Deus me Dibre
·4 December 2024
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou, na noite desta terça-feira (3), um ofício aos órgãos públicos de Minas Gerais solicitando a reavaliação da decisão que determinava a realização de Cruzeiro x Palmeiras com portões fechados. A entidade abriu caminho para que a partida, marcada para o próximo final de semana no Mineirão, ocorra com a presença de público, mas sob condição de haver torcedores de ambas as equipes. A informação foi divulgada em primeira mão pela ESPN.
A reviravolta na postura da CBF foi motivada por uma solicitação judicial feita pelo Estado de Minas Gerais e pelo Ministério Público estadual. Em um trecho do ofício publicado pela emissora, a CBF detalhou sua posição: “A CBF solicita a reavaliação de sua manifestação anteriormente emitida. Caso a PMMG reconsidere a recomendação, a CBF poderá igualmente rever seu posicionamento e admitir a presença de público na partida entre Cruzeiro e Palmeiras, abrangendo as duas torcidas, não, porém, torcida única, em respeito aos princípios da isonomia e equilíbrio técnico já referidos.”
A polêmica em torno da presença de público começou após a manifestação inicial da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que alegou não ter condições de garantir a segurança da torcida visitante devido aos incidentes registrados em outubro. Na ocasião, integrantes de uma torcida organizada do Palmeiras emboscaram um ônibus de torcedores do Cruzeiro, resultando em uma morte e mais de 20 feridos.
Durante a manhã desta terça-feira, Pedro Lourenço, sócio majoritário da SAF do Cruzeiro, criticou a atuação do governo estadual em relação à organização da partida:
“É um absurdo o que o governo de Minas está fazendo com Cruzeiro, Palmeiras e com a segurança. É um absurdo. Está na mão da juíza decidir até meio-dia, se não decidir vamos ter que tomar uma posição. Estou tentando com o governo, já falei com o Zema (governador) desde sexta-feira, ele garantiu que daria certo (jogo com as duas torcidas) e até agora nada.”
Vale ressaltar que a ação judicial feita pelo Estado de Minas Gerais teve uma decisão contrária. A juíza da 11ª Vara Cível de Belo Horizonte alegou não ter competência para analisar o mérito, por se tratar do Estado um das partes da ação.
Apesar da mudança de postura da CBF, a realização do confronto com público ainda depende de novas avaliações por parte dos órgãos estaduais e da PMMG. Questões logísticas, como o curto prazo para organização e o horário da partida, podem representar desafios adicionais para a definição.
Até o momento, não há qualquer manifestação oficial dos órgãos públicos de Minas Gerais ou dos clubes envolvidos. Torcedores aguardam ansiosos por uma definição, mas, dada a proximidade do jogo, as chances de que o jogo aconteça com portões fechados permanece.