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·24 December 2025

Arsenal ofensivo diferente e o privilegiar da mobilidade: Suárez e Ioannidis foram titulares juntos pela primeira vez

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O momento obrigou a mudanças e Rui Borges respondeu com maestria. Sem Pedro Gonçalves, Quenda, Geny, Debast, Diomande, Daniel Bragança e Nuno Santos - baixas por lesão e compromissos da seleção no CAN -, o Sporting CP venceu categoricamente em Guimarães por 4-1.

A aposta era aguardada com curiosidade e não era fácil de prever: quem iria alinhar no ataque dos leões.


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Frente ao Vitória SC, Rui Borges lançou, pela primeira vez no onze, Luís Suárez e Fotis Ioannidis em simultâneo no ataque do Sporting e o resultado não podia ter sido mais esclarecedor: vitória por 4-1, exibição autoritária e sinais claros de que a dupla pode jogar junta e marcar o futuro leonino.

Entrada com as garras de fora

Desde os primeiros minutos percebeu-se que a coexistência dos dois avançados não seria um problema, mas sim uma antes uma dor de cabeça para a defensiva vitoriana.

Ioannidis assumiu um papel mais móvel, jogando mais por trás, a atacar os espaços e a ligar jogo, caindo muitas vezes no corredor direito e apostando em trocas momentâneas com Trincão do centro para a direita. Já Luís Suárez foi o ponto de referência ofensiva, baixando para criar arrastamentos dos centrais e abrindo o espaço nas meias e nos corredores para os colegas.

O Sporting entrou forte, pressionante e com ritmo alto, empurrando o Vitória SC para trás. A imponência física dos dois avançados deu outro elã ao Sporting. A presença de dois homens na frente - apesar de Ioannidis jogar sempre mais de trás para a frente - deu maior profundidade ao ataque leonino e obrigou os visitantes a recuarem linhas, algo que facilitou a circulação de bola no meio-campo verde e branco.

Com o Vitória SC a tentar pressionar alto no seu 4-4-2, surgiram espaços atrás da linha média, principalmente nas meias entre o corredor central e os corredores laterais. Aí, tanto os dois portentos físicos - muito bons a jogarem de costas para a baliza -, como Maxi Araújo e Trincão aproveitaram para aparecer nesses espaços, atraindo a equipa para libertar sempre no lado oposto.

Impacto no marcador

O primeiro golo surgiu com naturalidade, num lance que mostrou a qualidade de Ioannidis a assistir Trincão no momento certo e a transformar um 3 x 3 num momento de facilidade tremenda para os leões. Trincão atirou a primeira ao poste e não tremeu na recarga.

O segundo golo é uma obra de arte coletiva do Sporting: arrisca na construção, atrai a defensiva adversária, passa no momento certo e desmonta todo o bloco adversário. Trincão baixou na meia direita, partiu para o certo e colocou no momento exato para Mangas cruzar e Ioannidis cabecear para o golo. Dois contra dois na área, com os dois avançados leoninos a usarem da sua dimensão física para colocarem a equipa em vantagem.

O terceiro algo é algo fortuito e o quarto demonstra novamente o jogo de grande nível da dupla ofensiva dos leões. Ioannidis caiu no corredor direito, Fresneda arrastou um adversário com o overlap, Luís Suárez chegou perto para tocar curto, tabelou com Trincão - que estava em zona central - e entrou dentro da área para rematar. Castillo defendeu para a frente, golo de Maxi.

Em Guimarães, o segredo ofensivo do Sporting esteve na mobilidade. As trocas constantes de Trincão com Fotis criaram sempre indecisão ao Vitória SC na hora da marcação e os argumentos dos dois avançados - tanto em apoio, recebendo para tocar curto, como em profundidade - acabaram por deixar a equipa em maus lençóis.

Ioannidis fez uma exibição de grande entrega e inteligência posicional. O grego mostrou neste jogo o porquê de ter sido o escolhido: forte no choque, eficaz a segurar jogo e a abrir espaços e ainda foi letal quando teve espaço dentro da área, com uma grande cabeçada.

Luís Suárez, por seu lado, voltou a confirmar que é muito mais do que um simples finalizador. A mobilidade do cafetero confundiu marcações, arrastou defesas e deu outra fluidez ao ataque leonino. Tudo isto aliado à qualidade com a redondinha no pé.

Do banco, Rui Borges assistiu a uma resposta clara às dúvidas que ainda existiam. A coexistência de dois avançados não retirou equilíbrio à equipa, aliás, acrescentou soluções ofensivas e uma capacidade diferente de ferir em ataque organizado daquela que a equipa tem quando joga com Pedro Gonçalves e Quenda ou Geny.

Se era um teste, foi passado com distinção. Luís Suárez e Ioannidis deram o primeiro passo como dupla titular e deixaram a promessa de que esta parceria pode vir a ser uma das grandes histórias da temporada leonina rumo ao tricampeonato.

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