MundoBola Flamengo
·13 November 2025
Bap responde críticas ao caso Bruno Henrique e expõe contradição em julgamento de Vitor Roque

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·13 November 2025

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, comentou a polêmica sobre o julgamento de Bruno Henrique no STJD. A repercussão cresceu após críticas de jornalistas e dirigentes, especialmente do Palmeiras, que tratam como absurda a chance de o atacante não ser suspenso.
O discurso externo, porém, ignora o conteúdo real do processo. O único voto dado até agora, do relator Sérgio Furtado, afastou completamente o artigo 243-A, que trata de manipulação esportiva, e enquadrou o caso apenas no artigo 191, inciso III, passível de multa.
“Olha, eu não me acho qualificado. Eu entendo que opinião todo mundo tem e eu não me sinto qualificado para isso”, disse Bap em entrevista ao Poder 360.
O presidente então citou o caso de Vitor Roque, que está há mais de 30 dias sem denúncia ou audiência marcada, período em que atuou, marcou gols e somou pontos importantes para o Palmeiras. Para Bap, a diferença de tratamento nas cobranças públicas deixa claro que a pressão sobre Bruno Henrique tem contornos políticos.
Bap foi questionado sobre dirigentes e jornalistas que afirmam que Bruno Henrique pode receber “pena branda”. Ele disse que não pretende fazer julgamento técnico e que entende que o assunto desperta opiniões de todos os lados, mas reforçou que muitas delas ignoram fatos básicos do processo.
Em seguida, ele cita o caso de Vitor Roque para ilustrar que há tratamentos diferentes na repercussão pública. Segundo ele, o atacante do Palmeiras está há mais de um mês sem ser julgado. O atleta ficará atuando por 39 dias entre a denúncia e o julgamento, marcado para o dia 17 de novembro. Bruno, muito criticado, demorou 34 dias para ser julgado em 1ª instância.
“Hoje, enquanto nós estamos conversando aqui, tem 33 dias que o Vitor Roque não foi denunciado, não foi pautada a audiência. Vai cuidar dele.”
Bap destacou que, nesse período, o jogador atuou normalmente, marcou seis gols, deu quatro assistências e ajudou o Palmeiras a somar nove pontos. Para o presidente do Flamengo, essa diferença de tratamento tem origem mais emocional do que técnica. Mesmo assim, ele evitou emitir uma opinião pessoal sobre Bruno Henrique.
“Às vezes você fala como presidente do clube e às vezes como torcedor. Eu vou me resguardar aqui, o direito de não dividir com vocês a minha opinião de torcedor e vou me restringir à minha opinião de presidente.”
A demora no julgamento e o momento da temporada transformaram o caso em munição política entre os clubes. A reta final do Brasileirão e a decisão da Libertadores levaram o tema para além do campo jurídico.
Dirigentes e parte da imprensa tratam como “absurda” a chance de Bruno Henrique não ser suspenso, mesmo com o processo apontando outra direção. O único voto do Pleno afasta manipulação esportiva, o lance foi considerado normal pela comissão técnica e o CBJD não prevê suspensão para o tipo de conduta atribuída ao jogador.
Com isso, o debate deixou de analisar o conteúdo do processo e passou a ser movido por rivalidade, pressão e disputa de narrativa. A ideia de que o Flamengo seria beneficiado não encontra base no julgamento e funciona para mover uma pressão a partir da opinião pública.









































