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·15 December 2024

Após uma temporada emprestado, Roni despista sobre futuro no Corinthians

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  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Revelado nas categorias de base do Corinthians, Roni foi promovido à equipe profissional do Alvinegro no meio da temporada 2020, momento em que o clube brigava contra o rebaixamento no Brasileirão daquele ano. Desde então, oscilou entre a reserva e a titularidade, até ser emprestado ao Atlético-GO no início de 2024 para ganhar mais rodagem.

Em entrevista ao portal ge.globo, o volante revelou o aprendizado durante esse período fora do clube, tratado por ele como maior evolução de sua carreira: “Acredito que sim, que seja minha versão mais pronta”, iniciou. No time goiano, além da sua posição de origem, chegou a atuar como lateral-direito. Além disso, teve a temporada com mais tempo de jogo da sua curta carreira (2513 minutos) e de maior roubada de bolas (267 – primeiro entre todos os atletas do Dragão).


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Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O atleta de 25 anos também comentou sobre um possível retorno ao Parque São Jorge, onde tem contrato até dezembro de 2025. Em sua resposta, afirmou que “está nas mãos de Deus”: “Meu objetivo é continuar evoluindo, crescendo no aspecto individual. Tenho contrato com o Corinthians, sou corintiano, é o time do meu coração, cresci ali. Se contarem comigo, estou disposto a trabalhar da melhor maneira para ajudar o Corinthians. Se não for, vai ser da vontade de Deus, está entregue nas mãos de Deus. Quero fazer uma grande temporada. Ser muito feliz” , comentou.

Ele complementou dizendo que está disposto a ajudar o Corinthians, mas que não é o tipo de jogador que resolverá os problemas da equipe. Também destacou sua mudança de mentalidade e rendimento, ressaltando que não é o mesmo de outros anos.

“Estou longe de ser o cara que vai resolver os problemas, mas sou um cara que posso estar ali para ajudar da melhor maneira possível. Eu evolui, não sou o Roni de um ano atrás, de dois anos, eu cresci, posso ajudar com a minha evolução, sei que posso fazer melhor. Posso me dedicar, sei o meu lugar, sempre fiz isso. Tenho a mentalidade mais forte, uma melhor característica de dia a dia, para me fazer mais forte e melhor jogador e melhor pessoa” , continuou.

Na sequência, o Filho do Terrão analisou a sua temporada atuando pelo Atlético-GO, que apesar de ter sido rebaixado para a Série B, foi um vitrine para que o jogador tivesse mais minutagem para mostrar o seu potencial em campo. Roni também falou sobre suas referências na profissão, citando Giuliano e Renato Augusto, e que estudava o seu próprio jogo para saber onde tinha que aprimorar.

“Uma das coisas que me fizeram sair do Corinthians foi ganhar mais bagagem, viver uma nova experiência. Em 19 anos, nunca tinha saído do Corinthians. Tive mais minutagem, joguei mais, evoluí taticamente e tecnicamente. Foi um ano que exigiu muito da condição individual. Coletivamente foi ruim, caímos para a segunda divisão. Mas individualmente foi o ano em que mais joguei, meu percentual de erro foi menor, meu acerto maior.”

“Foi um ano em que estudei muito. Estudei muito adversário, pós-jogo, cada atuação individual minha, em qual setor tinha que me desenvolver, vendo vídeos, análises. Tinha um aspecto positivo na marcação, mas melhorei ainda mais, fui mais inteligente. Na técnica, tive uma visão mais ampla de jogo, leitura melhor. Aprendi muito. Passei anos no Corinthians aprendendo, trabalhando com Giuliano, Renato Augusto. Você se desenvolve, mas precisa colocar em prática, e 2024 foi o ano em que mais coloquei em prática”, explicou.

Por último, comentou sobre as diferenças de estrutura entre Corinthians e Atlético-GO e se aprofundou no aspecto de “análise tática individual”, no qual, segundo ele, realiza desde 2022.

“A cidade de Goiânia é espetacular, vivi muito bem e desfrutei bastante. Tem uma grande diferença entre Corinthians e o Atlético. Corinthians é um dos maiores do mundo. Atlético tem uma estrutura muito boa, CT é muito top, mas não do mesmo nível do Corinthians, que às vezes chega a ser um exagero (risos). Fora a questão de torcida. Lá em Goiânia é muito bacana, mas não tinha a mesma repercussão, a mesma fama, a proporção do Corinthians. Isso era muito claro. Tem essa diferença.”

“Há dois anos (faço análise individual). No começo queria ver como que é. Há um ano e meio estamos trabalhando junto e é engraçado que a gente está vendo essa análise, estudando, e pega que um ano atrás tomaria outra decisão, tomaria uma decisão mais fácil, não colocaria uma decisão mais arriscada em campo, talvez não me posicionaria de uma maneira correta. É ir revendo e trabalhando.”

“Nem tudo é dentro do campo, tem que estudar. Às vezes o cara só joga, não vê e fica para trás. Corinthians tem o Cifut com um trabalho muito forte nisso, no Atlético também, mas ambos mais global, com 30 jogadores para cuidar. Eu trabalho com o meu particular, mais individual, mais completo” , finalizou.

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