas, argumentando que se tinha corrido bem uma vez (quando, em 2011, Vítor Pereira assumiu o lugar de Villas-Boas), não haveria razão para não voltar a correr”.