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·31 December 2025

Corinthians encontra dificuldades internas e não avança em negociações por patrocínios para o basquete

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  1. Por Mirella Ramos / Redação da Central do Timão

O Corinthians vem enfrentando dificuldades internas que têm impedido avanços na busca por patrocinadores para o departamento de basquete. O cenário ocorre em meio à crise financeira do clube, que supera a marca de R$ 2,7 bilhões em dívidas, e após o anúncio do encerramento das atividades da modalidade, feito anteriormente pela diretoria. A apuração foi divulgada inicialmente pelo portal Meu Timão.

Apesar de ter sido procurado por empresas interessadas em investir no basquete nas últimas semanas, o clube do Parque São Jorge não conseguiu evoluir nas conversas. O principal obstáculo está na ausência de uma estrutura comercial organizada para apresentar aos potenciais parceiros. Atualmente, o Corinthians não possui tabela de valores definida, material institucional, orçamento detalhado ou um pacote formal de contrapartidas voltado à modalidade.


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Foto: Reprodução / Internet

A situação evidencia o distanciamento do departamento de marketing em relação aos esportes terrestres. A maior parte dos esforços de captação permanece concentrada no futebol, especialmente no masculino, enquanto outras modalidades operam sem planejamento comercial específico.

Outro fator que contribui para o impasse é a redução do quadro de funcionários do marketing. Após o impeachment de Augusto Melo, confirmado em agosto de 2025, e com a posse de Osmar Stabile na presidência, o clube promoveu cortes significativos de custos. Diversos setores foram afetados, incluindo o marketing, e as vagas abertas com as demissões ainda não foram repostas.

Internamente, existe a possibilidade de que, após o encerramento do período de festas e a conquista recente da Copa do Brasil, seja organizada uma força-tarefa para estruturar estudos envolvendo redes sociais, folha salarial e valuation do basquete. A ideia seria montar um plano mais consistente para apresentação às empresas interessadas.

Enquanto não há definição, os reflexos já atingem diretamente as equipes. No basquete feminino, após o vice-campeonato paulista, todas as atletas foram dispensadas. Parte do elenco aguarda um posicionamento oficial sobre a continuidade do projeto e chegou a se mobilizar nas redes sociais, junto a torcedores, em busca de apoio financeiro. Outras jogadoras, no entanto, já encaminharam novos destinos, como a ala-pivô Júlia Mansilha, anunciada recentemente pelo Sampaio Basquete.

Mesmo sem confirmação definitiva sobre a manutenção da equipe, o Corinthians realizou a pré-inscrição para a Liga de Basquete Feminino (LBF) de 2026. A taxa foi quitada dentro do prazo limite, em 19 de dezembro, pelo departamento de basquete. O clube tem até o dia 19 de janeiro de 2026 para confirmar oficialmente a participação, atendendo às exigências técnicas, administrativas e financeiras do regulamento. Após essa data, a LBF divulgará a relação final de participantes da próxima temporada.

No basquete masculino, que segue em atividade na temporada 2025/26, a equipe garantiu recentemente vaga na Copa Super 8, competição classificatória para a Champions League das Américas de 2026/27. Ainda assim, o clima de indefinição também afeta os atletas. Parte do elenco não possui contratos de aluguel de longo prazo em São Paulo e precisa renovar acordos residenciais sem garantia de permanência no clube após o término do NBB.

A instabilidade alcança também as categorias de base. O Corinthians realizou recentemente peneiras para jovens atletas, e alguns aprovados já se mudaram para a capital paulista. Até o momento, porém, não houve um posicionamento oficial da diretoria sobre a continuidade da modalidade em 2026, o que gera incerteza para atletas e familiares.

Diante do cenário, o gerente de basquete do Corinthians, Gustavo Podence, conhecido como Montanha, chegou a colocar o cargo à disposição da diretoria de esportes terrestres, liderada por Marco Polo Pinheiro. O dirigente, no entanto, foi convencido a permanecer no clube após conversas com integrantes do staff, jogadores e pessoas ligadas à modalidade.

Política de redução de custos

No orçamento de 2026, a diretoria do Corinthians prevê ampliar a política de contenção de despesas para encerrar o ano com superávit. A principal medida é a diminuição da folha salarial, que deve cair de R$ 505 milhões em 2025 para R$ 410 milhões em 2026.

No futebol, os gastos previstos passam de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões. Além disso, a gestão pretende reduzir os investimentos no clube social e nos esportes terrestres, com a meta de baixar os custos anuais dessas modalidades de cerca de R$ 27 milhões para aproximadamente R$ 12 milhões.

A diretriz impacta diretamente modalidades como basquete e futsal. Para facilitar a captação de recursos, o clube também liberou a retirada da marca da patrocinadora máster dos uniformes dessas equipes, permitindo a busca por patrocinadores próprios.

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