Dirigente do Corinthians explica plano de pagamento de dívidas no RCE: “Tivemos inúmeros processos” | OneFootball

Na noite da última terça-feira, 04, o diretor jurídico do Timão, Vinícius Cascone, deu uma entrevista ao “Poropopod”, programa da Corinthians TV, canal oficial do Alvinegro no YouTube. Dentre os vários assuntos abordados, o advogado falou sobre o plano de pagamento de dívidas apresentado pelo clube do Parque São Jorge no RCE (Regime Centralizado de Execuções). O Time do Povo ofereceu uma proposta de quitar R$ 367 milhões com os credores ao longo dos próximos dez anos.

“O Corinthians entendeu que esse modelo é bem mais vantajoso. Temos muitas dívidas, elas foram se acumulando ao longo dos últimos anos e temos que resolver o problema. Tivemos inúmeros processos, inúmeros bloqueios. Muitas vezes, gerava o vencimento antecipado das parcelas e estava nos sufocando. Você não conseguia pagar, é uma situação grave.”

Foto: Reprodução / Corinthians TV

A ideia do Corinthians é arcar mensalmente com o débito das pendências, por meio de 4% das suas receitas, além de aplicar 5% dos valores relacionados às vendas dos atletas para os credores. Segundo Cascone, o processo faz parte do intuito do Alvinegro em organizar o fluxo de caixa, mas ao mesmo impedir o aumento do déficit.

“Propor a RCE é um caminho para organizar o fluxo de pagamentos para fazer com que todos recebam e não apenas um. Também não podemos deixar a dívida aumentar. Temos que honrar com nossos compromissos. O Corinthians propôs esse regime para organizar sua dívida e regularizar sua situação. As obrigações recorrentes do mês serão pagas em dia e isso facilitará demais a organização jurídica e financeira do Corinthians”, disse.

Por fim, o diretor revelou que em breve, o departamento jurídico do Timão irá apresentar outra proposto de reorganização das finanças. Entretanto, a situação tem haver com as dívidas tributárias.

“O Corinthians deve muito dinheiro de tributos. Estamos discutindo uma transação tributária para também fazer um parcelamento e botar em dia essa questão para fazer com os governos recebam o dinheiro devido pelo clube”, completou Vinícius.

Lembrando que o RCE agrupa somente dívidas que correm na esfera cível. Já outros casos, como compromissos a serem desembolsados para a Caixa Econômica Federal na construção da Neo Química Arena e dívidas trabalhistas, não são levados em consideração na ação.

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