Esporte News Mundo
·2 December 2025
Campeão mundial diz preferir Abel Ferreira na Seleção: ‘Conhece o futebol brasileiro’

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Apesar da expectativa gerada por um treinador com histórico vitorioso, a escolha de Ancelotti para o comando da Seleção gerou polêmica entre especialistas e ex-jogadores, que questionam tanto o momento quanto a decisão.
Em entrevista exclusiva à ESPN, Roberto Rivellino, ex-meia e destaque da seleção campeã mundial em 1970, analisou os primeiros sete meses do italiano à frente do time. Segundo o ex-jogador, o desempenho inicial de Ancelotti apresenta pontos positivos, mas também indica áreas que precisam de ajustes imediatos.
Desde a sua estreia, a Seleção disputou oito partidas, incluindo eliminatórias e amistosos. O retrospecto mostra quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, o que resulta em um aproveitamento de 58,33%. Para Rivellino, os números refletem resultados medianos, aquém das expectativas para uma seleção tricampeã mundial.
— Se você for analisar o ano todo [da seleção]? Péssimo. Troca de treinador, arriscando coisas aqui e ali. Agora, trouxeram realmente um treinador de peso, mas às vezes não vejo problema no treinador. O problema é que nós estamos passamos por um momento difícil de jogadores diferenciados, craques. Não temos bons jogadores — pontuou.
O ex-meio-campista destacou que, embora Carlo Ancelotti já tenha imprimido um estilo próprio à Seleção Brasileira, a equipe ainda enfrenta atraso na preparação para a Copa do Mundo de 2026. Segundo o ícone do futebol, o número limitado de jogos antes do torneio preocupa, especialmente considerando a importância de testar estratégias e entrosamento.
Até agora, Ancelotti comandou oito partidas, entre eliminatórias e amistosos, mas o calendário da equipe segue enxuto. Atualmente, apenas dois amistosos estão confirmados: contra França e Croácia, ambos em março, pouco antes da definição da lista final de convocados.
Além desses compromissos, a comissão técnica avalia a realização de uma partida adicional em solo brasileiro. O amistoso serviria como uma despedida simbólica antes do embarque para os Estados Unidos, México e Canadá, sede da próxima Copa do Mundo.
— Se você analisar lá atrás, a maioria dos treinadores pegava as eliminatórias e depois a Copa do Mundo. Na minha época, quando a gente fazia amistosos, a gente jogava contra uma Alemanha, Inglaterra… Não estou desmerecendo Senegal e Tunísia. Mas eu vejo muito atraso realmente. Agora tem um treinador que é competente. Realmente é, mas até aí ele não joga, né? — analisou.
Embora reconheça a experiência e o currículo de Carlo Ancelotti, Roberto Rivellino não hesitou ao comentar se o italiano seria a escolha ideal para comandar a Seleção Brasileira. Segundo o ex-meia, a CBF poderia ter optado por Abel Ferreira, atual técnico do Palmeiras, como uma alternativa mais adequada para o momento do time.
— Ele já está engajado aqui e conhece o futebol brasileiro. Eu daria uma oportunidade para o Abel. Nada contra o Ancelotti, pelo contrário, mas o Abel já estava aqui e já conhece mais o futebol brasileiro neste aspecto e pela competência também. Hoje se trata de um dos maiores treinadores que nós temos no futebol brasileiro — concluiu.
A Seleção Brasileira só retorna aos gramados em 2026, durante a Data Fifa de março, quando disputará dois amistosos de preparação antes do início da busca pelo tão almejado hexacampeonato mundial.
Com Carlo Ancelotti à frente da equipe, o Brasil conhecerá seus adversários na Copa do Mundo de 2026 nesta sexta-feira (5), às 14h (horário de Brasília). O sorteio definirá os confrontos da fase de grupos e dará o pontapé inicial oficial para a campanha rumo ao hexa.









































