A sorte procura-se... | OneFootball

... e quem procura acha! Depois de uma primeira parte pouco conseguida, o Estrela foi à procura de melhor sorte no segundo tempo e só descansou quando passou para a frente do marcador. Na 13ª jornada da Liga Portugal Betclic, a terceira vitória tricolor (2-1).

Pela Amadora, caiu uma noite gelada - sensação térmica a rondar os cinco graus - e, por isso, pouco convidativa a 90 minutos de futebol - corajosos os que, nas quatro linhas, se apresentaram de manga curta. Ainda assim, os estrelistas, nas bancadas, apresentaram-se em bom número - nota para os zero adeptos afetos ao FC Arouca - e as vozes bem afinadas provaram que o frio tem muito de psicológico.

O frio é psicológico, o balde de água que os mesmos adeptos levaram aos quatro minutos não. Foi bem real. Jason Remeseiro, o único elemento do icónico trio espanhol que fez as delícias arouquenses em 23/24 - com Cristo González e Rafa Mujica -, chamou para si a responsabilidade e resolveu: sofreu uma falta à entrada da área e converteu-a com precisão. Marcador aberto com nota artística.

O Estrela manteve a tradição: tirando os dois encontros onde conseguiu manter a baliza a zeros, o Estrela sofreu sempre primeiro em 24/25. Um facto que comprova as entradas pouco convincentes da formação da Amadora.

Inaugurado o marcador, o 0-2 esteve mais perto do que o 1-1: Morlaye Sylla e Alfonso Trezza tiveram duas boas oportunidades para dilatar a vantagem. O Estrela tentou reagir, mas algo trapalhão - muitos foras de jogo - e errático - numa ocasão potencialmente perigosa, Jovane Cabral parece ter fechado os olhos e errou a bola.

Mãos à obra

A primeira parte nem sempre foi bem jogada e a segunda assim continuou. A vontade de mudar o rumo dos acontecimentos nem sempre beneficiou os tricolores. A equipa mostrou-se algo nervosa, a errar imensos passes e a cair sistematicamente na armadilha do fora de jogo.

Se o Estrela não conseguia inverter a direção do encontro, o FC Arouca ajudou. Um cruzamento rasteiro endereçado ao segundo poste, feito de forma tensa, não deu grande tempo a Tiago Esgaio para pensar e «obrigou-o» a empurrar a bola para o fundo das redes.

Com o empate, o José Gomes - e o jogo - ganhou uma nova vida. Foi o boost de confiança necessário para os da casa colocarem as dúvidas de lado e remarem firmemente em direção aos três pontos. O caminho? Semelhante ao do primeiro golo: colocar a bola na área; aí, com uns ressaltos à mistura, Rodrigo Pinho foi feliz.

Na frente do marcador, o Estrela mudou o foco e virou atenções para o processo - e coesão - defensivo. O FC Arouca ainda teve oportunidades para voltar a empatar, mas a pontaria falhou, ou Bruno Brígido tornou-se gigante.

Desta forma, o emblema da Amadora afastou-se da zona de despromoção. Já os arouquenses continuam em último lugar.