Castigado por seu próprio DNA, Flu não segura o Chelsea e se despede do Mundial | OneFootball

O Fluminense se agigantou, sonhou alto, mas encerrou sua história no Super Mundial de Clubes. Nesta terça-feira, o Tricolor encarou o Chelsea, que vive um momento de grande ascensão no torneio, e acabou encontrando pela frente um velho conhecido. Cria de Xerém, João Pedro ceifou as esperanças do seu ex-clube e, com dois gols, sacramentou a classificação londrina: 2 a 0.

Com o resultado, o time comandado por Enzo Maresca avança para grande decisão da competição e agora aguarda o vencedor de Paris Saint-Germain e Real Madrid para conhecer seu adversário na luta pelo título.

Castigo vem de Xerém

Foi o Chelsea quem tomou a iniciativa no Metlife. Com o controle do meio campo, especialmente pela ocupação de espaços da dupla Enzo Fernández e Caicedo, o time inglês ditou o ritmo e não deu muitas brechas para o Flu.

Tanto que aos 18 minutos, a pressão londrina foi premiada. Após bobeada da defesa tricolor, Pedro Neto arrancou pela esquerda e colocou na área; Thiago Silva cortou para trás e a bola se ofereceu para João Pedro, cria do Fluminense, que arrumou para perna direita e mandou na gaveta, fazendo valer a lei do ex: 1 a 0.

Apesar da superioridade e vantagem dos ingleses, o Flu foi valente e não entregou os pontos. Aos 26, Hércules disparou pela esquerda, tabelou bonito com Germán Cano e tocou na saída de Robert Sánchez. A bola tomou o caminho do gol, mas Cucurella apareceu em cima da linha e afastou o perigo.

Ainda antes do intervalo, o Tricolor das Laranjeiras chegou a ter um pênalti marcado a seu favor, após toque no braço de Chalobah na área, mas o VAR entrou em ação e o árbitro voltou atrás na decisão, cancelando a penalidade.

Lei  do ex em dose dupla

Na volta do intervalo, Renato Gaúcho, buscando dar mais agressividade a seu setor ofensivo, mandou a campo a dupla Everaldo e Keno. As alterações, de fato, fizeram o Flu ter mais volume no ataque e os brasileiros passaram a criar chances.

Everaldo recebeu com liberdade pela esquerda, encarou a marcação de Chalobah, mas finalizou sem muita força, facilitando a defesa de Sánchez. Lançado ao ataque, o Fluminense tentou marcar alto, esboçou uma blitz, mas acabou oferecendo o contra-ataque para o Chelsea. Foi fatal.

Aos 12, João Pedro, de novo ele, foi lançado com muito espaço pela esquerda, invadiu a área, se livrou da marcação e soltou uma bomba. A bola ainda carimbou o travessão antes de entrar. Mais um castigo dado pela lei do ex.

O segundo gol foi um balde de água fria para o Fluminense, que vivia seu melhor momento na partida. Na sequência, os inglês foram dominantes, ocuparam o campo ofensivo e acumularam oportunidades para marcar o terceiro, especialmente com Nicolas Jackson, que substituiu João Pedro pouco depois do segundo gol.

Nos minutos finais, o time de Renato Gaúcho ainda tentou um último abafa para diminuir o prejuízo, mas de nada adiantou. Fim de papo e classificação londrina para a decisão do Super Mundial (com um toque cruel do DNA de Xerém).