Após expulsão precoce, a Roma não resistiu e foi eliminada da Liga Europa pelo Athletic Bilbao | OneFootball

Pelas oitavas de final da Europa League, a Roma tinha a dura missão de parar o forte Athletic Bilbao, um dos candidatos ao título, na partida de volta, realizada no País Basco. Embora tivesse vencido o primeiro confronto por 2 a 1, os giallorossi sabiam das dificuldades que enfrentariam ao longo dos 90 minutos, na visita ao San Mamés, que será palco da final da competição. Os espanhóis tinham a expectativa de reverter o placar e avançar de fase no torneio continental e foi o que ocorreu, num jogo condicionado pela precoce expulsão de Hummels: 3 a 1 e vaga na conta dos mandantes.

Os primeiros minutos do jogo no San Mamés foram todos do time da casa, que apostava em ataques pelas laterais com os irmãos Nico e Iñaki Williams, sempre extremamente perigosos – e esse seria o panorama da partida. No entanto, a primeira chegada mais perigosa foi da Roma, ainda aos 5 minutos. Angeliño mandou para a área uma falta sofrida por Baldanzi e encontrou Cristante, que cabeceou na trave direita. Mesmo com o impedimento assinalado pelo árbitro Clément Turpin, a Loba sinalizava que poderia levar perigo à trupe comandada por Ernesto Valverde.

Os romanistas, porém, não contavam com uma expulsão precoce, aos 11 minutos. Hummels cometeu um erro na saída de bola e entregou a pelota, no centro do gramado, para Maroan, que partia em direção ao gol de Svilar. Entretanto, o alemão fez a falta, com um carrinho. O árbitro não hesitou em mostrar o cartão vermelho para o zagueiro, que foi para o chuveiro mais cedo. Embora Claudio Ranieri, técnico da Roma, tenha afirmado que a decisão de Turpin foi correta, o lance deixou dúvidas pela distância em relação à baliza, à cobertura de outros atletas giallorossi e também pelo beque visitante ainda ter disputado o lance e até ter tocado na redonda.

A Roma teve bastante trabalho para segurar o ataque do Athletic Bilbao, liderado por Nico e Iñaki Williams (Arquivo/A Roma)

O fato é que a Roma teria que jogar com um homem a menos por quase toda a partida. E, três minutos depois, um lance semelhante gerou controvérsia. Iñaki Williams acertou um pisão em Baldanzi e poderia ter sido punido no mínimo com um cartão amarelo, mas o árbitro não assinalou absolutamente nada – a falta de critério de Turpin é elemento recorrente em suas arbitragens.

Após a expulsão, a Roma se fechou sem fazer alterações: Ranieri puxou Cristante para a linha de defesa, que ainda contava com Mancini e Ndicka, e manteve uma linha de quatro homens mais à frente, formada por Rensch, Paredes, Baldanzi e Angeliño. Dybala era o responsável principal por ligar o meio-campo ao centroavante Dovbyk. No outro corner, o Athletic Bilbao intensificou os ataques pelas laterais e passou a levantar bolas na área adversária, embora sem grande perigo no início.

Aos 21 minutos, os espanhóis desperdiçaram uma grande oportunidade. Pressionado na linha defensiva, Angeliño perdeu a bola para Maroan, que saiu cara a cara com Svilar e tentou encobrir o goleiro, mas sem sucesso. Em seguida, Nico Williams limpou dois marcadores giallorossi e acertou a trave. A Roma assustou aos 41 minutos, quando Cristante se antecipou à marcação e finalizou de perna direita, mas para fora.

Embora competitiva quando tinha a posse, a equipe italiana sofria para conter a pressão dos espanhóis – que se intensificou perto do intervalo. Aos 43 minutos, Paredes – o do Athletic Bilbao – arriscou de longe e obrigou Svilar a fazer uma defesa difícil. Nos acréscimos, Maroan cortou para a esquerda e chutou, mas a bola foi para fora. Depois, quando parecia que a Roma iria aguentar a blitz adversária até o intervalo, Iñaki Williams cruzou para a área, Maroan resvalou de cabeça, e a bola sobrou para Nico Williams, que pegou de primeira e abriu o placar.

Apesar da frustração na Liga Europa, a equipe italiana lutou e pode dizer que foi eliminada de cabeça erguida (Arquivo/AS Roma)

No segundo tempo, já aos 50 minutos, Iñaki Williams recebeu cruzamento e, completamente livre, cabeceou para fora. Em seguida, Svilar salvou a Roma novamente, defendendo uma finalização de Unai Nuñez. A verdade é que, depois do intervalo, a equipe visitante teve poucas chances de gol e apostou nos contra-ataques com Soulé, que entrou no lugar do atacante Dovbyk. Sua melhor oportunidade, contudo, foi com Shomurodov, logo após o uzbeque substituir Dybala: o atacante arrancou pelo lado esquerdo desde o campo de defesa e chutou ao gol, mas parou na defesa de Agirrezabala.

No lance seguinte à chance de Shomurodov, Svilar espalmou um chute de Álex Berenguer e evitou o segundo gol do Athletic Bilbao. No entanto, a resistência romana não durou muito. Aos 68 minutos, após cobrança de escanteio justamente do ex-atacante do Torino, Berchiche cabeceou no canto, sem oferecer chances para o arqueiro romanista e ampliando a vantagem espanhola. Para selar a eliminação italiana, Nico Williams fez uma grande jogada individual aos 82 minutos: invadiu a área, driblou dois marcadores e empurrou para o gol vazio.

Os giallorossi ainda tentaram reagir, mesmo depois do categórico 3 a 0 no placar, e conseguiram um pênalti nos acréscimos, após Gorosabel empurrar El Shaarawy dentro da área. Na cobrança, Paredes bateu forte, no canto inferior esquerdo e diminuiu para 3 a 1. Não havia tempo para buscar o gol que levaria o confronto para a prorrogação e a Roma terminou eliminada, apesar da luta – que deixou ainda mais evidente o gostinho de duelo condicionado pela expulsão de Hummels.

A Roma se despediu precocemente da Europa League, eliminada num duelo que foi considerado por muitos como uma final antecipada – afinal, eram dois times candidatos ao título. Enquanto o Athletic Bilbao medirá forças com o Rangers em solo continental e ainda está bem colocado em La Liga, onde ocupa a quarta posição, a equipe capitolina volta suas atenções para a Serie A. Vivendo grande momento, a Loba sonha em chegar à Champions League através do campeonato e tentará tirar os seis pontos de desvantagem para a Juventus, atual quarta colocada.