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·31 March 2025
Alisson e Kochorashvili: quem são estes reforços do Sporting?

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·31 March 2025
Na noite desta segunda-feira, o Sporting mostrou que a próxima temporada já está a ser preparada e anunciou as primeiras contratações para o verão que aí vem. Giorgi Kochorashvili e Alisson Santos vão jogar de leão rampante ao peito em 2025/26.
Ambos os atletas atuam na segunda divisão - espanhola e portuguesa - e, por isso, são desconhecidos para o adepto comum. Nesse sentido, redigimos este artigo para dar a conhecer - ao universo leonino e não só - as duas caras novas, que, ao todo, custaram 7,6 milhões de euros aos cofres do campeão nacional - valor que pode chegar aos 9,6 milhões de euros, mediante objetivos.
Por este critérico, comecemos, então, pela contratação mais dispendiosa e, talvez, mais sonante.
Deixou água na boca no verão passado, quando deu nas vistas pela surpreendente e destemida Geórgia. Quase um ano depois, custou pouco mais de cinco milhões de euros ao Sporting, que colmata assim uma possível saída de Morita no final da época.
Mesmo com as variadas e notórias diferenças, o nipónico e o georgiano têm alguns pontos em comum. Os dois são autênticos motores, que dinamizam e "obrigam" a equipa a jogar.
Apesar de não ser um portento técnico, que maravilhe pelo drible ou pela construção de régua e esquadro, Kochorashvili já evidenciou ser um jogador extremamente equilibrado, competente e fiável, que pode atuar a meio-campo, na posição seis ou oito.
Voltando à competição que apresentou o georgiano ao mundo - o EURO 2024 -, Giorgi provou ser o equilíbrio perfeito para uma que goste de atacar e de mostrar que não tem nada a perder. Sem ter uma grande relação com a baliza, revelou também um bom entendimento ofensivo e facilidade em chegar ao último terço, sem grandes medos ou amarras.
No cômputo geral - e, claro, com a possibilidade inequívoca de ser um tiro ao lado -, parece ser uma contratação interessante por um valor abaixo do "suposto" - ainda que justificado pela presença numa competição pouco valorizada e pela ausência de grandes provas num contexto superior (só quatro jogos na LaLiga).
Ao contrário do georgiano, as amostras de Alisson estão mais próximas da retina - umas quantas dezenas de quilómetros acima da capital portuguesa. O brasileiro foi descoberto pela UD Leiria no verão passado e tem sido um dos destaques da Segunda Liga.
Virtuoso, pode jogar pela direita ou pela esquerda e faz do drible a sua melhor arma. Alisson gosta de ter bola e não tem medo de arriscar e de partir para cima do adversário no um para um: é rápido, gosta de ganhar metros com bola e é uma dor de cabeça para os adversários: prefere, logicamente, a manobra ofensiva, mas também não se esconde no processo defensivo - forte e insistente na pressão.
A relação com a baliza parece estar a melhorar, mas ainda carece de algumas arestas por limar. No último terço, insiste muito, mas nem sempre decide bem e, por vezes, falha em momentos chave, seja na criação ou na finalização. Um capítulo para Rui Borges fazer Alisson crescer - repetição do dossiê Kaio César?
Se, no caso de Kochorashvili faltam mais argumentos noutro patamar competitivo, com Alisson a conjuntura é ainda mais gritante: tem, apenas, 18 jogos no segundo escalão.
As mangas foram arregaçadas - pela direção do Sporting - e as apresentações estão feitas. 2024/25 ainda não acabou, mas o véu de 2025/26 já está a ser levantado... e promete!