Carlos Vicens e o empate em Alvalade: «Não tivemos assim tanto sofrimento» | OneFootball

Após o empate frente ao Sporting, Carlos Vicens analisou, em declarações à Sport TV, a partida que terminou com o empate tardio selado por Rodrigo Zalazar.

Análise do jogo: «Penso que a equipa começou bem, com as ideias claras. Teríamos de ter muita personalidade e caráter para ter sucesso nesta partida. Tínhamos de ser uma equipa unida, atrevida, e capaz de lutar pelo encontro, e por momentos, saber sofrer. É verdade que o momento do primeiro golo nos feriu animicamente. Tirando esse lance do golo do Luís Suárez e o remate do Quenda no primeiro minuto, não tivemos assim tanto sofrimento.

É verdade que depois a equipa reage bem e conseguimos ir à procura da bola e ter personalidade e, pouco a pouco, termos presença na área do adversário. Não conseguimos concretizar, mas ganhas a sensação que estás lá. Vais para os balneários a perder por um, e a mensagem ao intervalo é que temos de ter a personalidade, não ir à procura do segundo golo antes do primeiro. Fomos para a segunda parte a seguir essa diretiva.

Por momentos demos alguns metros ao Sporting, também para explorarmos os espaços nas costas, e apesar de não geramos grandes oportunidades, tínhamos a sensação que estávamos a gerar perigo.

Não iríamos sair tristes do encontro, devido ao comportamento da equipa, mas tivemos essa recompensa na forma do pénalti, que até foi semelhante a um lance no minuto 15. Não entendemos bem o critério. Viemos de dois jogos difíceis, um em Guimarães, onde sofremos um penalty, e lá está, segundo o critério da arbitragem portuguesa é. Mas acreditamos que o critério tem de ser consistente... Os jogadores ficam confundidos.

Por um lado dão-nos este penálti no final do jogo, mas temos aquele lance ao minuto 15 que é igual, ou mais claro. Mas estamos felizes pelo esforço. Uma equipa que vem com personalidade a um estádio que não é nada fácil. E claro, o Sporting tem capacidade para te encostar atrás e tínhamos de juntar e saber sofrer nesses momentos.»

Opção de colocar o Pau Víctor a falso nove e a troca por Fran Navarro na segunda parte: «Por momentos a pressão do Sporting deixava-nos homem a homem, e o Victor ficava sozinho com o central. E apesar de conectar bem o nosso jogo, jogou 70 minutos no jogo passado, e precisávamos de energia, e o Fran tinha descansado no último encontro.»

Sensação de empate saber a pouco: «Penso que sim. E não é nenhuma falta de respeito para com o Sporting, mas saio com a sensação que, com um pouco de mais acerto, poderíamos ter feito outro golo, sabendo, claro, que o Sporting também tinha essa capacidade, como vimos no último lance do jogo.»