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·17 September 2025

Contestada, a Inter teve boa estreia na Liga dos Campeões e despachou o Ajax

Article image:Contestada, a Inter teve boa estreia na Liga dos Campeões e despachou o Ajax

A Inter de 2025-26 terá a oscilação como maior característica? Ainda é cedo para afirmar categoricamente, mas os primeiros jogos da temporada têm sido de altos e baixos para os nerazzurri, que se tornaram objeto de contestação de parte de sua torcida desde a reta final da última campanha. A estreia com goleada sobre o Torino, na Serie A, aplacou as críticas, mas as derrotas subsequentes, para a Udinese, em casa, e para a Juventus, de virada no Derby d’Italia, voltaram a pressionar a equipe e alguns de seus jogadores. Veio a calhar, portanto, o bom debute na Champions League, com sólida vitória por 2 a 0 sobre o Ajax, nos Países Baixos. E com atuação decisiva de Sommer e Thuram, que se viram como alvo de censura durante a semana.

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De volta a Amsterdã, onde brilhou com a camisa do Ajax em seus tempos como atleta, Cristian Chivu teve que escalar a sua Inter sem Lautaro, que apresentou problemas físicos após o clássico com a Juventus e ficou no banco de reservas – Pio Esposito assumiu o seu lugar e estreou na Champions League. O treinador também efetuou rodízio na zaga, pondo De Vrij no posto de Acerbi. Do outro lado, John Heitinga, que foi companheiro do romeno nos Godenzonen, se viu obrigado a lidar com a ausência do lesionado Berghuis. Lideravam os neerlandeses o capitão Klaassen, que foi campeão italiano pela Beneamata, e o centroavante Weghorst.


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A meia hora inicial do jogo não foi das mais prazerosas para os amantes do futebol, visto que o jogo foi muito estudado e travado. A primeira chance da partida na Johan Cruyff Arena só foi ser criada aos 33 minutos, quando a Inter fez o trabalho de pressão alta e roubou a bola do Ajax. Na sequência, Esposito ajeitou, Thuram dançou para cima da marcação e bateu na diagonal, de direita, tirando tinta da trave do arqueiro Jaros.

A ocasião acendeu a Inter, que no minuto seguinte conseguiu um pênalti. Thuram recebeu de Akanji na profundidade e foi puxado por Baas. Entretanto, a decisão foi revogada pelo confuso árbitro Michael Oliver por falta do francês segundos antes de ter sido agarrado pelo defensor – vale destacar que o apitador inglês teve uma confusa condução de partida, como de praxe, se precipitando e atravancando o andamento do jogo.

Thuram subiu muito alto para abrir o placar para os nerazzurri em Amsterdã (Arquivo/Inter)

A Inter era melhor no jogo, mas foi surpreendida aos 40 minutos, quando um lançamento de Edvardsen pegou a sua zaga desarrumada. O contragolpe deixou Godts livre para partir em direção a Sommer, que não saiu do gol. O arqueiro decidiu esperar o atacante belga avançar e definir o arremate no canto, fazendo uma defesaça ao pular na bola e ceder escanteio para o Ajax. O suíço, que foi contestado pelas falhas contra a Juventus e tem sido alvo de uma campanha de pedidos pela perda de sua titularidade, mostrou personalidade e foi premiado segundos depois. Afinal, sua intervenção mudou a partida.

Aos 42 minutos, foi a vez de a Inter ter um corner a seu favor. Na cobrança, Çalhanoglu – que também foi alvo de protestos da torcida antes de a temporada começar – colocou a bola no primeiro pau, na cabeça de Thuram, que se livrou de Klaassen e testou com força para as redes. O atacante tinha sido muito criticado por alguns torcedores por ter rido com seu irmão, o juventino Khephrén, após a virada da Velha Senhora – na verdade, ele dizia que queria que o volante assumisse que fizera falta em Bonny no lance que originou o gol. O trio respondia, assim, à uma torcida histriônica, que está em parafuso desde a perda dos títulos em 2024-25 e não sabe a quem direcionar a sua frustração.

Os torcedores da Inter tiveram que engolir o orgulho novamente logo no início do segundo tempo. Aos 47 minutos, após grande pivô de Esposito, Çalhanoglu teve chute bloqueado e a equipe italiana ganhou escanteio. Então, na cobrança, a história se repetiu: o turco colocou na cabeça de Thuram, que ganhou de Klaassen e Itakura e ampliou. A temporada mal começou, mas o francês chegou a seu quarto gols através do fundamento em quatro partidas. Antes, só um outro jogador da Beneamata havia anotado uma doppietta com testadas pela Liga dos Campeões: Crespo, também sobre o Ajax, no mesmo estádio, em 2002.

Contando com mais uma assistência de Çalhanoglu, o francês repetiu a dose no segundo tempo (Arquivo/Inter)

Com a expressiva vantagem construída, a Inter passou a administrar o jogo de maneira confortável, quase como nos tempos de Simone Inzaghi. Quando podia, ameaçava o Ajax. Foi o que ocorreu, por exemplo, aos 59 minutos, no desfecho de grande tabela entre Dumfries, Thuram e Esposito, que deixou o holandês na cara do gol. Contudo, Wijndal deu um carrinho na hora H e evitou o terceiro.

Dali em diante, praticamente não houve mais grandes chances para os dois times. Mas continuava chamando atenção o altíssimo nível de atuação de Esposito. O jovem de apenas 20 anos ganhou quase todos os lances de pivô que tentou e mostrou muita inteligência na escolha das jogadas, substituindo Lautaro à altura. Chivu pode ficar despreocupado e fazer um rodízio maior no ataque, se necessário – não que já não soubesse, pois treinou o centroavante na base nerazzurra e o conhece bem.

A Inter deixou o gramado com uma vitória fundamental para suas pretensões, visto que seu calendário na Champions League é bastante desequilibrado: encara adversários bastante acessíveis nas quatro primeiras rodadas e quatro pedreiras (Atlético de Madrid, Liverpool, Arsenal e Borussia Dortmund) nas quatro últimas. Somar pontos neste momento é vital para os nerazzurri, que também precisam afastar desconfianças para trabalharem com mais tranquilidade – ou melhor, menos pressão. Na segunda jornada, a Beneamata recebe o Slavia Praga em San Siro.

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