'Craque invisível': André Rocha analisa impacto de Jorginho no Flamengo e prevê criticas | OneFootball

Jorginho chega ao Flamengo como uma contratação que muda o patamar do meio-campo. De carreira vitoriosa na Europa, inclusive sendo indicado a melhor do mundo, o volante, no entanto, pode causar incomodo na torcida pela maneira de jogar, segundo o jornalista André Rocha.

Isso porque, de acordo com André, Jorginho se destaca como um "craque silencioso". Ou seja, dentro de campo é crucial, fazendo uma função que não o destaca muito, focando no controle do jogo e saída de bola, principalmente.

"O Jorginho é um cara que, assim, a gente faz uma avaliação em cima do que ele produz, do que ele faz pro time, só que ele é um pouco craque invisível. E talvez ele seja cobrado por isso", definiu André Rocha.

Ainda sobre cobrança, André afirma que pode ser mais exacerbada, diante o suposto salário de Jorginho.

O comentarista avalia que o jogador pode sofrer com críticas caso não seja uma peça impactante, em um contexto que usarão de pretexto seus vencimentos para as críticas.

"Porque já está tendo especulação sobre o salário dele, informações e tal, e, assim, as pessoas não entendem que não pagou por direitos econômicos, então os valores são diluídos no salário, o salário fica mais alto, e tal, e aí vão começar a cobrar", disse.

De acordo com especulações, o salário de Jorginho beira os 3 milhões de reais mensais. Isso somando bônus, luvas e o vencimento em si.

"Ele não aparece": explica André Rocha sobre Jorginho

Muito tem se questionado sobre onde Jorginho pode atuar nesse time do Flamengo. Com um meio-campo sólido e já definido por Filipe Luís, o ítalo-brasileiro terá de se provar e buscar seu espaço.

No entanto, comentaristas e parte da torcida fazem suas próprias avaliações e segundo André Rocha, tem analisado e projetado de maneira errônea a maneira com que a nova contratação rubro-negra atua.

Para o jornalista, Jorginho não é um 10 como muitos têm apontado, nem um cara que vai proporcionar gols e assistências, tendo como maior virtude a questão de ser o "motorzinho" do time.

"Tem muita gente aí falando que ele pode jogar de 10, pode jogar de meia, muita gente vai achar: 'Pô, o cara veio do Arsenal, ganha o que ganha, chegou com uma banca, tem que dar uma assistência por jogo, tem que meter um gol por jogo'. E não é isso. Não é isso. Ele é um pouco craque invisível, sim. É aquele cara que intercepta, é o cara que faz o time jogar, mas ele não aparece", declarou.

Finalizando, André Rocha reflete como o futebol brasileiro tem uma visão individualista do jogo, e isso em cima de um jogador para o time como Jorginho, não funciona.

"O problema no Brasil é que, muitas vezes, se faz uma análise muito individual, o jogador tem que decidir por ele, ele tem que levar o time nas costas, ele tem que fazer o gol, ele que tem que dar assistência. Se ele é volante, se o time toma um gol, a culpa é dele, porque ele não tava ali, não deu um carrinho, não tomou a bola e tal, e não é isso", avaliou André.

O Flamengo traz Jorginho para ser mais uma opção de extrema qualidade para Filipe Luís, que tem como lema colocar em campo e priorizar aqueles que desempenham melhor. Sendo assim, independente de ser titular ou não, o meio-campista reforça um setor desgastado, que frequentemente precisa de alterações diante um calendário abarrotado.

A tendência é que o meio-campo estreie no Mundial, porém, o jogo em específico passará por uma série de análises para definir o melhor momento.

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