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·8 June 2025
Dani recorda carreira: «A Seleção tinha Rui Costa, Figo... era melhor ir de férias»

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·8 June 2025
Dani, antigo internacional português, recordou os seus tempos de jogador, numa entrevista concedida ao portal espanhol As.
Questionado sobre se a sua beleza acabou por prejudicar a carreira, o ex-médio foi perentório: «Possivelmente sim. E o que faço? Não ia fazer uma operação para ficar mais feio. Poderia ter feito coisas mais de jogador de futebol, mas era como eu vivia, como estava feliz. E sempre segui essa máxima viver para ser feliz.»
«Claro que gostava de festa. Saí do Sporting porque a minha vida fora do futebol era muito ativa. Mas depois mandam-me para Londres! Quando lá cheguei a Imprensa escreveu: 'Tranquem as vossas filhas em casa, que chegou o Dani'. Depois Amesterdão e Madrid. Três cidades do pecado. Dizia aos diretores 'Estão a gozar?'. A verdade é que joguei futebol e desfrutei muito da vida», referiu ainda.
O comentador televisivo, com nove internacionalizações pela equipa das quinas, destacou as dificuldades em arranjar um espaço na seleção portuguesa, fruto dos nomes sonantes que constituíam o plantel
«Sabia o que acontecia quando chegava à Seleção. Estavam lá Rui Costa, Figo, Sá Pinto... e quase nunca entrava no onze. Eles já lá estavam. Eu dizia: 'É melhor ir de férias do que estar aqui como se não existisse'. Sempre quis sentir-me importante», salientou.
Dani aproveitou a oportunidade para deixar um conselho a Lamine Yamal, que tem encantado o mundo futebolístico com apenas 17 anos de idade: «Cuidado com a noite, e apenas na medida certa. O que está à volta do futebol é sempre um perigo. O pior é o ambiente: a família, os pais, os colegas interessados... há demasiadas distrações. Luis Enrique diz uma frase: o melhor do mundo, o melhor em tudo, tem de ser aquele que dá o melhor exemplo aos companheiros.»
No que diz respeito a Cristiano Ronaldo, o antigo atleta, com passagens no West Ham, no Ajax e no Atlético de Madrid, destacou as valências do astro português, apesar da idade mais avançada.
«É um fenómeno, mas tem 40 anos. Há que ter isso em conta. Não é como Vitinha ou Bruno Fernandes, mas ainda está lá e marca golos e ajuda a Seleção. Tem um carácter e uma personalidade muito fortes que fazem com que os outros jogadores se comprometam com o País, é incrível», concluiu.