Zerozero
·30 October 2024
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·30 October 2024
Depois do Sporting, também o Benfica assegurou um lugar na final four da nova edição da Taça da Liga, ao bater o Santa Clara por 3-0 no Estádio da Luz.
A primeira hora de jogo não deu sinais de que o marcador seria assim tão confortável, ou sequer positivo, mas a resposta para a vitória confortável estava no banco de Bruno Lage. Di María entrou para transformar o desacerto em genialidade com a sua finalização, mas o verdadeiro herói acabou por ser Vangelis Pavlidis. O grego, numa exibição à altura do que mostrou na pré-temporada, entrou aos 67 minutos e só saiu do campo com dois golos e uma assistência no bolso.
Para que a noite fosse tranquila, as águias precisavam de ter aproveitado da melhor forma um arranque de jogo em que os espaços foram maiores do que em qualquer outro momento. Foi logo ao terceiro minuto que Jan-Niklas Beste se isolou e, de cabeça, obrigou Gabriel Batista a uma enorme defesa. Aktürkoglu também tentou a sua sorte instantes depois e até António Silva colocou uma bola nas mãos do guarda-redes adversário, mas nada de golos.
Esse arranque de jogo foi extremamente promissor, especialmente tendo em conta que o confronto de há um mês e meio, o primeiro desde o regresso de Lage, teve muita ação e terminou com um 4-1 no marcador. Ainda assim, o que acabámos por ver foi um competente reorganizar do Santa Clara e um Benfica que foi vendo as suas tentativas de regressar ao último terço travadas pelos próprios erros individuais. Nem Amdouni, tão entusiasmante a sair do banco, não conseguiu mostrar-se nesta oportunidade a titular.
Os açorianos também erraram e Arthur Cabral quase aproveitou, não tivesse sido mais uma defesa de Gabriel Batista, mas esse lance surgiu pouco antes de uma fase em que o Santa Clara até se revelou atrevido e só não ficou perto do golo porque Alisson Safira pecou no momento da finalização. O rumo incerto do jogo levou os adeptos da casa a fazerem a sua exigência sentir-se, mas não houve tempo para uma reação nos primeiros 45 minutos.
Lage tinha de mexer e não adiou essa decisão. Lançou logo ao intervalo Di María e Kokçu, dois dos seus pesos mais pesados, à custa de Amdouni e Renato Sanches. Uma decisão que veio a provar-se corretíssima, ainda que só depois de mais uns sustos...
Houve um momento de silêncio absoluto na Luz quando Gabriel Silva apareceu isoladíssimo perante Trubin que, depois de hesitar na saída, estava quase fora do lance. Para o alívio dos adeptos da casa, o brasileiro mediu mal a curva do chapéu. Instantes depois, novo contra-ataque de causar calafrios, conduzido por Ricardinho. Chegou a estar nas cartas uma eliminação prematura de um candidato, caso Ángel Di María não tivesse aberto o marcador com um belo vólei.
A finalização do argentino foi brilhante, mas também há muito mérito no cruzamento de Vangelis Pavlidis. O avançado grego saltou do banco para fazer a sua melhor exibição (em jogos oficiais) desde que chegou Portugal, uma vez que, depois da assistência, ainda duplicou o seu total de golos com a camisola do Benfica. Marcou de cabeça aos 76´, assistido por Carreras, e quatro minutos depois bisou, na sequência de um canto. Que bela forma de terminar a seca!