Zerozero
·28 September 2025
Chuchu madeirense agudiza a crise <i>Gverreira</i>

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·28 September 2025
A crise bracarense está cada vez maior. Voltando a demonstrar enormes dificuldades ofensivas e criativas, o SC Braga foi presa fácil para um Nacional bem organizado e que se entreajudou com unhas e dentes. Os madeirenses saíram da Pedreira com a vitória por 0-1, enquanto os Gverreiros não vencem no campeonato há cinco jogos.
Sem vencer no campeonato há quatro jornadas, o SC Braga recebia o Nacional. A Pedreira estava bastante bem composta, mas sentia-se um claro nervosismo nas bancadas. Esse nervoso miudinho apenas cresceu com os minutos iniciais. Por um lado, os Gverreiros estavam sem capacidade com bola e de ligação no último terço, por outro, o golo adversário foi muito madrugador.
Aproveitando a pressão alta displicente bracarense, e falta de cobertura dos centrais, José Gomes foi muito bem desmarcado na esquerda, aos 5', e cruzou rasteiro para a área, onde surgiu Jesús Ramírez a encostar para o 0-1. Pedia-se uma resposta devida, mas a verdade é que o SC Braga continuou bastante inconsequente com bola e o Nacional estava confortável.
A ansiedade ia aumentando nas bancadas e os apupos e assobios iam subindo de tom. Afinal, a equipa não criava qualquer perigo. Percebendo as dificuldades anímicas dos colegas, que pareciam desconectados, o capitão Ricardo Horta assumiu a batuta, passou a ir buscar jogo mais recuado e foi intensificando o jogo. Acabou por acordar a equipa num lance de génio individual na direita da área, onde acertou no poste. Mas a desvantagem manteve-se.
Naturalmente insatisfeito com o produzido até então, Carlos Vicens não olhou a meio e fez três mexidas ao intervalo. Gabri Martínez, Gorby e Diego Rodrigues trouxeram outro dinamismo à equipa, não só na ligação, mas também pela ala esquerda, onde estava o espanhol. Isto levou o Nacional a encolher-se um pouco, entusiasmou, momentaneamente, as bancadas, e trouxe um pouco mais de perigo.
Esta reação foi, contudo, curta. Apesar dom maior dinamismo e intensidade na troca, foram faltando oportunidades evidentes para galvanizar a equipa e isso foi causando alguma frustração e aumento de previsibilidade. À medida que o Nacional ia baixando cada vez mais as suas linhas, os Gverreiros iam apostando cada vez em cruzamentos laterais, facilmente controlados pelos madeirenses.
Na fase do desespero, o SC Braga acabou por ser presa fácil. No ataque, não criou o suficiente para ser feliz. Na defesa, desprotegeu-se completamente e Witi podia ter ampliado já nos descontos, mas Hornicek (e o poste) impediu males maiores.
O Nacional acabou, mesmo assim, por sair vitorioso e agudizou uma crise bracarense que já enche o estádio de lenços brancos.
Jesús Ramírez (Nacional): letal, trabalhador e decisivo. Fartou-se de correr, marcou o golo decisivo e já tem tantos golos como na época passada.
José Gomes (Nacional): o capitão madeirense foi líder defensivo, não permitiu criação devida no seu lado - o mais ativo do outro lado - e faz mais uma assistência esta época, esta decisiva.
Zé Vitor (Nacional): qualquer elemento da defesa madeirense merecia um claro elogio, mas Zé Vítor foi, possivelmente, o que mais se destacou. Segurou a equipa nos momentos mais decisivos, colecionou cortes, pelo chão e aéreos, e anulou os avançados adversários.
Lukas Hornicek (SC Braga): a exibição da sua equipa foi paupérrima e valeu a sua exibição individual para o resultado - e a forma como foi obtido - ser ainda mais embaraçoso. A defesa nos descontos é de um nível elevadíssimo.
O árbitro Miguel Fonseca foi assertivo e teve a tarefa facilitada pela falta de incidência polémicas na partida. Chegou a assumir erros menores, algo nem sempre visto e que fica bem a um interveniente desportivo.
Onze do SC Braga:
Lukas Hornicek, Gustaf Lagerbielke, Bright Arrey-Mbi, Sikou Niakaté, Víctor Gómez, Rodrigo Zalazar, João Moutinho, Gabriel Moscardo, Leonardo Lelo, Fran Navarro, Ricardo Horta
Onze do Nacional:
Kaique, João Aurélio, Léo Santos, Zé Vitor, José Gomes, Ulisses Wilson, Liziero, Chiheb Labidi, Paulinho Bóia, Jesús Ramírez, Pablo Ruan
Do lado do Nacional, nota ainda para a ausência de Matheus Dias, expulso na última jornada
1':
Começou a partida!
5':
GOLO Nacional! Jesús Ramírez marca
Jesús Ramírez marca o seu 4º golo na prova (7 jogos)
Marca o Nacional na Pedreira! José Gomes foi muito bem desmarcado na esquerda, cruzou rasteiro e Ramírez surgiu no coração da área a encostar para o 0-1
26':
Arranque de jogo que está a deixar muito a desejar para o SC Braga. A equipa não consegue conectar-se, está a perder muitas bolas e a dar muito espaço. O Nacional entrou bem e aproveitou para fazer um merecido golo madrugador.
42':
Ricardo Horta (SC Braga) remata ao poste!!!
O capitão bracarense recebeu na direita da área, tirou Ulisses do caminho com classe e rematou cruzado, mas acertou em cheio no poste
45 +5':
1ª parte paupérrima do SC Braga, que parece completamente desconectado como equipa e tem deixado o Nacional confortável, com e sem bola. Os madeirenses chegaram ao golo cedo e têm aproveitado essa passividade. Apenas o génio e vontade de Ricardo Horta deram algo aos Gverreiros
90 +5':
Nacional: Witi Quembo
que perdida enorme! José Gomes saiu na transição, surgiu completamente só na área e serviu o colega, que viu Hornicek fazer uma defesa espetacular. Na recarga, Witi ainda acertou no poste!
90 +9':
O árbitro apita para o final da partida
Melhor em campo:
Jesús Ramírez (CDN) foi, para a redação do
zerozero
, o melhor jogador em campo. O avançado venezuelano foi letal, marcou o golo decisivo e fartou-se de trabalhar - assim como toda a equipa. Grande exibição individual, mas também coletiva.