Diniz celebra “volta por cima” de Robert Renan em classificação do Vasco | OneFootball

Após a classificação do Vasco à semifinal da Copa do Brasil, o técnico Fernando Diniz revelou que escolheu de maneira intuitiva colocar o zagueiro Robert Renan – estreante desta quinta-feira (11/9) – para cobrar o quinto e decisivo pênalti contra o Botafogo, no Nilton Santos. A escolha se deu exatamente por conta do episódio em que Renan errou pênalti de cavadinha quando atuava pelo Inter, em 2024.

Segundo o treinador, essa escolha, apesar do erro, demonstrou a personalidade corajosa do zagueiro, contratado na última janela pelo Cruz-Maltino.

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“Então, eu tenho muitas coisas a falar do Robert Renan. Você (repórter) lembrou o lance do Inter, é um lance que marcou muito. Porque quando ele errou aquele pênalti, ele foi extremamente criticado. E o jogador, para a idade que ele tem, tentar fazer aquilo, tem um lado positivo, que é muita personalidade, que é o que ele tem mesmo. Sempre o que a gente tem trabalhado com ele é para essa personalidade não passar do ponto, e se colocar num risco desnecessário”, disse.

‘Deu a volta por cima’, diz Diniz

Diniz seguiu na longa resposta, enchendo Renan de elogios. Afinal, considera que o defensor deu a volta por cima mesmo com o “sistema opressor” que é o futebol brasileiro. Assim, o treinador revelou que o incidente o ajudou a optar pelo zagueiro como quinto cobrador.

“Então, aquele erro do Robert Renan, eu vi um lado muito positivo daquilo tudo. E aquele dia eu tive muita vontade de trabalhar com o Robert Renan. Eu sabia o que ia acontecer dali pra frente, e aconteceu. É um garoto jovem, humilde. O sistema do futebol acaba sendo muito opressor e acaba limitando as chances do Robert Renan depois, sozinho, conseguir dar a volta pro cima. Aquilo ajudou ele vir pra cá, esse incidente. E aquele incidente também ajudou ele a bater o pênalti”, afirmou.

Técnico do Vasco destrincha escolha nos pênaltis

Fernando Diniz, então, explicou como fez suas escolhas. Segundo ele, a lista já estava definida do primeiro ao 23º cobrador, com modificações de acordo com os jogadores que já haviam saído de campo. Para ele, sua escolha por Robert Renan como quinto cobrador foi “intuitiva”.

“Na hora das cobranças, todo mundo tinha treinado, tinha uma lista do primeiro até o vigésimo terceiro. Na hora (da escolha), alguns jogadores tinham saído. Fui escalar assim: os que batem melhor primeiro, o Vegetti, o Rayan. Uns quatro falaram que queriam bater, eu fui colocando, de acordo com o cara que é acostumado a bater, tinha treinado bem nos treinos e o Robert Renan foi o único que não tinha falado, mas ele estava pronto para bater. Eu falei: ‘Robert, você bate o quinto’. Foi uma coisa bem intuitiva, não foi uma coisa que eu pensei muito, ele estava bem na minha frente e eu acho que ele merecia esse prêmio. Ele seria a melhor pessoa para bater o quinto pênalti, embora não tenha sido, mas foi uma coisa muito mais intuitiva do que uma coisa pensada”, concluiu o comandante.

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